quinta-feira, agosto 21, 2008

Castelo Branco na História XXXIV

(Continuação do número anterior)
A excelsa benemérita D. Maria da Piedade de Almeida Garrett que nasceu em 11 de Agosto de 1876 e faleceu em 29 de Julho de 1942, legou também em testamento a Casa de Santa Maria, situada na rua Detrás da Sé, para residência do vigário da freguesia de S. Miguel e para Paço Episcopal na caso de vir a ser restabelecido a diocese de Castelo Branco.
A reconstrução da igreja de S. Miguel Arcanjo, feita no último quartel do século XVII, obedeceu, como era natural, ao estilo do Renascimento, que havia atingido nessa época o seu máximo esplendor.
Escasseando, porém nesse tempo, os meios necessários para se fazer face às elevadas despesas que acarretaria uma edificação monumental, as suas fachadas laterais são inteiramente desprovidas de ornatos e a fachada principal apresenta uns parcos lavores que se cingem ás guarnições dos seus três vãos de porta, de dois vãos de janelas se sacada e de um nicho com a imagem do Arcanjo S. Miguel que se nota no centro da parede.
Sob o nicho, a porta central, mais decorada, excede em altura as outras duas. Uma rosácea de guarnição principal simples completa a composição da fachada principal. Esta é flanqueada por duas torres quadrangulares.
A fachada de frente do edifício, voltado ao poente esteve até 1957, desequilibrada com a falta do campanário e da cúpula da torre do lado do norte, que foram apeados por mandado do segundo bispo D. Vicente Ferrer da Rocha para iniciar a demolição daquela fachada e do coro, no intuito de aumentar o comprimento da nave e aformosear o templo.
Não pode, esse prelado, realizar o seu propósito porque, faleceu pouco tempo depois de dar principio às obras.
O terceiro bispo, faceiro e falho dos atributos que exornavam o seu predecessor, mandou suster a execução do plano e esbanjou a importante quantia de 10 conto que ele havai deixado em cofre, além de vários matérias destinados à ampliação e ao embelezamento da igreja: cedeu as cantarias à Câmara Municipal para a construção do chafariz da Mina e nem sequer diligenciou efectuar a reconstrução da torre desmantelada.
PS . O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos
O Albicastrense

1 comentário:

  1. Anónimo02:50

    Uma igreja miserável (há quem lhe chame sé, sem saber que a Sé é em Portalegre ou, com em tempos, na Guarda), tal como o resto da pobre cidade.

    ResponderEliminar

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE

😍 😍 😍 😍 😍 Recordar o passado da terra  albicastrense,  sem ser de uma forma saudosista.   Ao olhar para esta imagem e pensar que deambu...