CONVENTO DA GRAÇA (III)
(Continuação)
Nada resolveu o Ministério do Reino, pelo que em 17 de Maio de 1886, decidiu a Mesa convidar o Engenheiro de Obras Publicas João Macário dos Santos a elaborara um orçamento das obras de maior necessidade.
As obras de execução inadiável, que consistiam na construção e uma nova cozinha e de duas enfermarias, foram orçadas na quantia de 1500$000 reis. Em 25 de Outubro de 1866 foi posto em praça a execução das obras mas, como ela ficasse deserta, resolveu a Mesa, em 1 de Novembro, efectuar a construção por administração directa e, em 23 do mesmo mês, por proposta do Provedor, decidiu dar maior altura às janelas. O hospital, após a obras de adaptação, ficou com duas enfermarias para cada sexo. As do sexo foram designadas pelos nomes de Bartolomeu da Costa e de Francisco António Peres. As do sexo feminino foram denominadas de Santa Isabel e de Prior Vasconcelos. Durante os séculos XVII a XIX foram muitos os legados e donativos recebidos pela Santa Casa de Misericórdia. A administração dos seus bens era, porem, quase sempre, desleixada e ruinosa, obstante a que os pobres do concelho usufruíssem os benefícios correspondentes a tão importante receitas. Pelo relatório elaborado pelo Dr. José António Morão em 1834, após um minucioso estudo feito por uma comissão nomeada pela Mesa, verifica-se que o hospital se encontrava num estado deplorável, absolutamente desprovido de condições higiénicas. A Comissão era composta de três membros: Joaquim José Mendes Fevereiro, Filipe Joaquim Enriques de Paiva e José António Morão. A Mesa de 1834 diligenciou por em pratica as medidas preconizadas pela comissão para melhorar as condições sanitárias do hospital e realizar economias na sua administração. Foi todavia, somente depois do ano de 1877 que o hospital deixou de ser asqueroso. Este facto foi devido à notável e desinteressada acção do ilustre Provedor Henriques Caldeira Pedrosa, capitão aposentado que foi procurado á Junta Geral do Distrito e administrador do Concelho de Castelo Branco. Após o desaparecimento deste zeloso administrador da Misericórdia, voltou esta à tradicional incúria que dava azo a inúmeros abusos no aforamento das propriedades, a depredações nos rendimentos, a desfalques nos géneros alimentares, etc.... A comissão Administrativa era composta de Francisco Rebelo de Albuquerque e Castro (2º visconde de Oleiros), Fernando da Costa Cardoso Pacheco e Ornelas, Simão Trigueiros de Rego Martel, Joaquim António da Mata e Silva e Francisco Carvalho.
As obras de execução inadiável, que consistiam na construção e uma nova cozinha e de duas enfermarias, foram orçadas na quantia de 1500$000 reis. Em 25 de Outubro de 1866 foi posto em praça a execução das obras mas, como ela ficasse deserta, resolveu a Mesa, em 1 de Novembro, efectuar a construção por administração directa e, em 23 do mesmo mês, por proposta do Provedor, decidiu dar maior altura às janelas. O hospital, após a obras de adaptação, ficou com duas enfermarias para cada sexo. As do sexo foram designadas pelos nomes de Bartolomeu da Costa e de Francisco António Peres. As do sexo feminino foram denominadas de Santa Isabel e de Prior Vasconcelos. Durante os séculos XVII a XIX foram muitos os legados e donativos recebidos pela Santa Casa de Misericórdia. A administração dos seus bens era, porem, quase sempre, desleixada e ruinosa, obstante a que os pobres do concelho usufruíssem os benefícios correspondentes a tão importante receitas. Pelo relatório elaborado pelo Dr. José António Morão em 1834, após um minucioso estudo feito por uma comissão nomeada pela Mesa, verifica-se que o hospital se encontrava num estado deplorável, absolutamente desprovido de condições higiénicas. A Comissão era composta de três membros: Joaquim José Mendes Fevereiro, Filipe Joaquim Enriques de Paiva e José António Morão. A Mesa de 1834 diligenciou por em pratica as medidas preconizadas pela comissão para melhorar as condições sanitárias do hospital e realizar economias na sua administração. Foi todavia, somente depois do ano de 1877 que o hospital deixou de ser asqueroso. Este facto foi devido à notável e desinteressada acção do ilustre Provedor Henriques Caldeira Pedrosa, capitão aposentado que foi procurado á Junta Geral do Distrito e administrador do Concelho de Castelo Branco. Após o desaparecimento deste zeloso administrador da Misericórdia, voltou esta à tradicional incúria que dava azo a inúmeros abusos no aforamento das propriedades, a depredações nos rendimentos, a desfalques nos géneros alimentares, etc.... A comissão Administrativa era composta de Francisco Rebelo de Albuquerque e Castro (2º visconde de Oleiros), Fernando da Costa Cardoso Pacheco e Ornelas, Simão Trigueiros de Rego Martel, Joaquim António da Mata e Silva e Francisco Carvalho.
(Continua)
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951
Autor. Manuel Tavares dos Santos.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951
Autor. Manuel Tavares dos Santos.
O Albicastrense
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