A
rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e
Março de 1937, no jornal “A
Era Nova”.
Transitou para o Jornal “A
Beira Baixa”
em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A
mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do
primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC”
foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho
que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O
texto está escrito, tal como foi publicado.
Os
comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
A
sessão imediata realizou-se, mais de um mês depois, em 8 de Outubro
. A acta desta sessão é escrita por um senhor Manuel Joaquim que,
tanto em caligrafia como em ortografia é ainda mais completo do que
o nosso velho Aranha.
Diz
ele que os vereadores determinaram “que
os alqueives sejam despejados emthé o dia de domingo”,
nomearam “para
almotasseis por terem acabado os autoais”
dois cavalheiros quaisquer, que pelo nome não pecam, porque não
conseguimos lê-los. E
mais nada.
O
mês de Novembro passa em claro. Só no dia 7 de Dezembro torna a
haver sessão e nesta trata-se deste “ importante”
caso.
“E
logo nesta Vereação determinarão que ao Alcaide que servir nesta
Camara se lhe dêem mais trinta mil reis que se devem repartir pellos
conselhos dos lugares do termo que com trinta que esta Câmara lhe
está actualmente dando fica sendo o ordenado de sessenta mil reis
que elles vereadores se veem obrigados a fazello subir atento o
grande trabalho quer tem o Alcaide com transportar os Expostos e
fazer outras mais delijencias dever tratarce com descensia e serem
subidos os géneros nos tempos prezentes a mayor preço e não poder
por isso sustentar hum Alcaide com aquella gravidade com que deve
tratarçe com aquela descensia com que deve andar na Camara.
E
pronto. Não havia “mais
que despachar”...
(Continua)
PS.
Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides
Municipais”,
que
o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado
na época.
O
Albicastrense
Hoje, dia 22 de Junho do ano da Graça de 2012, na rua que já foi Alameda da Liberdade, frente ao antigo Passeio Público (ou Verde), menos de meia dúzia de anos depois da sua entrada em funçionamento e sem que ninguém vislumbre razões para tal, o piso de paralelepídos começou a ser arrancado para ser substituido por outros paralelepídos de côr diferente, perante a estupefacção geral dos muitos cidadãos presentes.
ResponderEliminarQue, mais surprendidos ficaram, quando souberam que a substituição dos paralelos vai acontecer desde da Estação da CP percorrendo toda a avenida Nuno Alvares passando em frente da Câmara, depois o local acima referenciado até chegar aos semáforos do Largo da Sé!...
De facto, os Deuses Devem Estar Loucos...
Então, uma obra tão elogiada, tão fervorosamente defendida pelos devotos do regresso à "idade da pedra",que já necessitou de tantos remendos, emendas, alterações e acrescentos, até de minúsculos espaços de "verde" que não tinha, agora já precisa de substituir os paralelos? Por outros paralelos?
O cidadão comum, já penalizado e roubado nos bolsos e nos direitos pelo Governo, sente-se neste caso, com razão, para estar revoltado com tamanho esbanjamento...
No fundo, no fundo, parece que os Deuses têm toda a razão para estarem loucos...
Carlos Vale
Amigo Carlos
ResponderEliminarConfesso que quando passei esta manhã por ali, fique com os olhos não em bico mas em paralelepidos, ao ver o que por ali se passava. Diz tu, que a mudança vai desde a Estação da C. P. ao Largo da Sé!...
Será que a cor dos velhos paralelepidos encandeavam quem passava por todo este percurso?
Os paralelepidos que lhe perdoem a mudança, pois este albicastrense não consegue sequer, compreender este esbanjamento.