quinta-feira, fevereiro 28, 2013

ALBICASTRENSES QUE MERECEM SER RECORDADOS


Na rua da Figueira está a ser recuperada a casa que ilustra este poste, casa, que para muitos será apenas mais uma das muitas que é necessário recuperar na terra albicastrense, contudo, nesta velha casa viveu em tempos, alguém que bem merece ser recordada pelos albicastrenses de hoje.
Estou a referir-me a Maria Emília Louraça de Oliveira Pinto, mulher que viveu no número 37 desta rua grande parte da sua vida.
Estou a fazê-lo no sentido de aproveitar a recuperação desta casa, para que fosse afixada na fachada da mesma, uma placa onde dissesse que ali viveu Maria Emília.

QUEM FOI ESTA MULHER?

MARIA EMÍLIA LOURAÇA DE OLIVEIRA PINTO
(1869/1925)
Maria Emília Louraça de Oliveira Pinto, nasceu na rua do Cavaleiro em 1869, e faleceu em Castelo Branco a 12 de Fevereiro de 1925, terra onde sempre viveu.
Foi directora do jornal; “A Aurora”, infelizmente de efémera duração, foi colaboradora da “Enciclopédia das Famílias” e do “Almanaque de Lembranças”, tendo trocado correspondência com Ana de Castro Osório, nome de grande craveira a nível nacional, em concreto no campo da literatura infantil, e a quem não passou despercebido o valor de Maria Emília Louraça.
Modesta professora particular, a ensinar de dia e noite em tempos em que as explicações ou lições não davam para sobreviver, com um mínimo de conforto, teve Maria Emília de recorrer ao trabalho manual de encadernadora, na modesta papelaria de que era proprietária na rua da Figueira nº 37, em Castelo Branco. Local que também servia de redacção e administração do jornal “A Aurora”. Ali compunha o jornal e ali vendia também estampas, revistas, histórias da carochinha e literatura de cordel.
O seu valor intelectual não passou despercebido à cidade, a ela se encomendou o elogio do Rei D. Carlos, quando da sua visita a Castelo Branco, por motivo da inauguração da Linha férrea da Beira Baixa, em 5 e 6 de setembro de 1891 e o elogio fúnebre de Tavares Proença Júnior quando chegaram a Castelo Branco os seus restos mortais, vindos de Laussane, Suíça.
Maria Emília Louraça de Oliveira Pinto, bem mereceria que na fachada da casa onde viveu, (agora recuperada) fosse afixada uma placa, onde constasse que ali viveu uma grande albicastrense.
A proposta fica, agora cabe aos responsáveis da terra albicastrense torná-la realidade.
NOTA: Já depois de ter escrito este poste, tive conhecimento que a autarquia albicastrense tinha adquirido a casa em questão, e que as obras que ali decorrem são da sua responsabilidade. Perante este novo dado, não vejo razão para não ser colocada na referida casa, a placa evocativa à presença de Maria Emília Louraça.

Dar a conhecer aos albicastrenses de hoje, os albicastrenses que se destacaram no passado, é um dever de todos nós.

PS. Recolha de dados: Jornal Reconquista e Estudos de Castelo Branco
O Albicastrense

2 comentários:

  1. Anónimo00:15

    Como quase albicastrense que sou (vivi aí dos 6 aos dezassete anos) e regressei por mais três anos já no exercício da minha vida profissional. Como idosa que sou conheci vários/as albicastrenses que deverão ser lembrados!

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  2. Amiga anónima.
    Venham os nomes desses albicastrenses.
    Abraço

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