Na
rua da Figueira está a ser recuperada a casa que ilustra este poste,
casa, que para muitos será apenas mais uma das muitas que é
necessário recuperar na terra albicastrense, contudo, nesta velha
casa viveu em tempos, alguém que bem merece ser recordada pelos
albicastrenses de hoje.
Estou
a referir-me a Maria
Emília Louraça de Oliveira Pinto, mulher que viveu no número 37
desta rua grande parte da sua vida.
Estou
a fazê-lo no sentido de aproveitar a recuperação desta casa, para
que fosse afixada na fachada da mesma, uma placa onde dissesse que
ali viveu Maria Emília.
QUEM FOI ESTA MULHER?
MARIA EMÍLIA LOURAÇA DE OLIVEIRA PINTO
(1869/1925)
Maria
Emília Louraça de Oliveira Pinto, nasceu na rua do Cavaleiro em
1869, e faleceu em Castelo Branco a 12 de Fevereiro de 1925, terra
onde sempre viveu.
Foi
directora do jornal; “A Aurora”,
infelizmente de efémera duração, foi colaboradora da
“Enciclopédia das Famílias”
e do “Almanaque de Lembranças”,
tendo trocado correspondência com Ana de Castro Osório, nome de
grande craveira a nível nacional, em concreto no campo da literatura
infantil, e a quem não passou despercebido o valor de Maria Emília
Louraça.
Modesta
professora particular, a ensinar de dia e noite em tempos em que as
explicações ou lições não davam para sobreviver, com um mínimo
de conforto, teve Maria Emília de recorrer ao trabalho manual de
encadernadora, na modesta papelaria de que era proprietária na rua
da Figueira nº 37, em Castelo Branco. Local que também servia de
redacção e administração do jornal “A
Aurora”. Ali compunha o jornal e ali vendia também
estampas, revistas, histórias da carochinha e literatura de cordel.
O
seu valor intelectual não passou despercebido à cidade, a ela se
encomendou o elogio do Rei D. Carlos, quando da sua visita a Castelo
Branco, por motivo da inauguração da Linha férrea da Beira Baixa,
em 5 e 6 de setembro de 1891 e o elogio fúnebre de Tavares Proença
Júnior quando chegaram a Castelo Branco os seus restos mortais,
vindos de Laussane, Suíça.
Maria
Emília Louraça de Oliveira Pinto, bem mereceria que na fachada da
casa onde viveu, (agora
recuperada)
fosse afixada uma placa, onde constasse que ali viveu uma grande
albicastrense.
A
proposta fica, agora cabe aos responsáveis da terra albicastrense
torná-la realidade.
NOTA: Já
depois de ter escrito este poste, tive conhecimento que a autarquia
albicastrense tinha adquirido a casa em questão, e que as obras que
ali decorrem são da sua responsabilidade. Perante este novo dado,
não vejo razão para não ser colocada na referida casa, a placa
evocativa à presença de Maria Emília Louraça.
Dar
a conhecer aos albicastrenses de hoje, os albicastrenses que se
destacaram no passado, é um dever de todos nós.
PS. Recolha de dados: Jornal Reconquista e Estudos de Castelo Branco
O
Albicastrense
Como quase albicastrense que sou (vivi aí dos 6 aos dezassete anos) e regressei por mais três anos já no exercício da minha vida profissional. Como idosa que sou conheci vários/as albicastrenses que deverão ser lembrados!
ResponderEliminarAmiga anónima.
ResponderEliminarVenham os nomes desses albicastrenses.
Abraço