A
rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e
Março de 1937, no jornal “A
Era Nova”.
Transitou para o Jornal “A
Beira Baixa”
em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A
mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do
primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC”
foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho
que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O
texto está escrito, tal como foi publicado.
Os
comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
Vem
agora a sessão de 4 de Maio.
A
Câmara mandou coutar os alqueives, ordenou que os gados saíssem
deles dentro do prazo de dois dias e mais não disse.
A
sessão seguinte realizou-se em 24 de Maio.
Depois
de nos dizer quais foram os “Ministros e
officiaes” que assistiram à sessão, a acta reza assim:
“Nesta
Vereação abonarão por fiadores e principais pagadores a Gonçalo
Joze Vaz Nunos Preto e Francisco Henriques de Castro da Villa de
Idanha-a-Nova, no contracto que faz Gaspar Per. da Costa negociante e
morador na rua do Alecrim da Cidade de Lisboa da Comenda de Santa
Maria de Alcains por tempo de quatro annos por serem pessoas ricas a
abastadas tudo na forma das ordens expedidas e se mandou que
extrahido por certidão este acórdão se remetesse para onde direito
for:”
Ficam
os nossos dois leitores sabendo que havia nesse tempo uma Comenda se
Santa Maria em Alcains. E devia ser qualquer coisa de importante,
visto que apesar da distancia, das dificuldades dos transportes de
pessoas e mercadorias, se metia a arremata-la por quatro anos um
negociante de Lisboa, que morava na rua do Alecrim e merecia
confiança aos ricos proprietários Gonçalo
José Vaz Nunes Preto e Francisco Henriques da Castro, o que quer
dizer que não era qualquer negociante de secos e molhados que se
contentasse com lucros de dois ou três vinténs.
Ainda
nesta sessão, por ter desistido “do
officio de partidor dos órfãos”
Manuel dos Reis Soares foi nomeado para o exercício do cargo o Dr.
José Esteves Póvoa, “pessoa
em quem reconhecem as qualidades necessárias para o exercer o mesmo
officio”,
mas que, pelo que já se tem visto, era pau para toda a obra. E
depois, “por
não haver mais despacho”,
foi encerrada a sessão.
(Continua)
PS.
Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides
Municipais”,
que o que
acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na
época.
O
Albicastrense
Sem comentários:
Enviar um comentário