CASTELO
BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE
(Continuação)
O terreno do parque do
castelo foi cedido á Câmara pelo Governo, por portaria de 19 de Novembro de
1852, para nele se fazer um cemitério: tendo prevalecido o bom senso, não
chegou a efectivar-se esse absurdo projeto.
No mesmo local foi
construído em 1867, um edifício que se destinava a liceu mas que veio a ser
utilizado para escola do magistério primário, e em 1919 foi ali instalado um
posto radiotelegráfico do Exercito.
Foi no
seculo XIX, portanto, que o vandalismo dos albicastrenses, acoberto pela complacência
e pela indiferença das entidades oficiais promoveu a destruição inexorável das
suas relíquias históricas que, se hoje existissem, constituiriam uma valiosa e
interessante curiosidade para os forasteiros numa cidade em que não abundam as
preciosidades artísticas nem as edificações monumentais.
Uma
violente tempestade que se desencadeou na noite de 15 de Novembro de 1852 fez
desabar algumas paredes da alcáçova e desmoronar a Porta da Vila.
No princípio
do ano de 1936 as chuvas torrenciais causaram a derrocada da última torre que
restava do castelo no ângulo Nascente-Norte.
Foi feita, pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, em 1940, a reconstrução dessa torre.
Foi feita, pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, em 1940, a reconstrução dessa torre.
Não se fez, todavia, como era mister, um estudo
prévio da reconstrução e a cidade assistiu indiferente a mais uma mutilação da
sua velha fortaleza:
impensadamente considerada uma excrescência, não obstante ser coeva da fundação
do castelo, foi totalmente demolida a antiga alcáçova, da qual ainda se podiam
ver, em 1939, umas casas de silharia ostentando na fachada principal duas
janelas góticas geminadas e uma porta do mesmo estilo.
E assim foi implacavelmente restringida e umas
pungentes ruínas, pelos impios iconoclastas indigentes com a cooperação das
entidades oficiais e dos agentes meteórico, uma das veneradas fortalezas que
os Templários erigiram, para defesa da Fé e
da independência da Pátria.
FIM.
Recolha de dados: “CASTELO BRANCO NA
HISTÓRIA E NA ARTE – (1956)”. Autoria de Manuel Tavares dos Santos
O
Albicastrense
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