ALCAIDES – MORES DE CASTELO
BRANCO
Por. Manuel da Silva
Castelo Branco
As suas atribuições, porem foram-se
reduzindo gradualmente, até acabarem por ficar somente com o encargo de
governadores das fortalezas e castelos. Além dos alcaides-mores havia os pequenos ou alcaides, que lhe serviam de
auxiliares, os substituíam nas ausências e estavam, por vezes, na dependência
do concelho municipal.
Em Castelo Branco temos notícia da sua
existência, logo a partir da doação que Fernão Sanches fez á Ordem do Templo,
de Vila Franca da Cardosa, “que he Castelbranco”, de “ametade en sua vida e outra ametade per sua
morte”, pela carta dada em Santarém ao 4 Idus Martii de
1220, era de César (1182), e onde se lê:..
“Ego etiem debeo habere Alcaidaria de vestra medietate
ipsius villae…” (in Comendas da O. Xº).
O primeiro foral, dado pelo Mestre dos
Templários, D. Pedro de Alvito, a 12/3/1213, no reinado de D. Afonso II, vem
também assinado por Fr. Str. Plair, Domnus Str. Albo e Domnus Stefanus,
respectivamente, Comendador, pretor e alcaide de Castelo Branco.
Alguns anos mais tarde uma carta de doação
de 1226 feita aos Templários, da vila da Lardosa, lugares da Lousa, Escalos e
outras fazendas em Castelo Novo. Silvares e seus termos, encontramos mais uma
vez referência ao “Comendador, pretor, alcaides e, em particular, a Petrus de Veiga, alcaldus
Castelliblanchi”.
Sendo já Castelo Branco, uma apreciável e
importante povoação em 1229, D. Simão Mendes, Mestre do Templo, mandou edificar
no castelo um palácio destinado aos Comendadores da Ordem, o qual se
transformaria ulteriormente na residência dos alcaides-mores.
Quando a Ordem dos Templários foi extinta
em todo o mundo católico, em 1311, D. Diniz a fim de evitar que Roma tomasse
conta das grandes riquezas. Institui A Ordem de Cristo, a que ficaram
pertencendo todos aquele bens e, assim Castelo Branco passou a ser Comenda da
Ordem de Cristo (1319).
O Albicastrense
O Albicastrense
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