(Continuação)
Da leitura
atenta do Rol alguns costumes sociais próprios daquele tempo. É talvez para
admirar a existência de uma única escrava na freguesia, criada de um lar do sítio
no Adro de S. Miguel, constituído por catarina Lucas, solteira, que vive de
suas fazendas, de 68 anos de idade, e por seu irmão Manuel Cipriano, de 66
anos, D. Joana Teresa d’ Ordaz, viúva vivendo na sua casa da Rua do Bispo com
seus filhos José Caldeira d’ Ordaz, D. Ana Josefa e Pedro d’ Ordaz, sua tia D.
Joana Maria e seu irmão João de Mendanha Valadares, tinha a servi-los, vivendo
sob o seu teto, além do seu escuteiro, um alfaiate, um ganham, e quatro
criados, mais dez criadas; na mesma casa ainda habitavam o seu capelão (é a
única família que tem capelão) e um estudante (fogo nº 291).
Também tinham
numerosos criados, um escudeiro, um ganhão, três e nove criadas, D. Francisco
Josefa de Sousa e suas 4 irmãs, cujas idades se escalonavam entre os 50 e os 40
anos, que moravam em rua que se desconhece, por faltarem paginas ao manuscrito
(fogo nº 325).
Com um total de sete
criados apontam-se: o Capitão de Ordenanças José Pessoa Tavares, morador na Rua
do Pina, casado com D. Leonor Pereira e cujos filhos eram Alferes de Ordenanças
José Joaquim, de 19 anos, D. Leonor, D. Ana António e Joaquim, precisava para o
serviço de sua casa de um escudeiro e seis criados (fogo nº 185);
O Dr. Francisco José
de Carvalho Freire que, com sus mulher, sua sogra, viúva, e seus cinco filhos,
cujas idades variavam dos 14 aos 3 Anos, morava na Rua dos Ferreiros e era
servido por um escudeiro, um criado e cinco criadas (fogo nº 420).
Apesar de viver
sozinho, na Rua do Relógio; necessitava de seis criados o Dr. Francisco José da
Silveira Falcato, Provedor (da Misericórdia) que tinha um escudeiro, um
boleeiro, um criado e três criadas (fogo
nº 339).
Servidos,
só por cinco criados haviam: O Ver. Dr. Manuel dos Reis Soares Provisor do
Bispado, que com seus velhos pais e irmã, morava na mesma rua que o D.
Francisca Josefa de Sousa e suas irmãs, acima referidas, e tinha dois pastores,
um ganhão e duas criadas (fogo nº 326);
José
António Morão, mercador, que morava no Relógio com sua mulher, Luísa Violante,
e seus filhos José António, Daniel e Rafael, e era servido por um caixeiro, um
criado e três criadas (fogo nº 335);
José
Tudela de Castilho que vivia com sua irmã D. Caetana Rosa e duas sobrinhas, na
Rua Nova, e eram servidos por um criado e quatro criadas (fogo nº 348).
Possuindo
quatro criados regista o Rol: a viúva Clara Maria, proprietária, que habitava
na Rua do Pina com sua irmã, Maria Joaquina, e seus filhos, o Ver. Dr. Isidoro
José dos Santos e Maria Inácia, Felícia Rosa e Ana Josefa, e tinham um criado e
três criadas (fogo nº 189);
“Homê
de Negocio”, Luís Vaz da Cunha que na sua casa da Rua do Saco vivia com dois
filhos, um pastor, uma criada, sua mulher Ana Joaquina e sua filha Ana (fogo nº 327);
O
mercador António Pereira da Silva, casado com Guiomar Maria e que morava no
Relógio com sua sobrinha Antónia, precisava de um caixeiro, um criado e duas
criadas (fogo nº 336);
E Amónio
Soares Franco, também mercador no Relógio, casado com Isabel Antónia, pais de
Leonor, José e Joaquim, de 5,3 e 1 ano de idade, tinha na sua casa um caixeiro,
um criado e duas criadas (fogo nº 341).
(Continua)
O ALBICASTRENSE
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