sábado, abril 11, 2020

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE


Toponímia da
Terra Albicastrense

Na minha redescoberta do Bairro do Valongo, fui surpreendido com uma placa toponímica que me deixou de queixo caído.
O motivo dessa minha surpresa, prendesse com o facto da placa ser em granito e não de plástico (RASCA), como é tem sido habitual nos bairros da nossa cidade nos últimos anos. 
Fui igualmente surpreendido pelo nome colocado na placa, uma vez que desconhecia por complete a personagem cujo o nome consta na placa toponímica. Fui à Internet e descobri o nome complete deste homem; Fernando Gil Almeida Lobato de Faria.  
Imagino tratar-se da mesma pessoa, embora o seu nome não esteja complete na respectiva placa, o que me surpreende (pois não é habito), é que esta pessoa  ainda está entre nós e ter sido nomeado em 2016 pelo nosso presidente para Membro do Conselho das Ordens Nacionais. 
Se se tratar da mesma pessoa (quero crer que sim), só posso dizer que estou em complete acordo, pois defende à muitos e muitos anos, que não é necessário uma pessoa morrer para ver o seu nome numa placa toponímica.
QUEM FOI 
FERNANDO LOBATO FARIA?

Coronel de Infantaria Fernando Gil Almeida Lobato de Faria, nasceu a 16 de Agosto de 1936, em Castelo Branco.
Terminou o curso da Academia Militar no ano de 1959. Colocado na Escola Prática de Infantaria, onde desempenhou as funções de instrutor dos Cursos de Oficiais Milicianos. Mobilizado para Cabo Verde em 1962/1963, onde comandou o Pelotão de Atiradores nº 7. Em Agosto de 1964 é mobilizado no Comando da Companhia de Caçadores n O546, onde a sua brilhante actuação em combate fez jus à condecoração da medalha de prata de Valor Militar, com palma. De regresso a Lisboa é colocado no CMEFED, como instrutor do 1º curso de instrutores de educação física militar.
Em 1967 é mobilizado para a Escola de Aplicação Militar de Angola, onde se oferece para frequentar o 8° curso de comandos, que terminou com aproveitamento em 30 de Novembro, no Centro de Instrução de Comandos. Colocado no CIC/RMA foi Diretor de Instrução e instrutor de 8 cursos de comandos consecutivos.
Terminou a comissão em Junho de 1970. Nomeado para comandar a 31ª Companhia de Comandos, em Janeiro de 1971. Ferido gravemente numa operação no Leste de Angola de que resultou a evacuação para Lisboa. Condecorado com a medalha da Cruz de Guerra de 1ª classe, por feitos em combate considerados de extraordinários, relevantes e distintos.
Em 2016, foi nomeado pelo Presidente da República para Membro do Conselho das Ordens Nacionais.
O ALBICASTRENSE

15 comentários:

  1. Vitor Henriques
    Conheci -o em Angola, como capitão comando. Granjeava simpatias.
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    1. Abílio Valente
      CIC centro de instrução de comandos Grafanil
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    2. Vitor Henriques
      Abílio Valente ,sim ,era aí que estava aquartelado.
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    3. Abílio Valente
      Vitor Henriques em 74 o GIL já era o comandante operacional
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    4. Vitor Henriques
      Abílio Valente ,o que entendes por comandante operacional?
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    5. Abílio Valente
      Vitor Henriques depois de 24/4/74 e do governador ser Rosa Coutinho o Gil foi graduado em tenente Coronel e ficou a comandar os comandos, facilitando uma parte da contenda. Tomando parte na decisão que culminou com o MPLA a controlar as decisões A marinha já estava pelo barão vermelho. O gil era casado com a Teresa que era militante do MPLA e por amor ele tbm se rendeu ao MPLA. Que deu frutos nos cursos que deu no autódromo (histórias)
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    6. Vitor Henriques
      Abílio Valente , eu estive em Angola até Junho de 75 ,percebes o que quer dizer ,o que eu vivi e conheci sobretudo em Luanda?
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  2. Álvaro Barreiros
    Morava ao lado do 14 e conheci-o na Amadora no quartel dos Comandos apresentado pelo Sr. Tenente Coronel Infante (o baixinho) que de bom só tem o ser do BENFICA
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  3. Vitor Henriques
    Não sei ,é possível, quem deve saber é o Infante /comando que é da mesma guerra e da mesma patente . Encontros anuais de confraternização.
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  4. Alvaro Reis
    Bom trabalho de investigação. O conhecimento e exploração das placas toponímicas deveria ser um trabalho das escolas do ensino básico. Assim se constrói a identidade colectiva.
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  5. José Moreira
    Ainda a respeito da toponímia do concelho de Castelo Branco deixo aqui um blog sobre a toponímia das ruas da freguesia de Louriçal do Campo, não deixa de ser uma pesquisa interessante, se algumas memórias não forem preservadas o significado do nome de certas ruas perder-se-a no tempo.https://toponimialouricaldocampo.blogspot.com/
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  6. Luis Rodrigues
    Sem pôr em causa os méritos do senhor, acharia preferível nomes que não sejam erodidos pelo tempo e que acabem inevitavelmente por cair no esquecimento. Em contrapartida sugiro nomes como: Rua das Rosas; rua Azul; rua da Covilhã; Rua do Sol...
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    1. Amigo Luís.
      É verdade que muitas das vezes ao olharmos para certas placas toponímicas damos connosco a pensar: "quem foi este sujeito e que fez ele para lhe terem colocado o nome nesta placa?" As placas toponímicas deveriam ser mais completas, terem o ano de nascimento e falecimento, assim como a actividade em que a pessoa se destacou.
      Desta maneira pelo menos saberíamos se a pessoa tinha sido poeta, escritor, politico, benemérito ou outra coisa qualquer.

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    2. José Moreira Luis Rodrigues esses nomes são demasiado simples, as aldeias pequenas é que costumam ter nomes desses, rua da escola, rua principal, rua da igreja, rua do cimo etc, se Castelo Branco tem muitas personalidades da cultura, política e outras áreas há que homenagear essas pessoas.
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  7. Anónimo18:07

    1 - Tenho agora 82 anos e conheci o cap. Lobato de Faria no "mato" em 1965.
    2 - Quatro anos depois voltei a encontrá-lo no CIC/Luanda e tivemos uma conversa.
    3 - Muitos anos depois vi-o na praia em S. Martinho do Porto: não o quis interromper.
    3 - O que quero dizer aqui é simples: entre os muitos militares que conheci, meus superiores ou subordinados, o capião Lobato de Faria foi DOS POUCOS cuja simpatia evoluiu em mim para MAIS SIMPATIA!

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