O FORAL DE D. PEDRO ALVITO - (1ª PARTE)
D. Pedro
Alvito, 11º Mestre da Ordem do Templo, concedeu uma carta de foral à povoação
de Castelo Branco, cujo original se considera desaparecido mas do qual foram
encontradas, no arquivo da Ordem de Cristo de Tomar, duas copias, tendo uma a
data de 1251 da era de César a outra que corresponde o ano de 1213 da era de
Cristo.
O foral
de D. Pedro foi transcritonas obras “Portugalice
Monumenta Histórica”, “Monografia”
de António Roxo e “Castelo Branco e o seu
Alfoz” do Dr. Ribeiro Cardoso.
A data
de 1213 que figura numa das cópias da carta de foral, tem deixado perplexos
todos os investigadores da origem de Castelo Branco.
Com efeito,
essa data é anterior à da doação feita aos Templários por D. Afonso II; a carta
de foral adopta como norma a de Elvas quando esta só foi concedida em 1229, pelo
Rei D. Sanches II, em Évora; em 1213 era de Ordem D. Gomes Ramires e D. Pedro
Alvito só começou a exercer as funções em 1214, e tendo terminado o exercício em
1223.
Alem
disse, o rei D. Sanche II, não obstante estar mencionado o seu nome como
outorgante na doação feita pelo seu progenitor em 1214, fez uma nova doação de
Castelo Branco aos Templário em 1229 na qual esse agregado populacional era
citado como uma grande povoação, ao passo que D. Pedro Alvito declarou no foral
que pretendia restaurara e povoar Castelo Branco, donde, se infere que a
importância desse povoado era então muito diminuta. Em busca
da solução deste problema, sobre ele fizeram Viterbo, Herculano e António Roxo
varias considerações. Nenhum destes autores consegui, todavia, esclarecer cabalmente
as discrepâncias que ressaltam dos documentos citados, cuja autenticidade é incontestável.
O Dr.
Alfredo Pimenta em alguns documentos para a Historia de Idanha-a-Velha aventou
a hipótese de ter sido escrito, por lapso de quem transladou o foral para o
códice de Tomar, “foro et costume de Elbis, em fez de foro et costume de
Elbora”, pois que o foral de Elvas é semelhante ao de Évora que foi outorgado
em 28 de Abril de 1166.Segundo
o mesmo autor, há garantias documentais de que em Julho de 1223 o Mestre da
Ordem do Templo era Pedro Anes e que em Janeiro de 1227 o era outra vez Pedro
Alvito, não repugnando acreditar que pela terceira vez o fosse em 1220.
(Continua)
Recolha
de texto, “CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E
NA ARTE”
O ALBICASTRENSE
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