quinta-feira, maio 13, 2021

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE

 O FORAL DE D. PEDRO  ALVITO - (1ª PARTE)

D. Pedro Alvito, 11º Mestre da Ordem do Templo, concedeu uma carta de foral à povoação de Castelo Branco, cujo original se considera desaparecido mas do qual foram encontradas, no arquivo da Ordem de Cristo de Tomar, duas copias, tendo uma a data de 1251 da era de César a outra que corresponde o ano de 1213 da era de Cristo.

O foral de D. Pedro foi transcritonas obras “Portugalice Monumenta Histórica”, “Monografia” de António Roxo e “Castelo Branco e o seu Alfoz” do Dr. Ribeiro Cardoso.
A data de 1213 que figura numa das cópias da carta de foral, tem deixado perplexos todos os investigadores da origem de Castelo Branco.
Com efeito, essa data é anterior à da doação feita aos Templários por D. Afonso II; a carta de foral adopta como norma a de Elvas quando esta só foi concedida em 1229, pelo Rei D. Sanches II, em Évora; em 1213 era de Ordem D. Gomes Ramires e D. Pedro Alvito só começou a exercer as funções em 1214, e tendo terminado o exercício em 1223.
Alem disse, o rei D. Sanche II, não obstante estar mencionado o seu nome como outorgante na doação feita pelo seu progenitor em 1214, fez uma nova doação de Castelo Branco aos Templário em 1229 na qual esse agregado populacional era citado como uma grande povoação, ao passo que D. Pedro Alvito declarou no foral que pretendia restaurara e povoar Castelo Branco, donde, se infere que a importância desse povoado era então muito diminuta.
Em busca da solução deste problema, sobre ele fizeram Viterbo, Herculano e António Roxo varias considerações. Nenhum destes autores consegui, todavia, esclarecer cabalmente as discrepâncias que ressaltam dos documentos citados, cuja autenticidade é incontestável. 
O Dr. Alfredo Pimenta em alguns documentos para a Historia de Idanha-a-Velha aventou a hipótese de ter sido escrito, por lapso de quem transladou o foral para o códice de Tomar, “foro et costume de Elbis, em fez de foro et costume de Elbora”, pois que o foral de Elvas é semelhante ao de Évora que foi outorgado em 28 de Abril de 1166.Segundo o mesmo autor, há garantias documentais de que em Julho de 1223 o Mestre da Ordem do Templo era Pedro Anes e que em Janeiro de 1227 o era outra vez Pedro Alvito, não repugnando acreditar que pela terceira vez o fosse em 1220.
(Continua)
Recolha de texto, “CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE
O ALBICASTRENSE

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