BRINCAR PARA NÃO CHORAR
Segundo
fui informado (por uma ave abelhuda), na passada semana realizou-se em
local desconhecido uma valorizada Assembleia Geral da: (Associação Defensora das Casas em Ruínas na Zona
Histórica da Terra Albicastrense).
Assembleia Geral, que teve a seguinte Ordem de Trabalhos:
PONTO ÚNICO:
“Pela defesa das casas em ruinas da
Zona Histórica da Terra Albicastrense”.
Segundo
a mesma ave abelhuda, consta que a magnânima assembleia geral decorreu sem
grandes chatices, uma vez, que na mesma apenas podiam estar presentes sócios
fundadores, como a maioria deles já esticou as botas, estiveram presentes meia
dúzia de gatos-pingados.
O
presidente da referida associação, pessoa que durante muitos anos teve
grandíssimas responsabilidades políticas na terra albicastrense, foi convocado
para comandar a referida associação e poder dirigir a respetiva assembleia
geral. Ainda
segundo a mesma ave abelhuda, foi atribuída por unanimidade a medalha de “Latão
Furado”, a alguns dos responsáveis políticos que nos últimos anos
contribuíram pelo: “deixa andar, o não
quer saber, ou ainda, quantas mais casas em ruínas melhor”. Além das medalhas atribuídas aos ditos cujos, foi
igualmente enaltecida a atitude de passividade da grande maioria dos
albicastrenses, na defesa das ruinas da referida Zona Calamitosa da terra
albicastrense.
O
que levou de imediato o presidente da referida assembleia geral, a propor a
atribuição de diplomas de honra aos mais destacados albicastrenses na causa, do
quanto pior melhor. Ao tentar saber o nome dos ilustres agraciados, foi-me
dito, que a labuta desses notáveis foi desinteressada e em defesa das ruínas da
nossa Zona Calamitosa, por isso, eles não necessitam de ser aplaudidos ou
conhecidos.
Entre
as criaturas presentes nesta marada assembleia, destacaram-se o Chico Maneta,
homem que cada vez que era consagrada qualquer decisão, colocava um copo nos
beiços, e gritava: “apoiado! Apoiado!”
Ao
seu lado, Zé Coveiro (homem que já
enterrou centenas de fregueses), berrava; “mas que grande seca!
Despachem lá esta treta, pois tenho um paroquiano para enterrar!”.
Rosa Magricela, mulher desgastada
pelo tabaco e pelo bom tinto da tasca do Tó Carvoeiro, argumentava; “Nem
mais uma casa recuperada, mais sim todas elas mal tratadas!”. Sentada ao lado da Rosa Magricela, Linda Penetra, mulher que tem por hábito penetrar
em assembleias de coletividades, mas que não é associada de nenhuma, pois
afirma à boca cheia que não subsidia colectividades da treta. Perante tanta tontaria, junta-se à maralha berrando bem alto: “abaixo a reconstrução,
viva a destruição!”.
Perante tal algazarra, o maioral da Assembleia Geral deu por
terminado os trabalhos da mesma, anunciando de imediato, a marcação de nova
assembleia para o dia de São Nunca à Tarde. No final da referida assembleia adoidada, foi servido um lava-dentes na antiga rua do Saco, local recuperado por um Comendador, mas nunca
gozado pelos albicastrenses.
O Albicastrense
Trata-se de um Grupo Coral ,ainda estão na fase de afinação.Tem que ser às escondidas.
ResponderEliminarJOÃO.
EliminarComo seria bom que este "Grupo Coral" existisse e desse a cara em defesa da nossa Zona Histórica.Abraço