BARATA MOURA
"DEZ ANOS APÓS A SUA MORTE"
(9 de Janeiro de 1911 - 18 de Dezembro 2011)
Nascido na aldeia histórica de
Castelo Novo, concelho do Fundão, no dia 9 de Janeiro de 1911, completou este
ano… 100 anos de vida.
A sua aprendizagem artística foi
feita em Lisboa na Escola de Artes Aplicadas e na Escola António Arroio – para
onde migrou aos 17 anos. No entanto, fortemente arraigado à sua terra natal, a
passagem dos anos e os ares da cidade não desvaneceram os laços de profundo
afecto que ligavam o Artista aos víveres modestos das gentes da região onda
nascera, não porque aí possuísse bens materiais, mas porque desta recebeu
marcada influência vivencial, espiritual, moral e mesmo intelectual, do berço
até hoje. Com vasta obra artística, pintou mais de cinco mil telas, entre elas,
muitas das paisagens físicas e humanas da beira interior.
Recentemente levantei a hipótese dos
responsáveis pelo Museu, Francisco Tavares Proença Júnior (autarquia Albicastrense), criarem um espaço no museu com o nome do
pintor, lugar onde estariam expostas algumas das obras do mestre Barata Moura. Infelizmente a resposta foi negativa, o argumentando utilizado para a recusa foi de que: "o espaço proposto não podia ser utilizada
para esse fim"!
Dez anos depois da sua morte, os
responsáveis pelo nosso museu dão-se ao luxo de ter cerca de oitenta obras do
pintor, “sossegadas sossegadinhas” na reserva do museu, impedindo desta forma que
os albicastrenses lhes ponham os olhes em cima!
Lamentável! É o mínimo que me ocorre dizer…
O Albicastrense
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