quinta-feira, maio 05, 2022

UM CASO MISTERIOSO NA NOSSA ZONA HISTÓRICA.

           “O MISTÉRIO
 DA ANTIGA RUA DO SACO”

Numa conversação que tive com Luís Vicente Barroso, concertámos entre nós, que a situação da antiga Rua do Saco tinha que ser mais uma vez denunciada publicamente. Combinámos pois que cada um de nós iria redigir uma publicação sobre a mágoa que é andar pela Rua Mouzinho Macro, e não poder transitar na primitiva Rua do Saco.

A história conta-se assim em poucas palavras:
- Em 2012 os responsáveis pela nossa autarquia, voltaram a adquirir a antiga Rua do Saco e iniciaram obras de requalificação na dita cuja;
- Em 2013 após o termo das obras o feito teve direito a uma pequena inauguração, (festança onde não faltaram o discurso, a fanfarra e os foguetes); No dia seguinte aferrolharam os portões que dão acesso ao local e, nove anos depois, o local encontra-se fechado a sete chaves.

Confesso que doí - e doí mesmo muito - subir a Rua Mouzinho Magro, passar ao lado portão que dá acesso à antiga rua do Saco e não poder gozá-lo, uma vez que se encontra encerrada desde a sua inauguração.
É costume dizer-se que por vezes somos colocados perante situações que não conseguimos compreender, absurdos que por mais que pensemos nada de nada de lá sai, e este é o caso da recuperação desta antiga rua.
- Será que alguém consegue explicar-me de forma fácil e para que eu compreenda, o porquê de nove anos depois da fanfarrada, nada de nada tenha sido feito para possibilitar aos albicastrenses visitar e beneficiar da
recuperação deste bonito espaço?
O argumento de que no local existem duas casas em condições desgraçadas e que podem colocar em perigo quem por ali andar é valido, assim como também é legítimo dizer que tendo que a nossa autarquia adquirido as respetivas casas, não mexeu uma palha ao longo dos nove anos para as recuperar de forma a tornar possível visitar o local.
Os albicastrenses não podem continuar a passar pelo local e virar a cara para o outro lado, como se este amargurado assunto não lhes diga respeito.
 
Eu apelo aos meus amigos albicastrenses, para partilharem esta publicação, assim como a do Luís Barroso.
 Desta forma iremos pressionar quem comanda atualmente a nossa terra albicastrense a resolver este tristíssimo e incompreensível mistério da Rua do Saco.

UM POUCO DA HISTÓRIA DA ANTIGA RUA DO SACO
No livro: “O Programa Polis em Castelo Branco – Álbum Fotográfico da autoria de António Silveira, Leonel Azevedo e Pedro Quintela d’ Oliveira encontrei alguns dados sobre a antiga rua do Saco. 
“A designação toponímica desta artéria deve-se, muito provavelmente, à sua configuração específica - abre em ângulo reto a partir da fachada lateral da antiga biblioteca municipal, (Praça Camões), e não tem qualquer saída, formando um L invertido, por esta razão assemelha-se a um saco, dai a sua dominação. Este arruamento pertence, provavelmente ao século XVI, embora o registo documental mais antigo remonte a um processo inquisitorial de 1628. 
Esta artéria desviou o curso normal da sua história, como espaço público, quando um vereador em exercício, António César de Abrunhosa, requereu em 1890 a supressão do beco denominado rua do Saco (…) no sitio em que uma das suas casas confina com o edifício dos Paços do Concelho. 
Na origem deste pedido está a aquisição de todos os prédios com servidão desse local, pelo conhecido comerciante da praça albicastrense.
A Câmara discutiu o assunto e aceitou a perdição. Em 1927 o espaço passou de vez para a posse da família Abrunhosa, com a autorização dada pela nossa autarquia para a instalação de um portão na entrada da velha rua”.

Resta acrescentar que nesta rua, terá nascido um dos mais ilustres albicastrenses de sempre. Segundo J. D. Porfírio Silva no seu livro.”Memorial Cronológico e Descritivo Da Cidade de Castelo Branco” editado em 1838, consta o seguinte sobre esta rua: “O Cardeal da Mota, que nasceu na rua do Saco em umas casas próximas ao celeiro da comenda, aos 4 de Agosto de 1685”.

O ALBICASTRENSE

13 comentários:

  1. Pedro Miguel Salvado
    Já está a ser tratado.

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    1. Pedro
      À muito que ouço isso, porém nada foi feito ao longo do tempo.

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    2. Pedro Miguel Salvado
      è uma questão de conjugação verbal.

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  2. Maria Olívia Lopes
    Passei há pouco tempo por aí e estranhei. Parece que nem conhecia. Fiquei surpreendida, para quem morou na Rua de Santa Maria e Rua dos Peleteiros,.

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  3. Anakiki Simões
    Eu realmente não sei onde fica mas tenho que lá passar

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  4. Anakiki Simões
    Eu realmente não sei onde fica mas tenho que lá passar

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  5. Amalia Rebelo
    SIMPLESMENTE vergonhoso!!! BEM haja sr Veríssimo pela exposição deste problema e a quem souber MAiS , faça publicação para saber como vão os" podres" da nossa cidade Albicastrense e quem são os autores.

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  6. Joaquim Baptista
    É evidente que a traseira dos prédios da Rua de Santa Maria, daquele espaço visíveis, constituem uma nódoa albicastrense. Possivelmente a áerea está fechada para que ela - a nódoa - não seja conhecida do cidadão. Que fazer ? Em minha opinião a edilidade albicastrense deverá resolver a situação com brevidade e dar explicação aos albicastrenses das razões pelas quais o espaço está encerrado e o que pensa fazer. Essa informação cabe a ela decidir como fazê-la.

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    1. António Veríssimo Bispo
      Joaquim Baptista
      Prédios que a nossa autarquia já comprou, mas que parece não querer recuperar.

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    2. Joaquim Baptista
      António Veríssimo Bispo Desconhecia que os tinha adquirido. Como esses há mais e outros já recuperados estão às moscas, como se costuma dizer.

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    3. Amalia Rebelo
      SIMPLESMENTE vergonhoso!!! BEM haja sr Veríssimo pela exposição deste problema e a quem souber MAiS , faça publicação para saber como vão os" podres" da nossa cidade Albicastrense e quem são os autores...

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  7. Pedro Coelho
    Assim se reabilita e se VIVE a zona histórica de Castelo Branco..

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  8. Anónimo12:33

    Haja fotos e TVs das criaturas, nos médias

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