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Confesso que também não sei, nem tenho resposta, mas tenho bastantes perguntas! Presumo que a maioria dos proprietários destas preciosidades históricas sejam herdeiros de proprietários do tempo em que as mesmas ainda eram habitáveis. Esses herdeiros, por motivos vários (muitos deles bem conhecidos) sairam de Castelo Branco e construiram as suas vidas noutras terras. Não são milionários, talvez nunca tenham sido e a herança caíu-lhes no colo como um peso morto. Castelo Branco continua a ser, apesar de se notar um esforço no sentido contrário, uma cidade que "chama" pouca procura (não, certamente, por culpa dos habitantes) e, por conseguinte, o investimento em imobiliário é diminuto. Os custos da construção civil, porém, são tão elevados como no resto do país (leia-se "litoral"). Assim sendo, o que devem os gestores municipais priorizar? Que tipo de incentivos (eficazes) podem ser atribuídos aos proprietários de casas com tanto valor histórico mas em tão mau estado de conservação? Para que servem casas, por muito históricas que sejam, se não houver habitantes? Tornar a cidade, ou pelo menos, a parte histórica, num museu seria interessantíssimo, mas existe capacidade financeira para isso? Seria viável um projecto desse género? Há neste país muitas outras cidades, vilas e aldeias historicamente tão preciosas como Castelo Branco; sofrem todas do mesmo mal, ou algumas conseguiram superar o "interiorismo"?
ResponderEliminarManuela C.
EliminarAntes de mais o meu bem-haja pelo seu excelente comentário.
O projeto de recuperação da nossa zona histórica é conhecido, pois ele é divulgado sempre que isso interessa aos responsáveis autárquicos.
O atual presidente prometeu durante a sua campanha eleitoral, recuperar mais de 80 casas de que a nossa autarquia e proprietária até 2025. E de seguida, colocar a resistir na respectiva zona histórica cerca de 250 novas famílias.
O problema é que depois de eleitos, esquecem-se facilmente das promessas feitas e tudo ou quase tudo, fica na mesma.
Durante o reinado de Joaquim Morão, foi apresentada na sala da Nora uma exposição de uma zona histórica na Alemanha que seria um bom exemplo para a nossa. O modelo era bom, eu ate diria ótimo! Contudo nada foi feito, esse é o dilema, muita parra e pouco uva.
Abraço deste albicastrense
Pois, parte do que diz é novidade para mim, uma vez que, apesar de albicastrense, só aqui resido de facto há muito pouco tempo. Mas promessas eleitorais esquecidas... infelizmente é o corrente neste rectângulo à beira mar. Vou tentar encontrar e conhecer algo sobre a recuperação da zona histórica da Alemanha, de que fala. Parece interessante! Também é super interessante para mim andar a conhecer melhor esta cidade, para o que as suas publicações neste blog ou no Facebook têm sido de uma ajuda fantástica e pelas quais lhe sou muito grata.
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