

BEM – VINDOS A UM BLOGUE LIVRE DE OPINIÕES SOBRE CASTELO BRANCO, SEJAM ELAS BOAS OU MÁS. O BLOGUE É DE TODOS E PARA TODOS OS ALBICASTRENSES…
(Inicio de construção em 1866)
O Albicastrense
Casa do Pessoal do Museu Francisco Tavares Proença
Júnior – colectividade fundada em 1980 pelos trabalhadores do museu, viria a
ser extinta em 1990 dez anos após da sua fundação.
Qual a sua historia?
Quinze anos após a sua extinção penso ser hoje
possível fazer aqui um pequeno resumo histórico do que foram esses dez anos. No
início dos anos 80 a casa do pessoal do Hospital distrital Amato
Lusitano de Castelo Branco era um exemplo a seguir pelo trabalho que
desenvolvia em prol dos seus associados. Os trabalhadores do Museu,
seguindo esse exemplo decidiram fundar a sua própria casa do pessoal, mas com
objectivos mais alargados. A proposta a que se propunham era criar uma
colectividade que desenvolvesse as suas actividades com todos aqueles que
quisessem participar nelas, não esquecendo porem a vertente social para com os
seus sócios os trabalhadores do Museu.
Tal
propósito foi conseguido?
Modestamente olhando para traz, penso que sim, as
centenas e centenas de pessoas que participaram nas actividades da casa do
pessoal do Museu ao longo desses dez anos são a prova da minha
certeza. Não vou aqui lembrar todas as iniciativas que ao longo dos anos
desenvolvemos na cidade, mas não posso deixar de mencionar os torneios da malha
com participantes vindos dos mais variados locais do país, os Rally Papers, os
concursos de fotografia a nível Nacional com participação de concorrentes
portugueses a residir no estrangeiro, os torneios de Xadrez e muitas outras
iniciativas. Não posso igualmente esquecer os convívios de trabalhadores do
Museu, as festas de Natal, os passeios culturais e muitas outras iniciativas
entre os seus sócios. Gostaria ainda aqui lembrar o apoio que sempre
tivemos dos comerciantes da cidade ás nossas iniciativas, as ofertas de
centenas e centenas de troféus e as muitas prendas para distribuir pelos
participantes, eram a provas do seu carinho e apoio, e por fim os últimos são
sempre os primeiros, o apoio que sempre tivemos do então director do Museu, Dr.
Salvado a todas as nossas iniciativas foi fundamental para o êxito da casa do
pessoal.
O porquê da sua extinção.
A casa do Pessoal era em meu entender um
complemento do próprio Museu, mas o seu raio de acção visava como não podia
deixar de ser, uma vertente totalmente diferente. Enquanto o Museu tinha a
sua vertente cultural a casa do pessoal tinha por objectivo uma aproximação dos
Albicastrenses ao Museu através de iniciativas desportivas tais como os
torneios de malha e Xadrez ou outro tipo de iniciativas, como concursos de
fotografia. È portanto legitimo afirmar que havia entre o Museu e a casa do
pessoal uma união de objectivos, partilhada pelas suas direcções. Com a
saída do Dr. António Forte Salvado em 1989 de forma totalmente vergonhosa (a este
assunto ainda lá iremos), do cargo de director do Museu, e com a entrada da
nova directora, essa união de objectivos deixou de interessar a quem lhe
sucedeu no cargo, era a morte anunciada da casa do pessoal, alguns meses
depois, por vontade dos seus sócios dava-se a sua extinção.
A Casa do Pessoal tinha por lema:
FACTA NON VERBA
O albicastrense
É sobre este ultimo que hoje aqui quer falar, construído no inicio dos anos vinte é sem duvida um dos mais belos exemplares da arte nova construída na cidade, feito de raiz para ser estação dos correios, teve a sua inauguração a 26 de Outubro de 1928, com a presença do ministro do Comércio da altura Eng. Araújo Correia.
Encontra-se hoje aos ratos, depois das muitas hipóteses levantadas para ali instalar tudo e mais alguma coisa.
Afinal a quem pertence a antiga estação dos correios?
Segundo notícias publicadas nos jornais da cidade á algum tempo o mesmo teria sido ou iria ser adquirido pela Câmara da cidade, com o objectivo de ali instalar não se sabe ao certo o que. (pois muitas foram as sugestões levantadas)
Meus senhores por favor chegou o momento de decidir, ou sim ou sopas, como diz o povo, o edifício não merece estar a cair de podre é tempo de tomar decisões. Senhor presidente da Câmara o tempo de dar tempo ao tempo já terminou é tempo de fazer obras e ali instalar o que for mais útil á cidade, senão houver ideias faça-se um inquérito junto dos habitantes da cidade, para saber o que mais gostariam de ali ver instalado.
Senhor Presidente deixar este belo edifício abandonado e aos ratos é que não, pois a cidade não é assim tão rica em edifícios para se dar ao luxo de perder este belo edifício, de que vale á cidade estar bonita, se alguns dos nossos melhores edifícios ameaçam cair de podre.
PELA CIDADE SEMPRE, O ALBICASTRENSE
O Albicastrense
Recentemente tive a oportunidade de ver no telejornal de um dos canais de televisão, uma notícia que me deu alguma satisfação e ao mesmo tempo alguma tristeza.
A notícia dizia respeito à cidade de Barcelos, alguns responsáveis pela cidade de Barcelos decidiram colocar nas ruas da cidade estatuetas de galos, símbolo da respectiva cidade, dando a conhecer desta forma o símbolo de que a cidade tanto se orgulha, e ao mesmo tempo fazer promoção do seu artesanato. Esta foi a parte da notícia que mais gostei, depois vem a parte que como Beirão mais me entristece.
Como se pode ver pela fotografia, que tive o cuidado de tirar há tempos a traz, o antigo passeio verde era calcetado com calcada à Portuguesa, onda se podia ver alguns símbolos do bordado de Castelo Branco.
Que vimos nós entretanto com as obras ali feitas?
Que alguém se esqueceu dos nossos bordados colocando lá em sua substituição um traço que vai de uma ponta à outra. Será que na sala de visita da nossa cidade, interessa mais divulgar os traços, em prejuízo dos nossos bordados? Substituir uma árvore da vida, um dos símbolos mais importantes dos nossos bordados, por um traço? Nem o diabo se lembraria de tal coisa!
Será que o nosso artesanato é assim tão rico, que se torna desnecessário divulga-lo aos que nos visitam? Senhor presidente sabe quantos albicastrenses tem em sua casa, na sua sala de visitas uma árvore da vida?
Quer crer que foi apenas um esquecimento, ou teremos que falar com os responsáveis de Barcelos para convidar os responsáveis autárquicos da nossa cidade para ali poderem aprender com eles. Senhor presidente da Câmara fui um dos que votou em si neste ultimo acto eleitoral, por entender que o trabalho desenvolvido por si nestes últimos anos é bastante positivo, embora discordando num ou noutro ponto, e como quer continuar acreditar em si que tal dar a mão á palmatória neste caso.
Vamos lá substituir o traço pelo bordado de Castelo Branco!
O Albicastrense
MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE 1º EDICAO: 12 DE ABRIL DE 1937 DIRECTOR E EDITOR: ANTÓNIO RODRIGUES CARDOSO ADMINISTRADOR E PROPRIETÁRIO:...