OFICINA ESCOLA DE BORDADOS
DO MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR
A Oficina Escola do Museu Tavares Proença Júnior, de Castelo Branco, vai acabar por encerrar, a médio prazo, se entretanto não entrar mais nenhuma bordadeira, o que parece estar fora de hipótese. O núcleo já chegou a funcionar com duas dezenas de bordadeiras, mas ao longo dos anos foram saindo, umas porque preferiram trabalhar por conta própria, outras porque abandonaram a profissão, outras por motivos de aposentação. Neste momento, trabalham no museu quatro bordadeiras, já com anos suficientes de serviço para pedir aposentação, (começaram a trabalhar muito novas), mas ainda sem idade para tal.
O trabalho jornalístico apresentado pelo jornal gazeta do Interior sobre os nossos bordados, mais não é que a confirmação daquilo que tenho dito ao longo dos últimos dois anos, sobre este assunto.
O trabalho jornalístico tem a assinatura de Célia Domingues, (que não conheço), contêm uma afirmação, que não corresponde à verdade.
Célia Domingues diz o seguinte: “ao longo dos anos as bordadeiras foram saindo, umas porque preferiram trabalhar por conta própria, outras porque abandonaram a profissão”, (onde colheu Célia, tal informação)?
Célia tal não corresponde à verdade!
Durante os trinta anos de existência da Oficina Escola de Bordado do Museu, (1976/2006) nenhuma das bordadeiras que ali trabalhou durante esse tempo, saiu para trabalhar por conta própria, ou porque abandona-se a profissão, todas as bordadeiras, saíram por motivo de reforma nos últimos anos.
No entanto não é sobre esta pequena inverdade, que aqui quero falar, mas sim sobre a “fase terminal da Oficina Escola de Bordados do Museu” assumida publicamente, pela actual directora do museu (Calculo! com o patrocínio do Instituto dos Museus e Conservação) …
“Existem muitas bordadeiras que podem e fazem já este tipo de trabalho lá fora, com muita qualidade e satisfazem já muitas encomendas".
“As bordadeiras que restam no museu vão entrar na reforma daqui por dez anos, e a Oficina Escola do Museu vai acabar por fechar “A vocação da instituição não é "produzir" bordado mas sim preservar e investigar esta arte”
“As bordadeiras que restam no museu vão entrar na reforma daqui por dez anos, e a Oficina Escola do Museu vai acabar por fechar “A vocação da instituição não é "produzir" bordado mas sim preservar e investigar esta arte”
A pílula dourada que a actual direcção do (I.M.C. - Instituto dos Museus e Conservação), está a tentar enfiar-nos pela boca dentro, através da actual direcção do museu F.T.P.J mais não é que uma carrada de areia para os olhos da opinião publica albicastrense.
A criação da OFICINA ESCOLA DE BORDADOS DO MUSEU DE FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR, foi obra de gente empenhada e dedicada aos bordados de Castelo Branco, e à sua cidade.
A Oficina Escola de bordados é parte integrante do nosso museu, e não um apêndice de menor importância, que possa ser descartável a qualquer momento, conforme o poder politico assim o entender.
O fim da Oficina Escola de bordados será mais um arrombamento no prestígio do nosso museu, deixar fechar a oficina escola com o argumento de que já “Existem muitas bordadeiras que podem e fazem já este tipo de trabalho lá fora, com muita qualidade e satisfazem já muitas encomendas", é em primeiro lugar dar um tiro de canhão no próprio museu, é reduzir os últimos trinta anos da oficina escola, a uma mera fabrica de bordados, os directores que a antecederam no cargo a meros gestores de activos humanos, e pessoas como a D. Etelvira, Teresa, Augusta a abelhas mestras e todas as restantes bordadeiras a abelhas operarias.
Tal afirmação é ainda demonstrativa, dum total desconhecimento da importância da oficina escola, na vida do museu nos trinta anos passados. A continuação da oficina escola e a presença das bordadeiras na instituição chamada Museu Francisco Tavares Proença júnior, dá aos visitantes do museu a possibilidade de olharem para os nossos bordados, como algo que foi passado, é presente e será futuro.
A presença das bordadeiras no museu, permite ainda aos visitantes uma relação de proximidade com os nossos bordados e com as bordadeiras de tão bela arte.
Fechar a escola de bordados é encerrar parte do próprio museu e da sua história, se os responsáveis que tutelam os nossos museus, ainda não conseguiram descortinar esta simples constatação, só me resta dizer-lhes mudem de profissão meus senhores!
Para quem como eu, ali trabalhou cerca de trinta anos, e viveu de perto o desenvolvimento dos nossos bordados ao longo desse tempo, as declarações feitas no jornal Gazeta do Interior, levam-me ainda a questionar os albicastrenses sobre o que queremos nós para o nosso museu?
Um museu de proximidade, que permita a quem nos visitar no nosso museu, saber quem fomos, quem somos e o que queremos.
Ou pelo contrário queremos um museu, cujo recheio até pode ser “interessante”, mas pouco ou nada diz, da nossa região, e das nossas gentes.
A discussão pode e deve ser feita pelos albicastrenses... ou será que mais uma vez vamos ficar sentados, quietos e mudos, deixando que os inteligentes do reino decidem por nós, sobre o que é melhor para Castelo Branco e para os albicastrenses?
Para terminar lembrava aqui declarações feitas por Dalila Rodrigues sobre a credibilidade daqueles que nos desgovernam:
"Estou surpreendida porque nunca me foi feito nenhum reparo por parte da tutela sobre a forma como dirigi o museu. Recebi sempre elogios", disse Dalila Rodrigues, pouco depois de lhe ter sido comunicada a não renovação da comissão de serviço pelo director do Instituto dos Museus e Conservação (IMC), Manuel Bairrão Oleiro.
A Oficina Escola de bordados é parte integrante do nosso museu, e não um apêndice de menor importância, que possa ser descartável a qualquer momento, conforme o poder politico assim o entender.
O fim da Oficina Escola de bordados será mais um arrombamento no prestígio do nosso museu, deixar fechar a oficina escola com o argumento de que já “Existem muitas bordadeiras que podem e fazem já este tipo de trabalho lá fora, com muita qualidade e satisfazem já muitas encomendas", é em primeiro lugar dar um tiro de canhão no próprio museu, é reduzir os últimos trinta anos da oficina escola, a uma mera fabrica de bordados, os directores que a antecederam no cargo a meros gestores de activos humanos, e pessoas como a D. Etelvira, Teresa, Augusta a abelhas mestras e todas as restantes bordadeiras a abelhas operarias.
Tal afirmação é ainda demonstrativa, dum total desconhecimento da importância da oficina escola, na vida do museu nos trinta anos passados. A continuação da oficina escola e a presença das bordadeiras na instituição chamada Museu Francisco Tavares Proença júnior, dá aos visitantes do museu a possibilidade de olharem para os nossos bordados, como algo que foi passado, é presente e será futuro.
A presença das bordadeiras no museu, permite ainda aos visitantes uma relação de proximidade com os nossos bordados e com as bordadeiras de tão bela arte.
Fechar a escola de bordados é encerrar parte do próprio museu e da sua história, se os responsáveis que tutelam os nossos museus, ainda não conseguiram descortinar esta simples constatação, só me resta dizer-lhes mudem de profissão meus senhores!
Para quem como eu, ali trabalhou cerca de trinta anos, e viveu de perto o desenvolvimento dos nossos bordados ao longo desse tempo, as declarações feitas no jornal Gazeta do Interior, levam-me ainda a questionar os albicastrenses sobre o que queremos nós para o nosso museu?
Um museu de proximidade, que permita a quem nos visitar no nosso museu, saber quem fomos, quem somos e o que queremos.
Ou pelo contrário queremos um museu, cujo recheio até pode ser “interessante”, mas pouco ou nada diz, da nossa região, e das nossas gentes.
A discussão pode e deve ser feita pelos albicastrenses... ou será que mais uma vez vamos ficar sentados, quietos e mudos, deixando que os inteligentes do reino decidem por nós, sobre o que é melhor para Castelo Branco e para os albicastrenses?
Para terminar lembrava aqui declarações feitas por Dalila Rodrigues sobre a credibilidade daqueles que nos desgovernam:
"Estou surpreendida porque nunca me foi feito nenhum reparo por parte da tutela sobre a forma como dirigi o museu. Recebi sempre elogios", disse Dalila Rodrigues, pouco depois de lhe ter sido comunicada a não renovação da comissão de serviço pelo director do Instituto dos Museus e Conservação (IMC), Manuel Bairrão Oleiro.
Triste espectáculo este…. Mais comentários para quê?
O Albicastrense
Excelente comentário. Publique-o no jornal que refere.
ResponderEliminarSim, sim cada vez mais se pergunta: Afinal o Museu Tavares Proença vai ser um museu do quê? Caminha para a extinção? Quanto aos bordados o que vai acontecer é o de sempre. Acaba-se com o que está bem para criar 'outra coisa' que vai, claro, funcionar mal. O "museu" do bordado-Cargaleiro vai ser o maior atentado cultural ao bordado de castelo branco. Acordem e sejam , culturalmente, sérios. A oficina escola do Museu tavares proença é, como diz o meu amigo Pedro Salvado, a ASAE do bordado- Faz cumprir a lei da qualidade.
ResponderEliminarTambem li,e fiquei chocado todas as senhoras que trabalharam nos bordados sairam reformadas e não para vir trabalhar por conta própria.Quanto á qualidade cá fora não é nenhuma,porque quem trabalha cá fora nunca tiveram formações em condições não é em 2 ou 3 meses que se aprende o bordado para se começar logo a vender.
ResponderEliminarA cerca de dois meses uma madame estava a mostrar umas fotografias de bordados de castelo e fiquei muito surpreendida quando vi fazerem os bordados de castelo branco em bastidores redondos,e mais colchas enormes é de loucos,pessoa essa que ainda por cima é monitora,dá formações e ainda se calhar ensina professores. Pergunto eu aonde foi essa senhora fazer a formação de bordados de Castelo Branco? Falo desta mas sei que á mais,que não sabem ensinar nada,e os bolsos a encherem.
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