quarta-feira, agosto 08, 2007

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE - (VII)



Ruas e Praças 
da Terra  Albicastrense

A Rua hoje aqui apresentada, será uma das mais conhecidas pelos albicastrenses, tanto assim é, que me dispenso de falar da sua localização na nossa cidade.
Gostaria de dar uma sugestão à nossa autarquia sobre a placa toponímia de Pedro da Fonseca, para que de futuro o erro aqui cometido, possa ser evitado.
A placa, (como é possível ver-se na fotografia), diz apenas o nome da personagem, (neste caso Pedro da Fonseca). Surgiria aos responsáveis autárquicos, para que de futuro por baixo do nome fosse colocado (como em alguns casos acontece), o século em que a personagem viveu e a sua área de actividade. 
Desta forma, evitamos que ao ler a placa nos interroguemos, sobre qual Pedro da Fonseca estará esta  placa a homenagear. O Aristóteles Português ou O Cardeal? Penso que a homenagem diz respeito ao primeiro, sobretudo porque o mesmo nasceu no nosso distrito, porém, certezas não tenho.

QUEM FOI PEDRO DA FONSECA?
“O Aristóteles Português”
(1528 - 1599)
Pedro da Fonseca nasceu em Proença-a-Nova no ano de 1528, e faleceu em 1599, aquele que seria cognominado o"Aristóteles Português" e considerado um exemplar restaurador da filosofia aristotélica. Estudou no colégio das artes em Coimbra em 1552 e neste mesmo colégio leccionou embora ainda fosse estudante.
A sua notoriedade como professor vai-se divulgando e, em 1561 dispensam-no da actividade docente a fim preparar textos de teor propedêuticos a serem utilizados pelos alunos.
Doutor em teologia pela universidade de Évora, aqui lecciona em 1570, dois anos depois é escolhido para participar em Roma na terceira Congregação Geral da sua ordem, na eleição dos jesuítas, vendo-se nomeado assistente – geral do eleito.
Em Roma residira cerca de 10 anos e ai estuda textos da filosofia aristotélicos. Regressa a Portugal em 1582 e assume o cargo de superior da casa de S. Roque em Lisboa. Em 1593 vai novamente a Roma para assistir como delegado, à 5º congregação geral, regressa a Portugal e aceita ser nomeado por Filipe I para a Junta de ministros.
Pedro da Fonseca deixou-nos várias obras, que gozaram de grande projecção nos meios universitários e eclesiásticos no estrangeiro em Portugal. Era um mestre em grego e árabe cuja erudição lhe facultava uma linha de ideias próprias em relação a temas desenvolvidos por Tomás de Aquino e Aristóteles.
O Albicastrense

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