Em 1986 o Museu Francisco Tavares Proença terá feito uma das suas melhores exposições sobre bordados de Castelo Branco, a exposição decorreu na Galeria Almada Negreiros em Lisboa, e foi visitado por milhares e milhares de Lisboetas e de albicastrenses ali a residir.
Estiveram presentes nessa “aventura” várias bordadeiras da oficina Escola do Museu, tornando esta “montra de bordados” num acontecimento bastante marcante na capital Portuguesa.
Esta exposição contou ainda com a publicação deste pequeno livro, cujos exemplares rapidamente se esgotaram.
O catálogo tem um pequeno texto de António Forte Salvado. A leitura das colchas é de Maria Adelaide Salvado, sendo as fotografias de Veríssimo Bispo.
Lembrar esta exposição, mais não é, que prestar homenagem àqueles que nos últimos trinta anos, (contrariamente ao que muita gente hoje quer fazer crer), muito fizeram pelo nosso bordado.
Os trinta anos de existência da Oficina Escola de Bordados de Castelo Branco, serão seguramente o período de ouro, dos cerca de quatrocentos anos de história do nosso bordado.
O futuro dos nossos bordados está hoje nas mãos incertas daqueles que muito prometem em relação ao seu futuro… mas a quem nunca vimos no passado fazer fosse o que fosse em sua graça.
Aos albicastrenses deixo aqui um recado, o futuro do nosso bordado não se resolve de boca fechada, mas sim com a participação efectiva de todos os albicastrenses que estejam interessados nesta dádiva que deus nos deu.
Do tronco castanho, partem vários ramos verde-claro dispostos com certa simetria.
Dessas ramagens nasce, em explosão de varias cores, uma multiplicidade de motivos: miosótis, romãs, baças, girassóis, pinhas, palmas.
Dispersas, nove aves: um pavão e oito galaripos, de plumagem multicolor (brigues, verdes e beges). Embora o tema da “árvore da vida” não seja raro nas colchas antigas de Castelo Branco, o mesmo aparece nesta particularizado mediante a introdução de três novos motivos: o primeiro constituído por três cavaleiros trajando a moda da época (séc. XVII-XVII), um deles negro (na fila em ultimo lugar), os cavalos em jeito de trote de dimensão muito menor que a dos cavaleiros; o segundo correspondendo a uma águia bicéfala de coração sangrando colocada sobre a cabeça do primeiro; o terceiro dado por quatro corvos esvoaçantes, distribuídos pelo campo, e cujo negro sobressai com uma nota agressiva no conjunto dum colorido alegre dominante.
Leitura de Maria Adelaide Salvado
O albicastrense
Pois é meu caro,deixemo-nos de ilusões,porque está dito e mais que redito que os bordados no Museu é para acabar,embora que a maioria das pessoas vão ao Museu para ver os bordados.
ResponderEliminarFechem aquele Museu por favor...
ResponderEliminarAbram algo digno do nome...
Covil de tachos