sexta-feira, maio 28, 2010

CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE - LXIX

CAPELAS E CRUZEIROS
(II)

(Continuação)
CAPELA DE S. BARTOLOMEU
Existiu no sítio da Feiteira e tinha uma mordomia que organizava uma festa anual no dia consagrado ao seu orago. Esta capela, cuja data da fundação não é conhecida, ainda se encontrava em bom estado no século XIX.
CAPELA DE S. BRÁS
Estava localizada nas proximidades do castelo. Tinha um portal no estilo do Renascimento, em arco de volta pleno sobre pilastras com capitéis muito singelos. A par destas pilastras havia outras que terminavam superiormente numa cimalheta recta cuja faixa passava tangencialmente ao fecho do arco. Sobre este fecho, a faixa tinha gravado a data de 1701 pouco perceptível, facto que induziu em erro António Roxo que, supondo que aquela data era a de 1101 da era de César ou 1063 da cristã atribuiu, na sua Monografia, a erecção da capela, aos fundadores de Castelo Branco. A data de 1710 era da reconstrução da fachada principal e da ampliação da capela absidal.
CAPELA DE S. GENS
Erguia-se no cimo de um outeiro conhecido pelo nome do mesmo santo, na serra da Cardosa. Do livro do Tombo da Comenda consta que ela ainda existia em 1753 com comprimento de 49 palmos e a largura de 21 palmos.
Em 1853, quando foi publicado o Memorial de Porfírio da Silva, apenas restava, no local da ermida, um cruzeiro de cantaria que veio a ser destruído no século XX por mero vandalismo.

CAPELA DE S. GIÃO
Situava-se nas cercanias da aldeia da Lousa, junto da ribeira de Alpreada. Do livro do Tombo da Comenda de Cristo consta que, em 1753 apenas restavam desta ermida, os alicerces das paredes.
CAPELA DE S. PEDRO
Estava situada nas proximidades do chafariz de S. Marcos, num local ocupado actualmente por casas particulares.
Na fachada da frente, voltada ao poente, possuía um alpendre sobre quatro arcos de cantaria. Alem do altar-mor havia dois altares colaterais. Contíguos à capela-mor, do lado do norte, uma sacristia com duas janelas e uma dependência para arrecadação.
Do tombo de 1620, da Misericórdia, consta que foram incorporados nos bens daquela instituição os que pertenceram à antiga Confraria de S. A irmandade de S. Pedro foi transferida para a Igreja de S. Miguel da Sé, após a demolição da capela, tendo-se dissolvido na primeira metade do século XVIII por discrepâncias suscitadas entre clérigos seculares que a constituíam.
(Continua)
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época. Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951. Autor; Manuel Tavares dos Santos.
O Albicastrense

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