segunda-feira, maio 03, 2010

CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE - LXIII


MONUMENTOS DE CASTELO BRANCO

CAPELAS E CRUZEIROS
Na cidade de Castelo Branco e nos seus arrabaldes foram erguidas numerosas capelas destituídas, na sua maior parte, de valor artístico ou arquitectónico. Alguns destes pequenos edifícios, de fundação remota, perduraram através dos séculos. Outros, não puderam resistir as vicissitudes das épocas que atravessaram, ou da acção inexorável do tempo e desapareceram para sempre sem deixar vestígios da sua existência.
Pertenciam, algumas capelas, à extinta Comenda da Ordem de Cristo, outras eram independentes e ainda outras faziam parte de propriedades particulares. As pertencentes á Comenda da Ordem de Cristo eram as seguintes: a de Santo André, a de S. Bartolomeu, a de S. Brás, a do Espírito Santo, a de S. Gens, a de S. Gião, a de S. João Baptista, a de S. Lourenço, a de S. Marcos, a de S. Pedro em Castelo Branco, a de S. Pedro na povoação de Salgueiro, a de Nossa Senhora da Piedade, a do Senhor da Piedade e a de S. Sebastião.
Eram independentes, as de Santa Ana, de Santa Eulália, dos Presos, de Nossa Senhora dos Remédios e de Santo Iago.
As capelas particulares que tinham acesso pela via pública eram a de Nossa Senhora da Ajuda, a de Nossa Senhora da Conceição, a de Nossa Senhora da Graça, a de Nossa Senhora do Rosário, a de S. Judas Tateu, a de Santa Maria Madalena e a da família Mesquita.
Actualmente existem apenas as capelas de Nossa Senhora de Mércoles, do Espírito Santo, de S. Marcos, de Nossa da Ajuda de Santa Ana, de Nossa Senhora da Piedade, de Santa Maria Madalena, de S. Pedro na Povoação de Salgueiro, dês. Lourenço no lugar de Palvarinho, de Nossa Senhora dos Remédios, e de S. Martinho.
A ERMIDA DE SANTO ANDRÉ.

Estava no situada no sitio da Polida e tinha na frente um cruzeiro muito simples, de cantaria. Segundo o Tombo da Comenda, tinha de comprimento 9 varas e 2 palmos e meio e de largura e 3 varas e meio. Ignora-se as datas da sua fundação e da sua demolição. É porém, indubitável que já existia no século XVI quando o Rei D. Manuel I instituiu a Misericórdia de Castelo Branco e nela incorporou os bens da Confraria de Santo André que na totalidade, rendiam anualmente 6$185 réis e duas galinhas e que se compunham de 43 casas, 14 chãos, 12 vinhas e 28 olivais.
No dia de Santo André havia nesta capela uma festividade promovida pela irmandade da Santa Casa de Misericórdia.

(Continua)
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época. Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951. Autor; Manuel Tavares dos Santos

O Albicastrense

1 comentário:

  1. Anónimo20:37

    A Lei de Extinção das Ordens Religiosas (1834) e a Implantação da República (1910) foram as principas responsáveis pela destruição de alguns destes emplos, mas apenas deram um ligeiro empurrão à incúria dos Homens.

    unceirn

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