sexta-feira, junho 04, 2010

MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR- VIII

UM PEQUENO 
RESUMO HISTÓRICO
(1971 a 2010)
Tal como prometi, aqui ficam mais algumas páginas da história do museu entre os anos de 1910 e 1961.

Tal como disse no último posts, o museu mudou-se para o Paço Episcopal em 1971. Os albicastrenses esperavam naturalmente que esta mudança de instalações, fosse o início de algo diferente, em relação a um passado do deixa andar ou quanto pior melhor, porém, depressa se aperceberam que a continuidade da porta fechada, iria continuar por mais algum tempo.
No bicentenário da nossa cidade (1971), resolveram os responsáveis do antigamente, que era preciso enganar a malta, e vai daí, resolveram que um dito senhor que na altura era Presidente da Republica, deveria com pompa e circunstância inaugurar o novo museu, (ou será que o dito senhor, inaugurou apenas um palácio restaurado?).O museu abriu no dia do centenário, o presidente fez a visita de honra, (que foi noticiada na imprensa regional e nacional) e depois tudo continuou como antigamente! Ou seja… de porta fechada.
Só em 1974, as coisas iriam realmente mudar com a nomeação de António Forte Salvado como director, (o quinto desde a sua inauguração) e a queda do antigo regime.
À espera de António Forte Salvado, e da equipa que ele iria arquitectar para transformar esta espécie de coisa, a que muitos durante muito tempo chamaram de museu, mas que na realidade mais não era, que um local onde estava amontoada a arqueologia de Tavares Proença, e alguns pertences do antigo Paço Episcopal.
Para se ter uma ideia do que era o museu entre 1971 e 1974, veja-se algumas imagens publicadas pelo jornal do Fundão, que “Imagens que embelezavam” uma reportagem publicada em 1972 por esse jornal, e que tinha por título: “Museu Tavares Proença Júnior. Organismo ou necrópole?.
O trabalho de reconciliar uma instituição que durante os seus sessenta e quatro anos de existência (1910/1974), tinha estado mais tempo de portas fechadas do que de portas abertas, não era tarefa fácil!..
Os primeiros tempos foram para aprontar o museu, às suas novas instalações e criar amarras a uma cidade, que até então nunca sentira o museu verdadeiramente como seu.
As actividades do museu começaram ao pé-coxinho, para se ter uma ideia do que foi o inicio do Museu e do seu desenvolvimento ao longo do tempo, lembrava aqui um pormenor, que considero importantíssimo e demonstrativo das dificuldades iniciais e do seu crescimento.

O quadro do pessoal era em 1974, de cinco elementos: um director, um escriturário dactilógrafo, um guarda porteiro e dois serventes, doze anos depois (1986), o pessoal em exercício era de quarenta e tal indivíduos, incluindo aqueles que trabalhavam em serviços dependentes, sob a coordenação do Museu Tavares Proença.
Com a chegada de António Forte Salvado ao Museu, começaram as actividades que até então nunca tinham existido. As exposições, os concertos, as conferências e a ligação do Museu às escolas, (de que agora tanto se fala, mas que na realidade começaram na década de 80), e por fim, o aparecimento da Oficina Escola de Bordados. Sobre tudo isto começarei a falar no próximo poste.
(Continua)
O Albicastrense

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