A
rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e
Março de 1937, no jornal “A
Era Nova”.
Transitou para o Jornal “A
Beira Baixa”
em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A
mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do
primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC”
foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho
que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O
texto está escrito, tal como foi publicado.
Os
comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
Aparece-nos
agora a Câmara reunida em sessão no dia 5 de Outubro. Pois,
senhores, depois de um intervalo de mais de cinco meses, a Câmara
nomeou Francisco António Peres de Loureiro “Thesoureiro
dos rendimentos dos Povos e conselho das Terras do termo desta
Cidade” e por ai se ficou, “por não haver mais nada que
despachar”.
E
no ano 1793 não houve mais nenhuma sessão. A Câmara só tornou a
reunir-se em 1 de Janeiro de 1794.
Convêm
aqui observar que no livro de que extraímos estas notas, que abrange
o período decorrido de 1793 a 1802, se encontram de vez em quando
duas, três e mais folhas seguidas em branco.
Seriam
folhas destinadas a actas de sessões que se realizaram, actas que,
por desleixo do
escrivão Aranha, velho doente, se não lavraram? Não sabemos.
Ninguém o pode saber hoje. Registamos o facto e passamos adiante.
Entramos
agora no ano de 1794. No dia 1º temos a sessão da praxe: “eleição
das Justiças das terras do termo desta Cidade, que foram apregoadas
da Caza da Camara para baixo e mandados avisar para logo vierem tomar
juramento, cartas e Regimentos para servir”.
Logo
no dia 4 de Janeiro há nova sessão. Mas nesta houve pouco que
fazer. Os vereadores nomearam “para
cobrador e Depositário do Subsidio Literário a Vicente Marques
Feijão”
e foram logo para suas casas tratar da vida.
O
subsidio literário, criada no reinado de D. José, servia para pagar
“professores
régios”,
isto é, aos professores das escolas oficiais que naquele reinado
foram criadas.
Logo
no dia seguinte tornaram os vereadores a reunir-se em sessão para
acudir às necessidades dos expostos. O tesoureiro já não tinha
vintém “para
fazer o pagamento às Amas que são muitas e pobres no fim de cada
hum mez”
e por isso vá de lançar uma finta por toda a população da cidade
e seu termo.
A
finta foi de 600:000 réis, e Monforte lá apareceu com a maior
verba, nada menos de 160.000 réis, ao passo que à cidade só coube
a quantia de 120:000 réis.
(Continua)
PS.
Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides
Municipais”,
que
o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado
na época.
O
Albicastrense
Sem dúvida que o autor deste trabalho de investigação, terá ficado a dever algumas horas a si próprio, isto é, deixou a usufruir do seu tempo de lazer para trazer ao nosso conhecimento que Castelo Branco tem vida, sempre teve vida e história.
ResponderEliminarObrigado
sites.google.com/site/josezezerebarradas/
Amigo Barradas.
ResponderEliminarAntónio Rodrigues Cardoso, merece todo o nosso respeito pelo excelente
trabalho que nos deixou.
Um abraço para si.