terça-feira, novembro 06, 2012

POETAS DA MINHA TERRA - III


Ao longe ao perto errante
a luz que nas janelas se dissipa
com lentidão diversa,
com rapidez tardia -
eu vejo como a luz deixa de o ser
para se confundir
com a nocturna treva
e adivinho mutismo e tumultos
pelas quatro paredes derramando-se,
as angústias que o impossível sono
não irá apagar,
algumas acalmias que o repouso
melhor serenará,
ou gritos sufocados no receio
pelo dia seguinte,
ou a esp'ranca tranquila
no caminho porém sem sobressaltos?
E tudo o meu ouvido
retém, silencio
o calafrio que me atinge alma.

António Salvado
(Catálogo: MACHADO-DIÁSPORA)

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