A
rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e
Março de 1937, no jornal “A
Era Nova”.
Transitou para o Jornal “A
Beira Baixa”
em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A
mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do
primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC”
foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho
que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O
texto está escrito, tal como foi publicado.
Os
comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
A
sessão imediata realizou-se no dia 21 de Janeiro.
“Nesta
vereação por se achar vago hum dos offícios de repartidor dos
órfãos que servia do João Mendes do Amaral impossibilitado
presentemente pela sua idade e moléstia. Nomearão a Joaquim Joze
Machado Escrivão da Correyção, sugeito que se reveste de toda a
onrra dezenteresse optidão e todas as mais qualidades para bem
servir o dito officio”.
Reunia
todas as prendas e mais uma o bom do Joaquim José Machado, escrivão
da correição. Acreditamos que assim era, visto que o diz o nosso
escrivão Aranha, e vemos para diante, porque nesta sessão “não
houve mais nada que despachar”.
Nada
menos de cinco sessões houve no mês de Janeiro, como se viu. Em
compensação o mês de Fevereiro passa perfeitamente em claro e só
torna a reunir-se a Câmara no dia 7 de Março para tomar
conhecimento da Carta Régia que continha “a
pauta dos novos officiais que hão de servir nesta dita Camara”.
Os
novos vereadores eram “Jozé
Tudella de Castilho, Jozé Carlos de Souza e Castro e Jozé Nicolao
da Costa Pegado de Fig”.
Procurador era o Dr. José de Andrade Themudo.
Os
novos tomaram posse e não pensaram então em mais nada.
Realizou-se
sessão imediata em 15 de Março.
Nesta
sessão nomearam para cobrar a sisa no lugar da Louza a Francisco
António de Fonseca e para o mesmo serviço em Alcains a Manuel
Duarte Tirante.
Além disse.
“Acordarão
a requerimento dos creadores desta Cidade que hão os coutos de
dentro por baldios, tanto que os Religiozos de S. António mudaram
delles o seu Gado visto não cauzar porora prejuizo algum mas sim
serem utelidade dos mesmos creadores”.
Era
gado dos bons padres de Santo António, não havia prejuizo, antes
pelo contrario, se por lá andasse mais algum tempo.
(Continua)
PS.
Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides
Municipais”,
que
o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado
na época.
O
Albicastrense
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