MARCOS GIL FRAZÃO
Nasceu
em Castelo Branco na segunda metade do século XVI, sendo seus pais
Pedro Gil Frazão e sua mulher, D. Maria Gomes Folgado.
Seguido
o exemplo de muitos dos seus patrícios, frequentou a Universidade de
Coimbra, onde se formou em Cânones a 11 de Abril de 1592. Estava-se
então sob o domínio de Espanha e, numa época em que a Igreja
procurava reprimir rigorosamente a propaganda das heresias,
utilizando para isso um tribunal designado pelo Santo Oficio ou
Inquisição.
Apenas
termina a sua formatura, Marcos Gil Frazão é convidado a servir
naquele tribunal, no cargo de Promotor em Évora, onde permaneceu
apenas três anos, pois a três de Fevereiro de 1596 toma posse do
mesmo lugar, mas na Inquisição de Lisboa.
Esta
nomeação é seguida, ainda no mesmo ano, a quatro de Outubro, de
outra de maior responsabilidade, a de Inquisidor, na Índia no
tribunal do Santo Oficio em Goa.
“O
Tribunal de Goa começou a funcionar com a chegada dos dois
primeiros inquisidores, Aleixo Dias Falcão e Francisco Marques
Botelho, em 1561, mas sua fundação é de 1560. O Tribunal foi
instalado no Palácio do Sabaio, como era denominado pelos
portugueses.
O
palácio que antes pertencera ao governante Adil xá, Adil Kan ou
Idalcão, (são
as denominações dadas nas fontes ao senhor de Goa)
até ser derrotado por Afonso de Albuquerque em 1510”.
Era
então este cargo desempenhado por dois inquisidores, sendo seu
campainheiro António de Barros, que já ali servia havia três anos
e, com o qual começa a assinar os respectivos relatórios, a doze
de Dezembro de 1596.
Embora
ressentindo-se do clima daquelas longínquas paragens, entrega-se com
todo o zelo aos serviços do Santo Oficio. Porém, a saúde cada vez
mais abalada impede-o de fazer a visitação da China e de ir ao
Conselho, acabando os seus dias a 19 de Setembro de 1602 e, sendo
enterrado em Goa, no capitulo de Santo António.
Recolha de dados: “Figuras Ilustres de Castelo Branco”, de Manuel da Silva Castelo Branco,
O
Albicastrense
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