AMADO
AMATO
Tal
como aqui anunciei, realizou-se na passada sexta-feira na Biblioteca
Municipal, a apresentação de uma antologia poética dedicada a
Amato Lusitano. Estive na apresentação deste livro, como tal, não
posso deixar de aqui dizer duas ou três palavras sobre a sessão de
lançamento desta antologia de poesia, dedicada a Amato Lusitano.
Aos
organizadores desta antologia, Pedro Miguel Salvado e Maria
de Lurdes Gouveia, aos poetas pela qualidade dos poemas
publicados e à autarquia albicastrense, por tornar este belíssimo
livro possível, este albicastrense só pode mesmo dizer bem-haja.
Contudo,
este agradecimento não ficaria completo se não falasse aqui da
intervenção de Maria de Lurdes Gouveia da Costa Barata na sessão
de lançamento desta antologia poética.
Porquê!
Perguntarão alguns... pelo simples motivo, que ao ouvi-la declamar
(será assim de se
diz?) alguns dos
poemas que constam no livro, a musica das palavras dos poetas,
invadiu a sala, e todos ficamos silenciosos pela pujança da poesia
dos poetas albicastrenses.
TRÊS
POEMAS DO LIVRO:
AMADO
LUSITANO
Quando
com o seu feliz nascimento
os
homens se vão tornando na vida
exemplo
de uma gloria prometida
e
marcos de se tornar monumento;
quanto
uma vida com merecimento
se
constrói em caminhada sofrida
mas
edifica esperança desmedida
e
vai sofrendo a dor sem lamento,
eis
que nasce o ser experimentado
no
seu trajecto de brilho humano,
ser
que à própria vida é dedicado!
Eis
o Grande Mérito demonstrado
como
no ilustre Amado Lusitano
em
Cidadão do Mundo transformado!
Maria
de Lurdes Gouveia Barata
AMATO
LUSITANO
Haverias
de sair para ser gente, gesta
imaculada
deste povo crespo e arredio,
que
de seu só sabe o quanto presta
se
de si mesmo ouvir de outros elogio.
Deram
o teu nome à minha escola,
fizeram
dele mais coisas de aprender.
Amato.
Mas sabe a pouco, cheira a esmola,
pelo
muito que há ainda por fazer.
Em
estátua tens a verdade nua e crua:
foi-te
a vida de saberes e de degredo
e
agora, quieto, que apontas para a lua,
há
quem insista e te olhe para o dedo.
João
de Sousa Teixeira
“nunca
acreditei...”
Nunca
acreditei em neblinas fáceis
sacudindo
as pupilas atentas de meus olhos.
Os
acenos das manhãs são coisas do céu.
Sem
preces já repeti relâmpagos nas noites,
dores
fortes, chuvas vindas de longe,
Estranhas
consolações de searas verdes. Suores.
A
esperança? Não a perdi: apenas
me
zanguei com ela.
Derradeira,
a manhã promete
orvalho.
Apenas isto. Talvez em algum
ramo
de uma árvore lembrado
se
escute ainda as marcas do essencial.
E
as pedras frias.
O
ar está saturado de surpresas e desertos.
E
o dia ganha no meu olhar
tons
de praias íngremes. Nómadas
areias
que me atravessam a garganta. Gemidos.
Quero
acreditar em gentes, campos férteis.
Quero
acreditar no sol e em indícios. Estou vigilante.
Serva.
Os deus devem escutar
este
aludir a novos rumos. As vozes feridas.
A
esperanças abreviadas pela mágoa.
Quero
acreditar. Tem que ser assim.
Isabel
Leonor Forte Salvado
O
Albicastrense
ResponderEliminarSó me resta saudar os poetas albicastrenses e prometer comprar o livro na próxima semana .Parabéns a todos , inclusivo à família....
AB.
Amiga Idanhense.
ResponderEliminarNão sei se o livro se encontra à venda. O que tenho, foi-me oferecido na sessão de lançamento.
Passe pela Biblioteca Municipal, pode ser que ainda por lá exista algum.
Abraço