A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro
de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi
publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção
do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo
trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e
muitas vezes).
(Continuação)
Realizou-se a sessão imediata em 16 de Março. Apareceu Diogo
da Fonseca Barreto e Mesquita a requerer que fosse avaliada uma parte de
ervagem da “Granja de Sua Alteza Real” que por ele fora arrematada e na
qual fora impedido de meter os seus gados.
A Câmara disse que sim, lá foram os louvados, avaliaram e
ervagem em oito mil réis, que foram abatidos ao valor da arrematação, e
acabou-se a história e a sessão também.
Logo três dias depois, ou seja em 19 de Março, temos nova sessão.
Foi aberta uma carta do Príncipe Regente, “que se achou
ser a pauta dos novos oficiais da Câmara que hão-de servir o presente anno
nesta mesma Câmara”. Os novos vereadores eram José Nicolau de Figueiredo da Costa
Pegado, Manuel Vaz Nunes Preto e José Carlos de Sousa. O procurador do concelho
era (cá o temos outra vez) o Dr. José esteves Povoa.
E, como havia a Câmara Nova, a velha não esteve para se
ralar mais, foi-se embora e acabou a sessão.
Temos a nova sessão a 25 de Março.
Para se entender o que nesta sessão se passou, convém esclarecer que, no dia 5 do mesmo mês, como se vê por um termo lavrado à parte, a Câmara, acompanhada pelo procurador do concelho, alcaide e três lavradores, tinham feito uma nova demarcação da coutada da folha de S. Bartolomeu, metendo os malhões conforme entendeu.
Isso não agradou a outros lavradores interessados no caso e veja-se e seguir, a acta da sessão do dia 25 de Março).
“E logo acordarão que sendo-lhes
manifesto por queixas, e requerimento dos lavradores o grave prejuízo que
recebiam as lavouras em talhar-se a coutada com diminuição com que se havia
amalhoado presentemente a mesma coutada esta mesma amalhoação hão por ninhum effeito,
e determinação ficasse subsistindo a dita coutada com aquelles malhoins que
teve antigamente quando acabou de ser coutada e não com os malhoins que agora
se lhe puzeram, e para que assim se fique entendendo desta forma o mandaram
apregoar”.
(Continua)
PS. Aos leitores
dos postes “Efemérides
Municipais”: O que acabaram de ler é uma
transcrição fiel do que foi publicado na época.
O Albicastrense
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