quinta-feira, agosto 06, 2020

FAMÍLIAS DA TERRA ALBICASTRENSE

 REGISTOS PAROQUIAIS QUINHENTISTAS DE CASTELO BRANCO

Hoje 19 de janeiro da era sobredita bautizei eu frei baltesar gonçalluez a martinho filho ligitimo de pero martinz e de barbora fernandez sua mulher e foram padrinhos francisco da sillva (39) e antonio Roiz e constaça Roiz e lianor pirez e por verdade asiney aqui.
frei baltesar gonçallues.

(39) Francisco da Silva de Campos era filho de Sebastião da Silva de Campos, que foi muito rico e viveu em C. Branco, onde ocupou vários cargos nobres, e de sua mulher D. Leonor Vaz Vilela. Tirou em 1571 um instrumento, em que provou descender das nobres gerações dos Campos e Abul. Sucedeu na casa de seu pai e viveu também em C. Branco, onde foi juiz ordinário, vereador e um dos primeiros provedores da Misericórdia. Casou 2 vezes: a primeira, com D. Ana Martins da Costa, irmã do Dr. Francisco Martins da Costa, doutor em direito cesáreo pela Universidade de Paris, tendo os seguintes filhos:
1 – Domingos da Silva de Campos, que viveu em C. Branco, onde serviu os cargos de juiz, vereador e provedor da Misericórdia e casou com D. Isabel Rodrigues de Castelo Branco;
2 – Simão da Silva, que chamaram “o da Índia”, por ai ter vivido muitos anos. Mandou fazer a capela-mor da Misericórdia velha de C. Branco (atualmente igreja de Santa Isabel), onde jaz enterrado e, na qual, ao centro do arco cruzeiro e, sobre o pavimento, se encontra uma pedra de granito escudada com as seguinte inscrição: “Esta capela foi mandada fazer por Simão da Silva h… da Índia e mandou-lhe fazer Ana Correia, sua testamenteira, à custa dos seus legados, que manda os faça em seu testamento”.
Instituiu o morgado dos Silvas, que deixou para casamento de 2 sobrinhos, o que se verificou em Simão da Silva de Almeida e D. Ana da Silva Castelo Branco, o qual passou mais tarde a Bernardo da Silva Castelo Branco, por sentença dada na Casa da Suplicação em 1662 e contra seu parente Luís de Valadares Sotomaior;
3 – Sebastião da Silva, que passou à Índia, onde faleceu;
4 – Diogo da Silva de Campos, que viveu em C. Branco, onde foi escrivão da Câmara por carta de 21-VI-1576. Foi Cav. Fidalgo da Casa do Duque de Bragança com 1000 réis de moradia por mês e um alqueiro de cevada por dia, por alvará passado em Vila Viçosa a 17-II- 1588, tendo casado 2 vezes; a primeira, com D. Ilia Ferreira de Andrade, sua cunhada, a 2ª vez com D. Catarina de Figueiredo, filha de Roque Ferrão de castelo Branco e de sua mulher D. Catarina Cardoso;
5 - Martim Anes da Silva, que casou a 7-I-1885, na igreja de S. Miguel, com D. Joana da Costa, filha de Fernão Gomes, o Velho, e de sua mulher D. Isabel de Castilho. Casou 2ª vez Francisco da Silva de Campos com D. Crisóstoma de Queiroz, tendo uma filha D. Ana de Queiroz, que faleceu solteira em C. Branco, a 29-X-1565 e jaz na igreja de Santa Maria.

Recolha de dados: Registos Paroquiais Quinhentistas de Castelo Branco”.
Da autoria de Manuel da Silva Castelo Branco.
O ALBICASTRENSE

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