sábado, julho 16, 2022

MEMÓRIAS FOTOGRÁFICAS DA TERRA ALBICASTRENSE


E imagem desta publicação é uma verdadeira pérola. Pérola  captada na segunda metade da década de trinta do passado século. Na imagem, podemos constatar o seguinte: que a fileira de casas que vai da rua D. Dinis até ao Banco de Portugal, ainda não estava toda ela construída.

Que o velho coreto que habitava no Passeio Verde está no local, e lá se manterá até que o tornada de 1954 o mande abaixo. Que a farmácia Grave já acolhia os albicastrenses e que o Quiosque Vidal ainda não tinha nascido,  isto, entre outra coisas. 

Quanto a quem terá captado a imagem, nada de nada sei sobre o assunto. Contudo, sempre posso levantar a hipótese de algum dos fotógrafos que nessa altura  tinham porta aberta na terra albicastrense, ser o autor da imagem. 
Resta acrescentar, que a imagem foi colarizada  e restaurada por Veríssimo Bispo, trabalho que me deu um cozo do caraças. 

O ALBICASTRENSE

9 comentários:

  1. Sr Veríssimo, peço imensa desculpa pela intromissão e pelo facto de a pergunta que lhe faço nada ter a ver com a foto (que, naturalmente, está muito interessante), mas a Urbanização dr Beirão tem a ver com o antigo presidente da Câmara, Augusto Duarte Beirão? Tem histórias dessa personagem que possa partilhar aqui?

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    1. Manuela C.
      Augusto Duarte Beirão, foi presidente da autarquia Albicastrense entre 1937-1959. Foi durante o seu mandato que se deu a construção do Bairro da Horta d'Alva.
      A urbanização que tem o seu nome, foi começada já depois do 25 de abril de 1974. Quanto a dados históricos sobre ele, apenas sei que foi presidente da nossa autarquia num tempo em que os presidentes não eram eleitos mas sim nomeados. Sei que tem o seu nome numa rua e numa avenida da nossa terra.
      Quanto ao facto da urbanização ter o seu nome. confesso que desconheço a razão. Será que tem a ver com o terreno?
      Abraço

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    2. Muito obrigada pela informação. Lembrei-me de perguntar, porque uma coisa puxa outra e, como encontrei aqui, nuns álbuns de fotografias familiares, fotos do Bairro da Horta de Alva (entre várias outras, infelizmente quase todas retratando eventos do Estado Novo), procurei informação sobre o mesmo e vim dar ao seu blog (onde mais poderia ser?!) Então lembrei-me que, também havia, por volta dos anos 30, um Joaquim Félix Beirão, que era advogado (e bastante activo e até progressista, eu diria!, a ver pelo recorte de jornal/revista/publicação que encontrei) e pensei que o nome pudesse estar relacionado com este advogado. Havia muita gente com esse apelido e muitos seriam familiares e muitos não! Pessoalmente, conheci, mal, porque era muito pequena, uma senhora adorável que tinha esse apelido e, se não me engano, tinha uma quinta ali onde se encontra agora a tal Urbanização... Nunca soube o que fazia o marido dela, até porque quando a conheci ela já era viúva. Mais uma vez, muito obrigada pela sua atenção e paciência. Já agora, permita-me outra questão: não sei em que ano aconteceu o 3º ano da ARCINPE, mas penso que à data foram publicados pequenos álbuns de fotografias (ditas) históricas de Castelo Branco, em formato de cartão postal, pelo que a digitalização desses documentos fica bastante ruim. Uma vez que já demonstrou ter um acervo fotográfico de Castelo Branco de fazer inveja a qualquer um, pergunto-lhe se, por acaso, tem essas publicações e se ainda é possível adquiri-las e onde...

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    3. Manuela C.
      Eu é que agradeço o seu excelente comentário. Sobre Joaquim Félix Beirão, confesso que nada sei sobre ele. Quanto à Associação Regional Arqueológica e Defesa do Património (ARCINPE), infelizmente já fechou portas.
      Tenho vários amigos que editaram pequenas publicações de arqueologia através da referida associação. Ela foi fundada em 1980, por isso, o terceiro aniversário terá sido em 1983. Segundo penso, deixou de existir no início deste século.
      Sobre os pequenos álbuns fotográficos de que fala, tenho uma vaga ideia deles, contudo não possuo nenhum. Quanto a poder adquirir esses álbuns é completamente impossível, pois nunca mais foram editados.
      Manuela, quando em 2017 realizei uma exposição de velhas imagens da terra albicastrense na casa do Arco do Bispo, fiz alguns álbuns com fotografias constantes na exposição.
      Terei muito gosto em oferecer-lhe um dos que sobejaram.

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  2. António, não tenho palavras para agradecer tanta amabilide sua! Eu adoraria ver/ter um desses álbuns. Certamente contêm fotos que nunca vi e, quiçá me poderão dar mais informação sobre os caminhos calcorreados por alguns dos meus antepassados. É sempre um exercício difícil imaginar a facilidade (ou não) com que aquelas pessoas subiam e desciam estas ruas históricas, num clima que, presumo, sempre foi bastante agreste, muitas dessas pessoas sem sequer ter sapatos para calçar, enfim, acho que é um exercício necessário para entender História, seja a que nível for.
    Bem, a pergunta que se impõe: como fazer para que eu possa receber esse tesouro que me oferece e que eu gostaria de retribuir de alguma forma?

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    1. Manuela C.
      Os meus antepassados também calcorrearam (com você bem diz) os caminhos de que fala, pois sou descendente de uma família que habita a terra Albicastrense, há mais de três séculos. Eu próprio os percorri em criança e, também eu descalço. Quanto ao álbum, não tem que retribuir, tenho muito gosto em lho oferecer . Quanto à forma de lhe fazer chegar o álbum, temos duas soluções: se estiver a morar em Castelo Branco, terei muito gosto em entregar-lho onde você bem entender. Se morar fora de Castelo Branco, posso enviar-lho pelos correios.
      Abraço

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    2. António, vivo em Castelo Branco, na Rua do Saco (actual). Não consigo andar para muito longe (não tenho carro nem metade dos pulmões) e tenho uns horários bastante estapafúrdios, que posso alterar de vez em quando sem que isso me afecte. Assim, e porque por aqui é tudo relativamente perto, diga o António onde e quando lhe dá mais jeito, certo?
      Muito obrigada pela sua gentileza e disponibilidade.

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    3. Manuela C.
      Antes de mais os meus sinceros desejos para que consiga “conviver” com as suas dificuldades de saúde. Diz que mora na rua do Saco, curiosamente, estive nessa rua a fotografar um bonito portado quinhentista que lá existe.
      Temos duas hipóteses para lhe entregar as carteiras.
      Eu por vezes vou ao café do varandim beber o meu café (café que existe no Largo do Espírito Santo), podemos fazer o seguinte: Eu amanhã pelas 10.00 horas vou lá beber o café, se você poder lá ir, eu entrego-lhes pessoalmente, se não puder, eu deixo as carteiras na senhora do balcão para ela lhas entregar.
      Abraço


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    4. Obrigada pela preocupação com a minha saúde. Na realidade, é culpa minha, que nunca arranjei vontade de deixar de fumar.
      Hoje "descobri" mais umas coisitas sobre o antigo presidente da Câmara, A. Duarte Beirão, graças a um blog que tem na sua lista de recomendações "Memória Recente e Antiga".
      Amanhã pelas 10 h vou fazer tudo por tudo para ir ter consigo ao "Cais", que é onde costumo tomar café... raramente de manhã, mas normalmente todos os dias.

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