quarta-feira, julho 30, 2025

CÂMARAS NAS RUAS DA CIDADE

VIDEOVIGILÂNCIA EM  CASTELO BRANCO

A questão não e nova, pois o assunto já foi  variadas vezes falado em Castelo Branco, contudo, nunca ouve fumo branco para avançar. 
Ao ler a reportagem do Jornal "Reconquista" da passado semana, reparei que a mesma termina com uma citação do nosso presidente: "se o sistema já estivesse em serviço, teria evitado que o parque infantil da Devesa, inaugurado há menos de um mês fosse vandalizado". Tenho para mim, que a privacidade de cada um de nós é algo que temos e devemos proteger, porem, evitar que vândalos destruam o que é de todos nós, tem que ser igualmente protegido. 
O ALBICASTRENSE

sexta-feira, julho 25, 2025

EXÊNTRICOS DA TERRA ALBICASTRENSE


MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE

Do  livro, "A Propósito da Monografia  de Castelo Branco", da autoria de José Germano da Cunha (1891), retirei o texto que podem ler a seguir. 
Confesso que adorei o texto e que muito adoraria eu, ter conhecido este excêntrico albicastrense do passado.  

ALEXANDRE ANTÓNIO PEDROSO

O CELEBRE MORGADO DA ALEGRIA”

Falecido em Castelo Branco em 1850. Este homem dotado de prestigiosa força muscular pegava em dois bons sacos de sementes, um em cada mão, e subia uma escada com a maior agilidade. Contudo, e este desenvolvimento físico não correspondia o intelectual. Possui-a abastada fortuna, e isto provavelmente fez com que o dispensassem do incomodo de estudar, como as vezes acontece. Pertencia as famílias ilustres do Condo Redondo e Marques das Minas.
Cercado de mimos na sua infância, e deste então acostumado a viver fora do seu seculo, conservou sempre várias tradições e hábitos fidalgos da corte na idade media, a par das mais ridículas superstições. 
Vestia sempre de seda, ou de veludo, trajava ele casaca, colete de grandes abas, recamado de luzentes lentejoulas, calção e meias, sapatos de fivelas, chapéu armado, bastão de marfim tao alto como ele, que o era bastante.
Uma figura. E por este modo se apresentava em toda a parte. Livre de preconceitos, arreceando-se muita das mulheres, tinha verdadeiro horror as bruxarias, feitiços e mãos olhados. Por isso esse extraordinário excêntrico ia, a altas horas de noite, todo diplomático de bilha na mão, buscar água ao chafariz para que lha não enfeitiçassem. Conta-se também que serviçais seus, depois de fazerem oscilar fortemente os presuntos que pendiam do teto, o chamavam para ele ver que os mesmos presuntos estavam embruxados e os mandar imediatamente por fora de casa, o que solicitamente se cumpria sem demora. E o mesmo destino tinham muitos outros objetos acometidos de igual doença.
Sempre alheio a todo o movimento progressista da sociedade, este notável, atravessava as ruas da cidade sem ser perseguido pelos apupos da rapaziada como figura carnavalesca. Caminhava altivo e sobranceiro, como uma tradição viva, uma relíquia respeitável, legada pelas nobres gerações extintas no século das grandes transformações em todos os ramos da atividade humana. 
Este homem podia ter visto o Marquês de Pombal em todo o esplendor da sua omnipotência e mais tarde ao seu desterro. Podia ter aos 14 anos, assistido á tomada da Bastilha e depois à decapitação de Luís 16º e de Maria Antonieta, a todo esse caos da revolução francesa, donde saiu a luz da liberdade e de emancipação e a quantos sucessos se seguiram extraordinários e demolidores do antigo regime, os quais presenciou na parte respeitante ao nosso país. E ele. de pé entre os seus amarelados pergaminhos, como estatua de bronze levantada em seu pedestal, apontava para o passado, dizendo-lhes: “Sou teu”.
E firme e intemerato viu desabafar em redor de si instituições, crenças, costumes e quanto pertencia a uma civilização condenada ao ostracismo. Sobre esses escombros ergueram-se as sociedades modernas tao diversa, tão outras. E ele, representante do retrocesso, conservou-se sempre fiel às tradições e preconceito de raça, no seu posto, como protesto vivo, talvez inconsciente, contra a invasão das novas ideias, que proclamavam os direitos do homem. Não se insurgiu, empregando meios violentes, ou mesmo diatribes aceradas.
A sua individualidade própria era o protesto mudo e singelo; o modo de se apresentar, a riqueza exótica do seu traje, o seu carácter cavalheiroso e inofensivo, tudo isto lhe atraia o respeito e a consideração publica, e fez com que atravessasse incólume as épocas calamitosas, que afligiram Portugal. Não podia deixar de despertar os sorrisos escarnecedores e muitos dos que o viam; porem, não se passava disto. 
Não era um doido, ou um idiota; era simplesmente um excêntrico, cuja memória eu respeito, porque encontro nesse vulto original, único talvez em toda a península que quer seja de sublime e épico. Não longe das suas 80 primaveras, fez a maior das tolices. Casou? Perguntará o leitor. Não senhor; nessa não caiu ele; já aqui se disse que tinha um medo supersticioso das mulheres. A tolice, que fez, foi deixar-se morrer. Há quem diga que o mandaram para cova de patinho e capela.
PS. O texto está escrito tal como José Germano o escreveu 1891.
O ALBICASTRENSE

sábado, julho 19, 2025

OS FONSECAS DE CASTELO BRANCO - (IV)

   ALBICASTRENSES DO PASSADO

DIOGO DA FONSECA
(Corregedor do crime da Corte) 

No seguimento das publicações anteriores,  Frei Roque do Espírito Santo, Frei Egídio da Aposentação, Frei Bartolomeu da Costa segue-se o ultimo dos irmãos. 
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Filho de Francisco Martins da Costa e de Perpétua da Fonseca, terá nascido por volta de 1500, tendo falecido durante o reinado de Filipe I em 1580. Era irmão do Frei Egídio da Aposentação, lente de Teologia, deputado da Inquisição de Coimbra, muitas vezes vice-reitor da universidade e autor de várias publicações; e de Bartolomeu da Fonseca cónego doutoral da Sé de Coimbra. Em Castelo Branco, fundou a capela do coro de baixo, que ficava por detrás do altar-mor da Igreja do convento dos Agostinhos, atual Misericórdia, que havia de tornar-se muito conhecida por capela do carneiro ou dos Fonsecas. Ali jaz sepultado com os seus descendentes e muito provavelmente, com o irmão Fr. Bartolomeu da Fonseca. 
Foi ministro de D. Sebastião, de D. Henrique e de Filipe I e II. Colaborou na compilação das ordenações Filipinas (um autentico Camaleão este Diogo da Fonseca). Foi Desembargador da casa da Suplicação, de que tomou posse em 1566, membro do conselho supremo de Portugal em Madrid, corregedor do crime na corte. Mestre de leis e jurisconsulto distinto, responsável pela lenda do encoberto, após a morte de D. Sebastião, esteve igualmente envolvido nos episódios que precederam e seguiram a batalha de Alcácer Quibir.
Na qualidade de desembargador da casa de Suplicação, figurou entre os vinte e quatro letrados que deviam julgar a causa da sucessão nas cortes de 1579. Diogo da Fonseca acompanhou, como tantos outros, a política Filipina, conservando-se com proventos e honras no cargo de corregedor do crime durante esse tempo. Quando o Prior do Crato tomou Aveiro e foi recebido afetuosamente em Coimbra, resolveu o Duque de Alba mandar um magistrado, o Dr. Diogo da Fonseca, para aconselhar a câmara a prestar obediência a Filipe II, sob a pena de severas sanções. A situação era periclitante, pois ainda se ouviam vivas a el-rei D. António!... Tudo ia sofrer completa alteração, não mais haveria complacência, nem mercê, com os protestes e rebeldias dos verdadeiros patriotas Portugueses. 
Vários documentos atribuem-lhe as funções de membro do conselho supremo de Portugal, em Castela. Universitário, Jurisconsulto e politico, a memoria do Dr. Diogo da Fonseca não pode isentar-se da nódoa infamante que infelizmente maculou a quase totalidade dos personagens de elevada cotação intelectual e social, do clero e da nobreza, daquela época, a todos os títulos desgraçada. Salvou-se o povo e uma parte do clero, na resistência à dominação castelhana.
O ALBICASTRENSE

terça-feira, julho 15, 2025

OS FONSECAS DE CASTELO BRANCO - (III).

ALBICASTRENSES DO PASSADO 
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FREI BARTOLOMEU DA FONSECA
(Inquisidor geral do Santo Oficio)

Frei Bartolomeu da Fonseca doutor em Cânones pela Universidade de Coimbra e o primeiro colegial de São Paulo.
Bartolomeu da Fonseca foi o terceiro filho de Francisco Martins da Costa e o segundo de Perpetua da Fonseca, (segunda esposa), nasceu em Castelo Branco entre 1530/38 e terá falecido por volta de 1620.
Fez os seus estudos no real colégio de São Paulo de Coimbra, e ali foi o primeiro colegial que entrou por oposição, quando D. Sebastião o fundou novamente, tendo inclusivo chegado a reitor deste mesmo colégio. 

Começou a sua carreira servindo em Coimbra em 1579 com o cargo de deputado do Santo Oficio, por altura em que D. Sebastião e o Cardeal Infante D. Henrique, então inquisidor-mor, ali estabeleceram a inquisição.
Nomeado com 30 anos inquisidor em Goa, (segundo o seu testamento, contra a sua vontade), permaneceu ali onze anos, onde exerceu os cargos de inquisidor e deputado da mesa da consciência, em Goa perseguiu, julgou e condenou os chamados cristãos novos.
Durante os anos que esteve em Goa promoveu muitos autos da fé ”quasi todos os annos”, (segundo palavras suas) Chamado por El Rei a Lisboa serviu na inquisição como inquisidor no tempo do Principie Alberto, que era o inquisidor Geral. 
Foi mandado para Coimbra para compor discórdias entre os inquisidores e a câmara, Bartolomeu da Fonseca abreviou despachos, fez autos da fé, e pacificou as discórdias (!), (mais uma vez segundo palavras suas). Durante aproximadamente cinco anos esta personagem, (que eu designaria de maligna), esteve na corte Portuguesa, (segundo ele) tendo durante esse tempo conseguindo destruir e rebater as maquinações dos sediciosos fazendo com que El Rei ficasse “mui satisfeito” com os ministros da inquisição em Portugal. 
Segundo livro publicado em 1905 por Victor Ribeiro, Bartolomeu da Fonseca terá feito três testamentos, um em 1595 outro em 1617 e por fim o ultimo em 1620. Em 1605/6 após uma queda em Castela, e estando em perigo de vida, pediu licença para se retirar da corte, tendo vindo para Castelo Branco. Foi então chamado a Lisboa por El Rei, para que fosse residir no Santo Oficio. 
Nas pesquisas feitas mandadas fazer por Victor Ribeiro ao Padre Manuel Duarte Preto em Castelo Branco, não foi encontrado qualquer documento comprovativo de que ele esteja sepultado na Capela dos Fonsecas, na sacristia da Convento da Graça, porém foi possível assegurar-se que ali se encontram os seus despojos, assim como os do irmão Diogo e seus descendentes. 
Como disse no inicio deste texto Bartolomeu da Fonseca foi o terceiro filho desta família albicastrense, o primeiro Frei Roque foi um santo homem, o segundo Diogo da Fonseca um politico que serviu Portugal, Espanha e se serviu a si próprio (um camaleão), o terceiro este Frei Bartolomeu foi com certeza a desonra de uma época que ainda hoje nos envergonha a todos e nos coloca na boca a seguinte palavra: Como foi possível toda esta barbaridade por parte dos homens da Igreja?

(1) - Os autos da  consistiam em cerimónias mais ou menos públicas onde eram lidas e executadas as sentenças do Tribunal do Santo Ofício, (sentenças de morte na fogueira ou tortura por todos os meios, o fanatismo era tal que nem Garcia da Horta escapou a tal monstruosidade, foi Condenado post-mortem em 1580 pelo Tribunal do Santo Ofício pelo “crime de judaísmo”, os seus ossos foram desenterrados e queimados);
(2) – O livro “Os testamentos do Inquisidor Bartolomeu da Fonseca”, por Victor Ribeiro, pode ser consultado na Biblioteca Alberto Beneviste.

O ALBICASTRENSE

quinta-feira, julho 10, 2025

PARAGENS DE AUTOCARROS DO BAIRRO DO VALONGO

 NOVO MAIL PÚBLICO AO PRESIDENTE LEOPOLDO RODRIGUES

CARO PRESIDENTE 

Recentemente fui abordado por moradora do meu bairro,  sobre a anulação de duas carreira no bairro, assim como da pobreza das paragens dos autocarros. Quanto à anulação de duas carreiras, penso que tem a ver com as férias dos estudantes, contudo, não me parece justo que os moradores do bairro sejam penalizados por isso. 
Quanto às paragens dos autocarros, desafio o nosso presidente a apanhar um autocarro numa dessas paragens.  Recomendo-lhe porém, que no inverno traga um guarda chuva para não ficar que nem um pintainho (pode trazer igualmente, uma cadeira para se sentar enquanto espera pelo autocarro). No verão traga os mesmos utensílios, mas... junte-lhes uma garrafinha de agua para não ficar com uma isolação. 

Como sou um albicastrense despachado, envio deste logo um projeto  elaborado pela dupla; “Bigodes & Companhia”, para as futuras paragens de autocarros do bairro do Valongo. Deste já, o meu bem-haja pela  resolução deste assunto. Um Albicastrense que nem sempre lhe bate palmas, mas...  que muito defende a sua terra.


Ps. Peço desculpa pelo projeto da dupla não ter a qualidade dos projetos de Siza Vieira, todavia, eles esmeraram-se muito no projeto.

O ALBICASTRENSE

sexta-feira, julho 04, 2025

FONSECAS DE CASTELO BRANCO - (II)

ALBICASTRENSES DO PASSADO 

Frei  Egídio  da Aposentação

(1539 – 1626)

Nasceu em Castelo Branco no ano de 1539, irmão consanguíneo de Frei Roque do Espírito Santo e irmão germano de Diogo da Fonseca e de Frei Bartolomeu da Fonseca, aparentava-se pelo lado materno com o jesuíta Pedro da Fonseca.
Estudante em Coimbra desde muito novo, e estudante distintíssimo que sendo discípulo competia com os mestres na profundeza com que explicava os textos mais antinómicos, segundo Barbosa de Melo, professou aos dezanove anos de idade no Convento da Graça dos Eremitas de Santo Agostinho, de Lisboa, em 25 Abril de 1558.
Mestre conventual, iria doutorar-se em Teologia, e ocupar as cátedras de Gabriel, a de Escoto e a de Véspera, da faculdade de Teologia. Chegou a obter a mercê da cadeira de prima, por carta de Filipe III, mas pelos seus achaques não veio a reger. As cátedras principais designavam-se, como é sabido, pela nomenclatura das horas canónicas. Somente os Teólogos de grande reputação ascendiam às cadeiras de Prima e de Véspera. Foi doutor em Teologia e substituído na cadeira de Véspera por Frei Pedro Mártir, da Ordem dos Pregadores.
Frei Egídio figura na escola dos afamados teólogos e filósofos da escolástica, desempenou, em diversas ocasiões, o cargo de Vice-Reitor e durante algum tempo o de Reitor da Universidade. Recusou a mitra de Coimbra, oferecida por Filipe III, recusou igualmente o cargo de provincial, para que fora eleito. 
No último período da sua vida ficou cego, suportando com perfeita conformidade o seu infortúnio. Autor de muitas obras publicadas, e de numerosos textos de filosofia, que até hoje não encontrou quem os analisasse em profundidade, o que nos daria a exata e definitiva craveira intelectual de Frei Egídio. Esteve com o seu irmão Frei Roque do Espírito Santo em Alcácer Quibir, a tentar demover o rei D. Sebastião da sua louca aventura, porém sem sucesso. 
Morreu em Coimbra, a 8 de Novembro de 1626, e ali jaz sepultado, entre varões ilustres, na igreja da Graça de Coimbra. 
Muito mais haveria para dizer deste grande albicastrense, no entanto os dados sobre este “homem sábio” são escasso, tornando-se difícil dizer algo mais sobre ele. A Capela do Carneiro ou dos Fonsecas, (hoje atual sacristia da igreja da Graça), como era vulgarmente conhecida, em Castelo Branco, destinou-a o seu edificador Diogo da Fonseca a mausoléu de família, pais, esposa, irmãos e seus descendentes. 
Era ao mesmo tempo, uma homenagem à memória dos insignes irmãos, à consagração do seu valor e de suas glórias terrenas, mas não repousam ali, os restos mortais de Frei Roque e de Frei Egídio, (em tempos terão ali repousado os restos mortais de Diogo da Fonseca, e seus familiares).
O ALBICASTRENSE

segunda-feira, junho 30, 2025

BIGODES & COMPANHIA

Bigodes & Companhia repórteres do improviso e do desenrasca, fartos de andarem a roçar o traseiro pelas cadeiras das tascas albicastrenses, resolveram regressar ao bloque com nova tira. 
Tira sobre o tão prometido complexo funerário, obras que segundo consta irá finalmente  arrancar.

PS. Vamos ver se desta a dupla maluca está mesmo de regresso, ou se mais uma vez, eles estão a gozar  comigo.
A ALBICASTRENSE

domingo, junho 29, 2025

FUTURO COMPLEXO FUNERÁRIO DE CASTELO BRANCO - (II)

😐     😑     😏

Publiquei recentemente uma publicação sobre o complexo funerário que está previsto ser construído, no antigo armazém de mercearias, frente à capela de S. Marcos. 


Como entretanto surgiram algumas vozes a falar do assunto, resolvi  fazer alguma  pesquisa  e conversar com quem está dentro do  assunto, tendo eu descoberto o seguinte: A ideia  terá sido  pensada no mandato de Luís Correia (não sabendo eu, se o projeto de Álvaro Siza Viera, foi entregue a Luís Correia ou a Leopoldo Rodrigues. 

O projeto de Álvaro Siza Vieira (como se pode ver na imagem desta publicação), prevê a construção do complexo funerário na antigo barracão de mercearias e de um  jardim anexo onde atualmente está um parque de estacionamento. 

O problema é que colocar  um pequeno jardim no local onde está atualmente o parque de estacionamento, parece ter encontrado  alguma resistência na autarquia, resistência que terá impedido o avanço da construção do complexo funerário. 

O problema parece ter sido ultrapassado junto de Siza  Vieira (autor do projeto), através de um acordo para  construir o complexo em duas fases, primeiro o edifício e depois o logo se vê quanto ao jardim. 


Abriu-se concurso para a construção do complexo funerário em  março deste ano (mais de 894 mil euros), nenhuma firma de construção concorreu. Segundo sei, o concurso vai brevemente ser colocado de novo a concurso. Passados mais de cinco anos, o projeto continua ser isso mesmo, um projeto. Será que desta vez vai aparecer alguma empresa de construção, interessada no concurso?

Este Albicastrense apela para que de uma vez por todas, este assunto calce botas e comece a andar, pois a terra Albicastrense assim o deseja e merece. 

O ALBICASTRENSE

quinta-feira, junho 26, 2025

FUTURO COMPLEXO FUNERÁRIO DE CASTELO BRANCO - (I)

TRISTEZAS DA TERRA ALBICASTRENSE

😖 😕 😔 😓 😒

Fui hoje á capela de S. Marcos, despedir-me de alguém que nos deixou. Confesso que mais uma vez me entristeceu  a falta de condições da capela para atos funerários. Uma autêntica tristeza, é o mínimo que posso dizer da falta de condições. 
Quem quiser ir à casa de banho, tem que subir umas escadas bem estreitas e quase impossíveis de subir para pessoas com idade avançada. O espaço onde fica a urna é demasiado pequeno, o que obriga as pessoas a fazer fila para se despedirem de quem partiu, enfim, um espaço pouco digno e com muita falta de condições nos dias de hoje. 
O mais grave neste triste assunto, é, que tendo a nossa autarquia  adquirido frente  á capela de S. Marco, um edifício onde em tempos funcionou um armazém de mercearias para lá construir um complexo funerário da autoria de Álvaro Siza Vieira,  nada de nada tenha acontecido. 
Em 2023 fiz neste bloque, uma pergunta sobre a indecisão do faz ou não faz o complexo funerário. Dois anos depois, o assunto continua em banho Maria. Perante tanta indecisão, volto a perguntar: "meus senhores, a ideia é para avançar, ou para fazer de conta ?"  Nada dizer sobre o assunto, é dar um tiro nos próprios pés. 


terça-feira, outubro 10, 2023

             VERDADE OU MENTIRA!!

DIZEM QUE VÃO FAZER.

MAS… NADA  DE NADA  ACONTECE.

😒 😓 😔 😕 😖

Nos últimos anos tem circulado na terra albicastrense, que no local onde está instalado este antigo armazém de mercearias, irá nascer um centro funerário, complexo cujo projeto (segundo dizem) é da autoria de um arquiteto de renome português.  
Consta até, que o armazém já teria sido adquirido pela nossa autarquia, mas…. nas  portas do armazém, continua a estar "VENDE-SE". Confesso que não sei se a terra albicastrense necessita ou não do projeto que dizem existir, declaro que tudo isto me parece uma autêntica estupidez, pois publicitar-se uma construção e depois deixar arrastar pelas ruas da amargura toda esta situação, é profundamente lamentável.

Meus senhores, decidem-se!

Ou fazem ou não fazem, pois, os albicastrenses começam a ficar cansados de tanta indecisão.

O ALBICASTRENSE

segunda-feira, junho 23, 2025

FONSECAS DE CASTELO BRANCO - (I)

ALBICASTRENSES  DO PASSADO 
Frei Roque do Espírito Santo

O MAIOR ENTRE OS ALBICASTRENSE

Nasceu em Castelo Branco no ano de 1520, filho primogénito de Dr. Francisco Martins da Costa e de D. Francisca de Goya. O cronista da Ordem dos Trinitários aponta-lhe desde a infância sucessos extraordinários, baseados no testemunho do arcipreste de Castelo Branco e outros.
Destinara-se a cursar Direito Civil, alias, pouco do seu agrado, na Universidade de Salamanca, onde permaneceu alguns anos.
Voltando à sua terra natal e sendo o Pai nomeado procurador pela vila de Castelo Branco às cortes de Almeirim, convocadas por D. João III em 1544, acompanhou seu pai na viagem a Santarém.

Aproveitou então as ocupações do pai, para visitar esta vila onde se prendeu do Convento da SS. Trindade, segundo um cronista “por particular impulso do Espírito Santo” de quem tomou o sobrenome.
Com arreigada vocação religiosa, obteve as necessárias licenças dos prelados e professou neste convento, no mesmo ano de 1544, recebendo o hábito do provincial Frei. António Raposo, o ultimo prelado claustral, antes da reforma, ele próprio havia de ser provincial e suceder-lhe no governo da Ordem. Grande latinista, ensinou gramática no convento e, com tal proficiência, que não deve estranhar-se a sua escolha para dirigir o colégio universitário de Coimbra. 
O seu nome figura à cabeça dos fundadores deste colégio, para guarida dos monges estudantes de letras sagradas, na universidade; e governaria este colégio durante 10 anos. Foi eleito provincial e exerceu considerável influência na reforma da ordem, em que colaborou pessoalmente, escrevendo o “papel acerca da reforma que El-Rei D. João III intentava fazer na sua religião trinitária”. Reedificou o convento de Sintra e à medida que crescia em humildade e penitencia, alastrava a fama de suas obras e virtudes. Sendo provincial e comissário geral dos cativos, habitava uma pobre cela, apenas tinha dois hábitos de pano branco, dois escapulários de linho a servirem de camisas. Castigava-se com severidade e ásperas penitências, votando toda a existência ao sacrifício e à santidade.
A primeira jornada que lhe foi confiada foi resgatar 300 cativos, em Argel. Embarcou para Ceuta com André Fogaça na nau do resgato, em 1557, sendo a jornada coroada do melhor sucesso. Da volta no ano seguinte, havia já falecido em Portugal o rei D. João III, mas subira a tão alto grau de prestigio que a simples indicação do seu nome como que aliciava as circunstancias propicias ao êxito de novas missões, alem desta redenção foi responsável entre 1559 e 1578 “Alcácer Quibir inclusivo”, por muitas outras, tendo percorrido meio mundo nesta sua missão de resgatar prisioneiros Portugueses.
Foi responsável por cartas diplomáticas do Cardeal D. Henrique, para os governadores de antigos territórios Portugueses no oriente. Foi nomeado visitador geral, com poder e autoridade, pela provisão régia de 29 de Março de 1570, subscrita pelo Cardeal - Infante.
Voltava a África com cartas de D. Sebastião para fazer “hum resgate muito copioso”. No regresso do resgate de 1574, velejara por Gibraltar até desembarcar no Alentejo.
Sucedeu, nas proximidades de Serpa, esgotar-se a água do poço de S. António – O Velho, achando-se muitos repatriados na mais extrema necessidade; e foi então, segundo a lenda, que de pronto se encheu o poço de água cristalina e fresca.
Remeteu avisos ao Rei D. Sebastião sobre o valor das tropas Marroquinas e as dificuldades de quem não dispõe dos meios necessários para alcançar o fim que pretende.
Com perfeita lucidez e previsão, escreveu ao Rei: “Advirto a Vossa Alteza que o Xerife tem muita gente, está muito poderoso, e tem grande tesouro, e a gente de pé, e de cavalo para a guerra não tem conto. Estão na sua terra farta de mantimentos, armas e cavalos, que são os nervos da guerra. Os seus soldados gastão pouco, e na guerra eles lhe dá tudo livre. Nós temos poucos cavalos, pouca gente poucos mantimentos, e dinheiro para se continuar com esta guerra da África, porque as necessidades do Reino são muitas, e a gente pouco exercitada.”
A todas as insistências de Frei Egídio e Diogo de Palma para que D. Sebastião desistir da batalha de Alcácer Quibir, D. Sebastião respondia: “Dali a dias se havia de ver com o Maluco”
Foi confessor régio de D. Catarina e de D. Sebastião, quando as ocupações lho permitiam, foi quatro vezes aleito provincial, a ultima das quais em 1586. Governou a província Portuguesa dos Trinitários durante 12 anos. Entre as causas da sua morte parece não serem estranhos alguns desgostos com o governador do reino. Cardeal Alberto; Originados de enredos, que lhe disseram, de ser parcial do Infante D. António Prior do Crato, pretendente à Coroa.
Perturbado por não ser ouvido e aceite a esclarecer a situação, renunciou ao cargo de vigário geral. Viveu ainda seis meses, mas cansado já de anos e, muito mais, de penosos trabalhos, veio a falecer num sábado, a 15 de Maio de 1590.

Na sua morte, segundo o processo de beatificação, foi por todos aclamado com o nome de Santo e estando o seu corpo amortalhado na capela-mor, lhe foram beijar os pés. Se a vila de Castelo Branco não tivesse tantos varões notáveis, bastava para glória a reputação sua, a ver produzida este venerável Padre.
Ficou sepultado no solo da capela-mor da Trindade em Lisboa.

Com o seguinte epitáfio:

O venerável padre Fr. Roque do Espírito Santo, esplendor da religião.
Consolador de cativos, ilustre pelo saber, depois de ter suportado muitos trabalhos a favor daqueles de que resgatou para cima de três mil, tendo rejeitado honras de mitras do reino, veio a falecer em paz a 15 de Outubro de 1590, com grande prejuízo dos cativos e da religião e com grande saudade de todos.

Aqui jaz neste túmulo.

Nenhuma virtude, em suma, lhe foi estranha, incluindo-se a do mais acendrado patriotismo. Ao passo que os irmãos comodamente serviram os réis Filipes. Fr. Roque seria acusado de parcial do pretendente português, o malogrado D. António, Prior do Crato,
Ps. O Museu Francisco Tavares Proença tem na sua reserva, um quadro onde pode ver-se, Frei Roque e seu irmão Frei Egídio.
                                                                  O ALBICASTRENSE

segunda-feira, junho 16, 2025

HISTÓRIA DE CASTELO BRANCO

                                  DADOS SOBRE A TERRA ALBICASTRENSE

Os primeiros documentos sobre as terras de Castelo Branco datam do século XII. No entanto, muito antes disso os primeiros povos fixaram-se aqui. Estações dolménicas e romanas em diversas freguesias, como em Alcains, Malpica do Tejo ou Sobral do Campo, são prova da ocupação remota. Durante os séculos da presença dos bárbaros e dos mouros, toda esta zona de fronteira foi exposta à violência dos invasores. 
O próprio nome do concelho indicia o povoamento ainda antes da chegada dos romanos. Castelo deriva do castellum, um diminutivo de castro, local onde viviam aquarteladas as primeiras populações, designadas de castrejas. No tempo de D. Sancho I, chamava-se Cardosa à terra coberta de ruínas e matagais onde depois se veio a construir Castelo Branco. 
Em 1214, D. Afonso II doou estas terras à Ordem do Templo e, no ano seguinte, o Papa Inocêncio III confirmou a doação régia. Os séculos XIV e XV não se revestem de importância significativa no progresso de Castelo Branco. Mas a povoação foi crescendo e, em 1510, recebeu nova carta de foral, concedida por D. Manuel I. 
O século XVI seria de expansão, tendo sido fundada a Misericórdia, construídos os conventos dos frades Agostinhos (1526) e dos Capuchos (1562) e a igreja de São Miguel, que tem agora o papel de Sé. 
No final de Quinhentos, um bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, mandou edificar um palácio rodeado de jardins, que atualmente funciona como sede de um museu da cidade. 
Em 1771, o marquês de Pombal elevou Castelo Branco a cidade e criou a diocese, fatores que foram decisivos para a afirmação de Castelo Branco na região e que viriam a colocar a terra na posição importante de capital de distrito depois das reformas administrativas do liberalismo. A sede diocesana foi depois extinta, em 1881. 
Durante o século XIX, a cidade viu nascer novas vias de comunicação e construções públicas que favoreceram o seu desenvolvimento, como foi o caso da abertura da estrada que a ligava a Abrantes e a inauguração do telégrafo entre as duas urbes. Em 1860, a iluminação pública chegou aos albicastrenses. Foi uma das primeiras cidades do país a ser eletrificada e também a receber a linha férrea, o que aconteceu em 1891.
O ALBICASTRENSE

quinta-feira, junho 05, 2025

PALMEIRAS DA AVENIDA RAMALHO EANES

UMA AVENIDA
 DESPIDA DAS SUAS PALMEIRAS
😊 😍 😑 😀 😁

Começou por fim, a substituição  das velhas e doentes palmeiras na avenida Ramalho Eanes. 
A substituição destas palmeiras, está em curso por outras mais resistentes ao malvado escravelho que as manda abaixo. 
😝 😡 😠 😖

Quando em 2023 contestei na nossa autarquia o corte das primeiras palmeiras, respondeu-me na altura o presidente, que estava em estudo encontrar uma solução para resolver o problema.  
Dois anos depois,  a solução foi finalmente encontrada, por isso, não posso deixar de aqui realçar a recuperação de um dos mais bonitos lugares da terra albicastrense.
Ps. Espero que a recuperação desta nossa avenida, não seja um tapa olhos, por isso, peço urgência nas obras a decorrer, pois a nossa avenida não pode estar despida das suas palmeiras. 
O ALBICASTRENSE 

sábado, maio 31, 2025

ILUSTRES DA TERRA ALBICASTRENSE

Pedro da Mota e Silva (Castelo Branco cerca de 1685 - Lisboa 1685-Lisboa, 4 de Novembro de 1755) foi um clérigo e politico português durante os reinados de D. João V e de D. José I.

Biografia

Era irmão de João da Mota e Silva, o célebre "Cardeal da Mota". Padre, foi agente da Santa Fé entre 1721 e 1728 e Secretario de Estado dos Negócios Interiores do Reino de D. João V de Portugal a partir de 1736.
Enquanto Secretário de Estado, apresentava fama de ser "indolente" no desempenho das suas funções, o que se talvez se devesse à sua frágil saúde e idade avançada. Pedro da Mota alegadamente só daria audiências passada a meia-noite, dormindo durante o dia. 
Quando D. José I subiu ao trono em 1750, este monarca quis mantê-lo no cargo, contra a sugestão de D. Luís da Cunha. Na sequência da nomeação de Sebastião José de Carvalho e Melo para a Secretaria de Estado dos Negócios Estanheiros e da Guerra, este teria mostrado grandes manifestações de respeito pelo ministro, invocando para si as atribuições de Pedro da Mota "sob o pretexto de o aliviar de trabalho, excessivo para seus anos e achaques".
Faleceu de complicações respiratórias após o Terramoto de Lisboa de 1755.  Segundo o cardeal Filipo Acciaiouli, núncio apostólico, a casa de Pedro da Mota ruiu, mas ele salvou-se e foi levado (em virtude da sua idade e por ser "impedido das pernas") para uma cantina, na qual "foi apanhado por um grande catarro", tendo morrido sufocado três dias depois do desastre. Sebastião José de Carvalho e Melo esteve ocupado no dia seguinte, por ordem do rei, a assegurar todas as escrituras de Estado que Pedro da Mota tinha em sua casa. 

Recolha de dados: Wikipedia
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segunda-feira, maio 26, 2025

SANTA VILGEFORTE - "VERDADE OU MENTIRA"?

 SANTA VILGEFORTE

Também conhecida como Liberata, (Lusitânia, 119 - 139), segundo a  tradição católica, foi uma infanta Lusitana  condenada à  crucificação  por professar a fé  cristã. 

A sua hagiográfica  afirma que ela teria conseguido se livrar-se de um casamento arranjado,  fato pelo qual se tornou-se padroeira  das mulheres mal casadas. No entanto a sua história é considerada lendária, tendo sido mencionada pela primeira vez no século XIV.

História

Segundo lendas, Vilgeforte teria nascido no antigo território romano da Lusitânia,  parte do qual corresponde parcialmente a Portugal. Ela havia de ter sido uma infanta, tendo sido educada na fé cristã pelo bispo Santo Ovídio.  Vilgeforte era uma das irmãs de santa Quitéria e Santa Marinha.

Seu pai, um rei pagão,  haveria de lhe ter arranjado um noivo, este também pagão. No entanto, por ser cristã   em secreto, ela teria professado em privado seu voto de manter a virgindade  em nome de sua fé. Para impedir o casamento indesejado, ela pôs-se em oração para que Cristo  a tornasse fisicamente repugnante a fim de que ela pudesse ser apenas dele. Em resposta às suas orações, no dia seguinte ela acordou com barba,  o que fez com que seu noivo fugisse espantado. O pai, furioso ao ter descoberto os planos de Vilgeforte, ordenou que ela fosse crucificada. Recolha de dados: Wikipédia. 

PS. J. A. Porfírio Silva, na seu "Memorial  Cronológico e Descritivo da Cidade de Castelo Branco", diz que uma Santa Wilgeforte terá nascido na rua do Poço das Covas! A pergunta que aqui deixo para quem quiser queimar as pestanas neste assunto, só pode ser uma: A Santa que Porfírio diz ter nascido na rua das Covas, não pode ser a mesma que retirei da Wesiclopedia, pois as datas são bem diferentes uma da outra. Fica  a questão para quem a quiser decifrar.

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VIDEOVIGILÂNCIA  EM   CASTELO BRANCO A questão não e nova, pois o assunto já foi  variadas vezes  falado  em Castelo Branco, contudo, nunca ...