quinta-feira, setembro 16, 2010

JORNAIS DA MINHA TERRA - I

A NOSSA IMPRENSA
Perde-se no tempo o surgimento do primeiro jornal na nossa cidade. Depois de Lisboa, Porto e Coimbra, Castelo Branco terá sido uma das primeiras cidades fora dos grandes centros urbanos a ter imprensa periódica.
Nas minhas pesquisas na nossa biblioteca e em antigos jornais da cidade, encontrei um pouco do rasto da imprensa da nossa cidade nos últimos cento e cinquenta anos.
Rasto que nos mostra nomes de antigos ilustres da cidade, sítios onde funcionavam as suas sedes e locais, onde eram impressos esses jornais, ou ainda dos grandes ideais que eles diziam defender.
É apenas uma pequena lista de velhos jornais da nossa cidade, jornais que por um ou outro motivo, (independentemente daquilo que diziam defender), não passaram muitas vezes dos primeiros números e em alguns casos do primeiro.
Esta lista de jornais, poderá ser aumentada por todos aqueles que possuírem dados, sobre a imprensa da nossa cidade e os queiram aqui divulgar.
O primeiro jornal de que há memória na nossa cidade, foi: “A Sentinela da Liberdade”, terá vindo à luz do dia no já longínquo ano de 1846. Pensa-se que tenha tido como primeiro director: João Sebastião Serrano, que era na época director da tipografia do Governo Civil. O primeiro número terá sido a 19 de Dezembro, de 1846.
A sede do jornal era no Governo Civil, onde por sua vez era impresso. Dizia: “Pugnar pela Junta do Porto e difundir o seu programa”, anunciava no seu primeiro número que iria sair ás segundas e sextas-feiras.
Nota: Prometia muito! Mas ficou-se pelo número um... pois padeceu nesse mesmo número.
Curiosamente entre a saída do “Sentinela da Liberdade” e o próximo que se segue: “A Aurora” existe um vazio de 26 anos.
O jornal “A Aurora” aparece a 1 de Agosto de 1872. Dele pouco ou nada se sabe. Segundo consta, a sua periodicidade seria semanal.
Não se sabe quantos números terão saído, nem quando terá partido.
Nota: A razão deste vazio é-me desconhecida, porém, não será difícil associá-la a motivos de ordem política.
Em 1883 aparece: “O Cri-Cri”. Folha humorística que tinha como director artístico: José Alves Tavares. Como director literário: Augusto Alves Tavares. Como redactor: José Alves Tavares. Como editor: José Alves Tavares (este mais parecia o jornal da família Alves). Era uma publicação litográfica e tinha por princípio a crítica à política, seguida na cidade,
O primeiro número apareceu a 16 de Julho de 1883. Saíram três números.
Nota: para folha humorística teve muita pouca graça!... Pois finou-se num abrir e fechar de olhos.
Em 1884 dá à luz o jornal que viria a ser o primeiro digno desse nome: “O Correio da Beira”. Tinha como sub-titulo: “Órgão do Partido Progressista em Castelo Branco” e dizia que se publicava: “para tomar parte na cruzada santa, pela liberdade e independência e prosperidade do reino”, (Meus amigos! lá conversa tinham eles...).
O primeiro número saiu a de vinte de Abril de 1984. Era publicado aos domingos, e a partir de 1992 tornou-se bissemanal, (começou a sair às quartas-feiras e domingos). No primeiro número trazia no cabeçalho como director: Pedro da Silva Martins. Como editor: António Trindade Cardoso e Silva. A partir de 1890 sai de director, Pedro Martins e entra Trindade Cardoso. Era propriedade de Pedro da Silva Martins e de Trindade Cardoso.
Em 1893 por dificuldades financeiras (segundo alguns historiadores), foi-se, deixando atrás de si 497 números publicados e nove anos de existência.
Nota: Este jornal, por aquilo que tive o cuidado de ler em alguns exemplares que se encontram na nossa biblioteca, era avesso à politica de Manuel Vaz Preto e muito próximo de Francisco Tavares de Almeida Proença, (mentor politico do jornal). Defensor de uma linha politica, que não renegava e que defendia com unhas e dentes, (se é que se pode utilizar esta expressão para um jornal).
Convém lembrar que este jornal, foi um dos grandes defensores da linha do caminho de ferro da Beira Baixa, e que teve como colaborador António Roxo.
(Continua)
Dados constantes nos postes sobre: “Jornais da minha terra”, foram recolhidos em antigos jornais, (e actuais) da nossa cidade, assim como em publicações que se encontram na biblioteca albicastrense.
O Albicastrense

2 comentários:

  1. Anónimo10:00

    isto será noticia ????
    o amigo do nosso amigo
    não paga aos homens e mulheres ???
    Vivam os VARREDORES
    Robin dos Bosques

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  2. Anónimo19:02

    granda vara tem o psssssssssssssss
    atão não é que fugiramño para terras de Samora Machel
    amigo do nosso amigo
    robin dos bosques

    ResponderEliminar

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