MONUMENTOS DE CASTELO BRANCO
CAPELAS E CRUZEIROS
(V)
(Continuação)
CAPELA DOS MESQUITAS
Estava encostada à abside da Igreja da Graça. Foi construída no século XVII, para servir de jazigo de família, a expensas dos herdeiros de Diogo da Fonseca que foi ministro e conselheiro dos Reis D. Sebastião, D. Henrique, D. Filipe I e D. Filipe II. Foi pertença da família do Conselheiro Dr. Francisco Rebelo de Albuquerque de Mesquita e Castro, (Visconde de Oleiros). Esta capela tinha uma cripta e uma lapide com uma inscrição latina que ali foi mandada colocar, no ultimo quartel do século XVIII, pelos frades do mosteiro da Graça, por se haverem suscitado duvidas sobre a sua posse. A capela foi demolida no primeiro quartel do século XX.
CAPELA DO ESPÍRITO SANTO
É um dos mais velhos templos da cidade. Da sua primitiva edificação nada resta alem de um portal românico muito sóbrio. Tinha outrora na fachada principal virada ao Poente, um alpendre apoiado em três arcos de cantaria, sobre o qual estava o coro e que ainda existia no século passado. A capela foi reconstituída no século XIX.
CAPELA DE S. MARCOS
Situada no largo com o mesmo nome, foi instituída no século XVI sob a invocação de Santo Inácio de Loiola, pelo Padre Sebastião Lopes Melraxo para que os seus rendimentos servissem de património a qualquer candidato a clérigo que não o possuísse, para receber ordens sacras, com o encargo de mandar celebrar quarenta e cinco missas por ano. A capela foi construída 1565 e ampliada posteriormente. Teve na fachada principal um alpendre formado por seis arcos de cantaria apoiados por sete colunas. Foi reconstruída no século XIX. A mordomia tinha a seu cargo a conservação do edifício e mandava ali dizer missa em todos os dias santificados.
CAPELA DA NOSSA S. DA AJUDA.
Foi construída no século XVIII na Rua dos Ferreiros e apresenta uma elegante frontaria no estilo barroco. Pertenceu à família de Luís de Pina Freire Falcão. Posteriormente aos herdeiros do Conselheiro Francisco de Tavares Proença. Hoje pertence a D. Ana Maria Teixeira Gordino. O seu estado é hoje bastante penoso.
CAPELA DE SANTA ANA
Foi erguida no século XVIII, à beira da estrada municipal que liga Castelo Branco à Senhora de Mércoles. O povo tinha o habito conduzir em procissão para a igreja da Sé, a imagem de Santa Ana, quando as chuvas eram catastróficas na nossa cidade. A ermita é de construção muito perfeita, apresentando uma graciosa fachada no estilo barroco.
(Continua)
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época. Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951.
Autor; Manuel Tavares dos Santos.
O Albicastrense
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