segunda-feira, agosto 07, 2006

Esposiçao de Bordados

30 Anos da Oficina-Escola de Bordados Regionais

Do

Museu Francisco Tavares Proença Júnior

O comentário colocado neste blog sobre a exposição que actualmente se pode ver na Galeria de Exposições Temporárias do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, com o titulo (30 Anos da Oficina-Escola de Bordados Regionais do Museu Francisco Tavares Proença Júnior), trouxe-me à memória a afirmação feita, aquando da abertura deste blog em Setembro de 2005. Disse textualmente nessa altura “que iria aqui divulgar as actividades do Museu Tavares Proença Júnior e ao mesmo tempo dizer o que pensava sobre as mesmas”, e assim aconteceu durante todo esse tempo.
Fui ver a referida exposição, dois ou três dias apôs a sua inauguração, e tinha decidido não fazer qualquer comentário sobre a mesma, em virtude de ter ficado muito desiludido com a pobreza ali exposta, porém o tal comentário fez com que eu mudasse de pensamento.
A exposição em causa é a prova de que muitas vezes não basta ter uma boa ideia, é também importante a forma como depois a colocamos em pratica. Vamos por partes: o catalogo da referida exposição diz a determinada altura: “Trata-se duma exposição que além de apresentar os melhores trabalhos em Bordado de Castelo Branco aqui produzidos ao longo das ultimas três décadas, pretende desvendar a face humana da Oficina-escola, através do recurso a documentação e fotografias ilustradas do pulsar destes serviços, verdadeiro microcosmos dentro do Museu".
O objectivo pretendido com esta exposição não poderia, em meu entender ser mais nobre, dar a conhecer aos Albicastrenses e aqueles que nos visitam a face humana da Oficina-Escola, e mostrar ainda os melhores trabalhos dos 30 anos de existência da Oficina-Escola.
Porém lamento dize-lo, que embora os propósitos fossem bons, os resultados foram péssimos. Expor meia dúzia de fotocópias (horrorosas) de fotografias antigas, mais meia dúzia de fotocópias de capas de catálogos de exposições de bordados feitas no passado, juntar-lhes mais meia dúzia de colchas e alguns painéis e chamar-lhe “exposição comemorativa dos trinta anos da Oficina-Escola de bordados regionais do Museu Francisco Tavares Proença Júnior” é no mínimo bizarro e falta de imaginação.
As bordadeiras e todos aqueles que ao longo dos trinta anos de existência da referida Oficina-escola, contribuíram para que ela fosse uma realidade, iram certamente sentir-se, tal como eu, desiludidos com o resultado da exposição.

O Albicastrense

12 comentários:

  1. Anónimo16:09

    Há gente que ainda se vai picar (e muito) com esta dita pseudo-exposiçao. A actual direcçao do museu como é que vai nestas tretas? Infelizmente para a Oficina, agora, temos uma directora amnésica?

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  2. Anónimo20:46

    Belas exposições, que já lá vão e não voltam.

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  3. Anónimo15:03

    Não será um exagero a crítica efectuada à exposição?...
    Penso bem que esta Directora merecia melhor apreciação.

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  4. Anónimo16:24

    Recordar os 30 anos da Oficina-Escola já é bom, eu até diria Muito Bom.
    A crítica destrutiva é fácil, mas construir...
    Sabem há quanto tempo a actual Directora exerce as referidas funções?
    Escreve quem "bem" sabe e que gosta de ver construir.

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  5. Anónimo16:32

    Para não me alongar em palavras só gostava de debater pessoalmente a afirmação de Directora amnésica.

    José Barata
    Joaquim Salgueiro

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  6. Caro anónimo !! (I)

    Um exagero a critica efectuada à exposição?
    Se considera que e referida exposição é um espelho do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos 30 anos, pela Oficina-Escola do Museu Tavares Proença, quem sou eu para o (a) fazer mudar de opinião! Mas você como eu, sabemos perfeitamente que o trabalho ali desenvolvido ao longo dos trinta anos, eram merecedoras de muito mais.
    Diz que ainda que a “directora merecia melhor apreciação”. Quem sou eu para lhe dizer o contrario! Mas deixe que lhe diga, quando se faz a apreciação a qualquer evento cultural, a mesma é sempre feita ao trabalho exposto ao público e nunca ao sicrano ou beltrano.

    Caro anónimo !! (II)
    Diz você; “Recordar os 30 anos da Oficina-escola já é bom, eu até diria Muito Bom”. Estou em completo acordo consigo, é sempre bom recordar o passado, principalmente quando tem a ver connosco, não é? É especialmente por isso que sou muito mais exigente, pois os vinte e sete anos que trabalhei no Museu Francisco Tavares Proença doam-me esse direito, e ao mesmo tempo esse dever.
    Diz ainda; “A crítica destrutiva é fácil”? Engano seu, minha amiga (Desculpe o feminino), criticar é examinar, apreciar, censurar, exprobrar ou maldizer. Mal de quem vê na critica o demónio que tudo quer destruir e impedir os pseudo iluminados que pensam que nunca se enganam e têm sempre razão.
    Quanto ao trocadilho;” Escreve quem "bem" sabe e que gosta de ver construir”.
    Então agora não estar de acordo, com um qualquer acontecimento é sinónimo de não saber escrever e querer destruir o trabalho de uns quantos? Caro anónimo sou o que sou, tenho 55 anos de idade, a antiga 4º classe e conhece perfeitamente as minhas limitações literárias. Mas sei quem sou e dou a “cara” por aquilo que sou, ao contrario de alguns literatos que pensando o que são, mas mais não são que aquilo que pareço.

    Ao Barata e Joaquim Salgueiro; Apenas seis palavras” As direcções passam e as instituições ficam”. Um abraço do Veríssimo

    PS. Se uma simples critica é motivo de tal desconforto, recomendo a leitura de um artigo publicado esta semana no Jornal “Gazeta do Interior” da autoria do Dr. Pedro Salvado sobre esta mesma exposição.

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  7. Anónimo19:47

    Que grandes Abelhões.

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  8. Quando arranjar tempo tenho de ir ver a exposição, mas os ecos nada de bom prenunciam.No meio de toda esta polémica, ainda não vi citado em lado nenhum a pessoa que deu à luz a oficina-escola de bordados regionais, ou seja o director da altura o Dr. António Forte Salvado. Ou a oficina-escola nasceu de geração expontânea. Desculpem-me, que estou um pouco fora de contexto, mas parece-me sinceramente, que alguém anda a tentar limpar a verdade e a mandar a memória de alguém a quem todos deveriamos estar agradecidos, a começar pelas bordadeiras, para o esquecimento. Nos tempos dificeis que o Museu passou há alguns anos onde andavam todos estes pseudo amigalhaços?

    Às vezes posso ser um pouco confuso na exposição das ideias, mas memória, essa tenho, e não me a compram nem me a deturpam.

    Desculpem pelo desabafo.
    Tenho muita pena do meu MVSEV.

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  9. Anónimo16:07

    De facto concordo com o albicastrense. Muito pouco para 30 anos. Falta ainda uma palavra de agradecimento a Antonio Salvado pelo que fez em prol do Museu e em especial pela oficina-escola.

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  10. Tem toda a razão amigo anónimo:
    Os Albicastrenses e a cidade de Castelo Branco têm uma dívida para com o Dr. António Forte Salvado.
    A essa dívida eu poderia chamar “dívida de gratidão”, por toda um vida dedicada a Castelo Branco. Mas e este assunto voltarei um dia destes.

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  11. Anónimo21:18

    Tomara muita gente chegar aos calcanhares do Dr.António Forte Salvado.

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