sexta-feira, dezembro 21, 2007

MONUMENTO AO COMBATENTE

O Bem-haja de um ex. Combatente

A Câmara Municipal de Castelo Branco, cumpre promessa feita e transfere do cemitério da cidade, para uma rotunda da Quinta Nova, o monumento dedicado ao Combatente. Oitenta e três anos, após a sua colocação no cemitério da cidade, (9 de Abril de 1924), este monumento tem por fim um local digno do nome que ostenta.
É fácil, criticar decisões da nossa autarquia em relação a determinadas obras
feitas da nossa cidade, (o que eu muitas vezes aqui faço), porém, também fácil se torna elogiar decisões, quando elas são exemplo de bom senso e de reposição de justiça para com aqueles que deram a vida, ou lutaram por aquilo que pensavam ser o melhor para o seu pais.
Como ex. Combatente em Angola, (1973-1975) avesso a recordações e homenagens ranhosas, de tais factos não posso deixar de aplaudir este feito e elogiar esta bela iniciativa da autarquia albicastrense.
Ao presidente Joaquim Morão, representante maior da nossa autarquia, o meu bem-haja por este acto de justiça para com os ex. Combatentes

O albicastrense

4 comentários:

  1. Anónimo21:27

    bom natal para o amigo verissimo, e para todos os amigos que visitam este blog, from oregon USA

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  2. Caro anónimo.
    Foi para mim uma grande satisfação, saber que Portugueses vêem estas minhas pequenas notas nos Estados Unidos.
    Para si e familiares ai em oregon USA, uma vez mais.... BOAS FESTAS DO ALBICASTRENSE

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  3. Para felicitar a Câmara de Castelo branco, na pessoa do seu Presidente, Joaquim Morão, pela decisão inerente à homenagem ao "Combatente"

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  4. Anónimo10:45

    DISCURSO DO SR. GENERAL CHITO RODRIGUES

    Exmos. Senhores
    Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco
    Presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco
    Autoridades Civis Militares e Religiosas
    Caros Combatentes e Membros da Liga dos Combatentes
    Meus Senhores e Minhas Senhoras

    Hoje, dia 15 de Dezembro de 2007, nesta histórica cidade de origem hispano-romana, nascida no cerro da Cardosa, da junção de Mancarche com Vila Franca da Cardosa, onde os Templários erigiram um velho Castelo, na transição das Beiras com o Alentejo é um dia de verdadeira evocação de toda a sua história e dos seus maiores.

    Para além de comemorarmos o 84º aniversário do Núcleo de Castelo Branco da Liga dos Combatentes que ao longo de todo o século XX até aos nossos dias, prosseguindo valores patrióticos e humanitários, sempre sustentou e foi exemplo do culto daqueles que, entre os seus pares, assumiram o maior risco e por vezes por eles deram a vida escrevendo História, queremos também deixar um marco público do respeito que nos merecem os que se bateram por Portugal.

    Quis a coincidência que se juntassem no Presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes esta condição e as de um albicastrense, nascido algures numa medieval casa da rua d´Ega e que fez a sua juventude vivendo lado a lado com a história, percorrendo as plataformas do Castelo e as ruas da velha cidade, do Mercado, da Caleja, de Santa Maria e dos Ferreiros. a par dos recantos do velho liceu, da Praça Velha ou dos jardins do Paço.

    Não posso porém, deixar de recordar que a caminho do novo liceu percorria a parte nova da cidade, a mais central movimentada, acompanhando o passeio público até aos Paços do Concelho a que fora dado o nome de Av. dos Combatentes da Grande Guerra e Campo dos Mártires da Pátria.

    Não sinto porém que seja comum em Castelo Branco a existência de padrões ou monumentos que por essas rotundas ou praças públicas revelem os sentimentos e feitos albicastrenses face aos acontecimentos históricos recentes ou passados.

    Há precisamente duzentos anos que se viviam nesta terra e no país momentos terríveis de verdadeiro risco de sobrevivência como povo independente. Chegou-se à vitória. Mas os monumentos da cidade que restam dessa vitória do povo em armas, é ainda o próprio património monumental decapitado.

    Por isso, hoje em Castelo Branco, volta a acontecer história.

    Hoje em Castelo Branco não há porém uma inauguração propriamente dita.

    Hoje, há a reconciliação dos combatentes com a cidade e da cidade com os combatentes.
    Quando há anos alguém decidiu esconder no cemitério, aquilo que até então era uma homenagem pública ao sacrifício exigido a alguns albicastrenses na defesa do país, ao longo dos tempos não se deu conta de que a história se não apaga e que só se é grande quando se assumem as virtudes os erros e omissões dos outros, para deles partir à conquista dos grandes objectivos por que aspiramos.

    Hoje em Castelo Branco resultante da convergência de vontades de sectores significativos da sua população, do senhor Presidente da Câmara de Castelo Branco e do Núcleo da Liga dos Combatentes, uma praça acolhe um símbolo, um padrão que o tempo se encarregará de perpetuar pela acção dos homens e mulheres que aqui passarão a vir homenagear os seus maiores ou a explicar aos seus filhos e netos o seu significado. É esse o nosso desejo. Que este seja mais um monumento vivo.

    Por isso felicito o senhor Presidente da Câmara pelo impulso dado a esta iniciativa que certamente calará fundo nas gentes albicastrenses e sobretudo nos combatentes de hoje e do futuro, ao verem assinalado de forma singela mas digna e duradoura, o esforço dos que um dia se bateram por Portugal.

    Que este monumento, promova a evocação dos nossos maiores, vivos e mortos, particularmente daqueles que com muitos de nós sofreram os mesmos riscos algures nas matas e savanas africanas. Ao mesmo tempo nos permita a partilha de memória e respeito por aqueles que connosco se confrontaram e com quem devemos partilhar hoje as lições da história. Por forma a que aqueles que ontem estiveram connosco frente a frente e estão hoje connosco lado a lado não voltem jamais `â confrontação violenta.
    Permitam-me que cite, a propósito, um poema no nosso António Salvado: intitulado:


    Após o Combate

    De olhos fechados... eles vigiam-se
    desfeitos quase em pó... e lado a lado
    sucumbidos ao longo da metralha

    Difícil distinguir ali estendidos
    Naquela solidão feroz terrível
    Quais os amigos... quais os inimigos.


    Meus senhores e minhas Senhoras

    Nesta cidade planalto, bastião central e vigilante da Beira Baixa, a quem podem retirar tudo, menos o horizonte que nos transporta a terras distantes e a sonhos albicastrenses, coloca-se aqui um padrão aos valores pelos quais vale a pena lutar e, consequentemente, abre-se um sulco profundo a percorrer pela memória do passado, no presente e no futuro das gentes de Castelo Branco.

    Hoje, Portugal mais uma vez acontece na minha Terra Natal.

    Castelo Branco, 15 de Dezembro de 2007


    Gen Joaquim Chito Rodrigues

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