


Os albicastrenses continuam aguardar “serenamente” pela decisão da nossa autarquia, no que diz respeito ao túnel, (fotos 2 e 3).
BEM – VINDOS A UM BLOGUE LIVRE DE OPINIÕES SOBRE CASTELO BRANCO, SEJAM ELAS BOAS OU MÁS. O BLOGUE É DE TODOS E PARA TODOS OS ALBICASTRENSES…
1º De Maio
Em
Castelo Branco
01 – 05 – 1900
A festa foi engalanada pela tuna Artistas Albicastrense, que durante o dia percorreram as ruas da cidade, ao som dos acordes musicais e do estrondear dos foguetes que estalejavam no espaço.
A festa prolongou-se pela noite dentro na sede da tuna, onde ouve os discursos, alusivos ao 1º de Maio.
Cento e oito anos depois, aqui fica o cartaz da Intersindical, relativo ao 1º de Maio de 2008.
O Albicastrense
Apareceu a cerca de três metros da superfície um túnel! Estive lá e fotografei o já famoso túnel, pois os albicastrenses fazem bicha para o observar. Segundo sei, as entidades locais, estudam a situação imprevista, vamos portanto esperar pelo resultado deste estudo.
Não quero estar a dar palpite sobre este achado, mas tendo em conta a existência de antigos poços de água ali perto, quase que apostaria que se trata de um túnel de escoamento de águas.
Os técnicos têm a palavra… o povinho aguarda pela sentença.
Com Abril, Sempre!
Eu sou português
aqui
em terra e fome talhado
feito de barro e carvão
rasgado pelo vento norte
amante certo da morte
no silêncio da agressão.
Eu sou português
aqui
mas nascido deste lado
do lado de cá da vida
do lado do sofrimento
da miséria repetida
do pé descalço
do vento.
Nasci
deste lado da cidade
nesta margem
no meio da tempestade
durante o reino do medo.
Sempre a apostar na viagem
quando os frutos amargavam
e o luar sabia a azedo.
Eu sou português
aqui
no teatro mentiroso
mas afinal verdadeiro
na finta fácil
no gozo
no sorriso doloroso
no gingar dum marinheiro.
Nasci
deste lado da ternura
do coração esfarrapado
eu sou filho da aventura
da anedota
do acaso
campeão do improviso,
trago as mão sujas do sangue
que empapa a terra que piso.
Eu sou português
aqui
na brilhantina em que embrulho,
do alto da minha esquina
a conversa e a borrasca
eu sou filho do sarilho
do gesto desmesurado
nos cordéis do desenrasca.
Nasci
aqui
no mês de Abril
quando esqueci toda a saudade
e comecei a inventar
em cada gesto
a liberdade.
Nasci aqui
ao pé do mar
duma garganta magoada no cantar.
Eu sou a festa
inacabada
quase ausente
eu sou a briga
a luta antiga
renovada
ainda urgente.
Eu sou português aqui
o português sem mestre
mas com jeito.
Eu sou português
aqui
e trago o mês de Abril
a voar dentro do peito.
Eu sou português aqui
José Fanha
O Albicastrense
Foi esta Igreja sede de uma das duas freguesias em que outrora, esteve dividida a cidade. A freguesia de Santa Maria foi extinta e anexada à de S. Miguel por decreto de 20 de Julho de 1849. Segundo um auto de medição e descrito da Igreja, que figura no livro do Tombo da Comenda e que foi lavrado em 1753 pelo juiz do Tombo Manuel Falcão, constava nessa data que ela era obra dos Templários; é possível, porém, que a sua edificação seja anterior à do castelo e que ela já existisse em Mancarche, povoação mais remota à qual os Templários deram, no século XIII, a designação de Castelo Branco.
Sendo o edifício obra dos Templários, era natural que a sua traça obedecesse, ao estilo gótico da época, no qual foi edificada a alcáçova do castelo; o seu pórtico principal era ”guarnecido de um círculo de meia laranja de pedra, fundado em colunas” o que parece significar que era formado por arcaturas de volta plena apoiadas em colunatas, que caracterizavam as construções monumentais do estilo românico, anterior ao gótico.
Tinha este templo, desde a porta principal até ao arco da capela-mor, cerca de
Na capela das almas existia uma lápide de cantaria com a seguinte inscrição:
Grande número de inscrições tumulares, algumas das quais em letra gótica, se podiam ler outrora no pavimento da Igreja; porém com o objectivo de se obter o nivelamento do lajedo, foram muitas dessas inscrições vandálicamente destruídas e apagadas.
(Continua) - 21/103
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos
O ALBICASTRENSE
(Continuação do número anterior)
Por portaria de 17 de Julho de 1835 do ministério da Guerra, satisfazendo um pedido da Câmara Municipal, concedeu-lhe licença “para se apearem os arcos das muralhas da cidade e ser empregada a pedra em obras de manifesta utilidade pública”. Em 21 de Outubro do mesmo ano, o Ministério da Guerra determinou, uma nova portaria, que se desse imediato cumprimento à primeira. Ordenou também o Governo, por uma portaria de 9 de Março de 1839, que fosse vendida parte da pedra das paredes do castelo e, por outra de 20 de Março do mesmo ano, que se vendessem a telha e os madeiramentos. O terreno do parque do castelo foi cedido à Câmara pelo governo, por portaria de 19 de Novembro de 1852, para nele se fazer um cemitério; tendo porém prevalecido o bom censo, não chegou a efectuar-se esse absurdo projecto. No mesmo local foi construído, em 1867, um edifício que se destinava a liceu mas veio utilizado para Escola do Magistério Primário; em 1919 foi ali instalado um posto radiotelegráfico do exército. Foi, portanto, no século XIX que o vandalismo dos albicastrenses, acoberto pela complacência e pela indiferença das entidades oficiais, promoveu inexoravelmente a destruição das suas relíquias históricas que, se hoje existissem, constituiriam uma valiosa e interessante curiosidade turística numa cidade em que não abundam as preciosidades artísticas nem as edificações monumentais. Os agentes atmosféricos também contribuíram para a ruína do velho castelo dos templários. Uma violenta tempestade que se desencadeou na noite de 15 de Novembro de 1825 fez desabar algumas paredes da alcáçova e desmoronou a porta da Vila. No principio do ano de 1936, as chuvas torrenciais causaram a derrocada da ultima torre que restava do castelo, no ângulo nascente norte. Foi feita a reconstrução das paredes dessa torre, pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, em 1940. Todavia, não foi então feito, como era mister, um estudo prévio da reconstrução e a cidade assistiu indiferente a mais uma mutilação da sua velha fortaleza: Impensadamente considerada uma excrescência, não obstante ser coeva da fundação do castelo, foi totalmente demolida a antiga alcáçova, da qual ainda se podiam ver, em 1939, umas casas de cilharia ostentando na fachada principal duas janelas góticas geminadas e uma porta do mesmo estilo. E assim ficou implacavelmente restringida a umas pungentes ruínas, pelos ímpios iconoclastas indígenas com a cooperação das entidades oficiais e dos agentes meteóricos, uma das venerandas fortalezas medievais que os denodados Templários erigiram, com acrisolado desvelo, para defesa da fé e da independência da Pátria.
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos
O Albicastrense
MACHACO
Na falta de palavras próprias, dou escrita a quem sabe, ”as palavras que se seguem constam no catálogo da exposição”.
Alguns dos seus elementos deixam transparecer um território genético criativo individualizado e um ancoramento a um universo mítico muito particular, que não se traduziam numa cartografia geográfica específica. Dentro da sua autonomia expressiva, as propostas machaquianas, que se desenrolam por vezes entre um esquematismo diluído e um firme abstracionismo, constroem, isso sim, territórios cujas descodificações conduzem a uma interrogação intima.
Pedro Salvado
O Albicastrense
MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE 1º EDICAO: 12 DE ABRIL DE 1937 DIRECTOR E EDITOR: ANTÓNIO RODRIGUES CARDOSO ADMINISTRADOR E PROPRIETÁRIO:...