(Continuação do número anterior)
Tem este templo uma nave única com 26m,5 x 13m,6 e a capela-mor orientada para o nascente com 12m x 8m,20.
Comunicando com a nave há, do lado do Evangelho, o batistério com 4m,5 x 3m,2 a capela do Santíssimo Sacramento com 8m x 6m,8 e a sacristia primitiva com 5m,3 x 4m,2. Do lado da Epistola há um vestíbulo com 8m,1 x 4m,7, a sacristia grande com 14m,7 x 9m,4 e um cartório com 6m,5 x 6m,3. No piso superior da sacristia grande, ao qual dá acesso uma escada de cantaria com 28 degraus, está a antiga Câmara Eclesiástica. Sobre a nave, do lado do poente, há um amplo coro, com duas janelas de sacada e limitado por uma balaustrada de madeira, tendo o pavimento apoiado em duas fortes e elegantes colunas de granito.
O acesso à torre sineira é feito por um arco situado sob o coro, do lado direito da nave. Em cada uma das paredes laterais da capela-mor existe uma tribuna, havendo um bom órgão na do lado da Epistola. Separa a nave da capela-mor um majestoso arco no estilo do Renascimento, apoiada sobre pilastras, em cujo fecho está esculpido o brasão da armas do Bispo da Guarda D. Martim Afonso de Melo, desvelado reedificador da igreja.
A Capela do Santíssimo Sacramento e a sacristia grande formam dois corpos laterais com os quais foi acrescentado o edifício no século XVIII, por iniciativa do Bispo D. Vicente Ferrer da Rocha. Construídos no estilo barroco da época, de alvenaria e guarnecida a branco, destoam exteriormente do corpo da igreja e da capela-mor, delineados no estilo do Renascimento e cujas paredes são de cilharia.
Na Capela do Santíssimo Sacramento foram empregados mármores de grande beleza. Os portais interiores da sacristia grande são guarnecidos de primorosos lavores. No pórtico que estabelece a comunicação desta sacristia com a nave, duas esbeltas colunas de cantaria de capitéis harmonizam o mesmo pórtico com o arco monumental da capela-mor, a despeito da diferença de estilos dos restantes ornatos. No portal exterior é notável, pela perfeição e riqueza de pormenores, o brasão episcopal esculpido no granito. Na parede interior da sacristia grande, onde se encontra o altar, notam-se dois baldaquinos de cantaria, de grande valor artístico, decorados no estilo barroco.
Refere a tradição que as imagens de santos destinados a estes baldaquinos, foram encaixotados e depostas na Patriarcal de Lisboa para serem expedidas para Castelo Branco, em 1807; porem, sendo o pais invadido pelas tropas francesas e embarcando a família real em 27 de Novembro aquele ano com destino ao Brasil, fora depositados no mesmo local outros caixotes que encerravam numerosas preciosidades, da casa real, que deviam seguir para aquela antiga colónia e, por equivoco as imagens foram também levadas para bordo de uma das naus. Conduzidas para o Rio de Janeiro, as imagens jamais regressaram.
Continua.
O Albicastrense
Oito dias após ter lançado aqui a ideia de serem os visitantes a escrever o seu próprio post durante o mês de Setembro, eis que a montanha pariu um rato!!!
ResponderEliminarEntão meus amigos, não basta mandarem aqui umas bocas e depois nicles, nada, zero…
Vamos lá ganhar coragem tal como fez o João, e toca a mandar os vossos postes para que os possamos discutir neste blog.
Ou será que dizer mal deste, daquele, ou do outro é mais fácil que escrever um texto, onde possamos expor as nossas ideias de forma organizada e dá-las a conhecer aos outros?
Coragem meus amigos………