Raul Costa Camelo
(1924 - 2008)
Raul da Costa Camelo faleceu hoje, (06 - 11 - 08) em Paris, onde residia há 50 anos.
Palavras frias estas, que nos apregoam a morte de um grande homem da pintura Portuguesa do século XX.
Palavras frias estas, que nos apregoam a morte de um grande homem da pintura Portuguesa do século XX.
Conheci Costa Camelo, quando da sua primeira exposição no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em finais da década de 70, (ou início da década de 80), e embora tenham passado cerca de 30 anos, ainda hoje guardo boas recordações dessa primeira exposição no nosso museu.
Raul Costa Camelo, nasceu a 22 de Abril de 1924, na Covilhã, originário de velha família albicastrense. Viveu a sua infância em Castelo Branco, cidade onde fez o curso secundário.
Frequência da Faculdade de Letras de Lisboa e Academia Real de Belas Artes de Antuérpia. Viveu e trabalhou em Paris entre 1950 e 2008. Nomeado com o Grau de Cavaleiro das Artes e das Letras pelo Governo Francês em 1987 e condecorado pelo Governo Português em 1984 como “Oficial da Ordem do Infante D. Henriques o Navegador". A sua 1ª Exposição acontece em 1949, na 'V Exposição de Belas Artes, na cidade de Lisboa. Tem no seu currículo, múltiplas exposições no estrangeiro e Portugal.
A galeria Municipal Artur Bual, na Amadora projectava realizar no inicio de 2009, uma grande exposição de Costa Camelo.
O director desta galeria afirmou que; “Costa Camelo, foi uma das grandes personalidades portuguesas do século XX“. Eduardo Nascimento afirmou à Lusa que “Costa Camelo foi muito incompreendido» e que a exposição que projectava inaugurar a 22 de Janeiro visava «explicar a Portugal quem foi o Costa Camelo».
«Dadas as circunstâncias e temos de ter em conta a sensibilidade, a ver vamos, relativamente à exposição que já estava agendada», sublinhou. «As pessoas adoravam os seus quadros e está representado nas mais importantes colecções de arte», acrescentou.
Referindo-se à sua pintura, definiu-a como «um abstraccionismo surdo». Amigo de Costa Camelo, Eduardo Nascimento afirmou que este era «espantosamente sábio da nossa cultura». «Uma personalidade fascinante», sublinhou.
Frequência da Faculdade de Letras de Lisboa e Academia Real de Belas Artes de Antuérpia. Viveu e trabalhou em Paris entre 1950 e 2008. Nomeado com o Grau de Cavaleiro das Artes e das Letras pelo Governo Francês em 1987 e condecorado pelo Governo Português em 1984 como “Oficial da Ordem do Infante D. Henriques o Navegador". A sua 1ª Exposição acontece em 1949, na 'V Exposição de Belas Artes, na cidade de Lisboa. Tem no seu currículo, múltiplas exposições no estrangeiro e Portugal.
A galeria Municipal Artur Bual, na Amadora projectava realizar no inicio de 2009, uma grande exposição de Costa Camelo.
O director desta galeria afirmou que; “Costa Camelo, foi uma das grandes personalidades portuguesas do século XX“. Eduardo Nascimento afirmou à Lusa que “Costa Camelo foi muito incompreendido» e que a exposição que projectava inaugurar a 22 de Janeiro visava «explicar a Portugal quem foi o Costa Camelo».
«Dadas as circunstâncias e temos de ter em conta a sensibilidade, a ver vamos, relativamente à exposição que já estava agendada», sublinhou. «As pessoas adoravam os seus quadros e está representado nas mais importantes colecções de arte», acrescentou.
Referindo-se à sua pintura, definiu-a como «um abstraccionismo surdo». Amigo de Costa Camelo, Eduardo Nascimento afirmou que este era «espantosamente sábio da nossa cultura». «Uma personalidade fascinante», sublinhou.
Extractos duma entrevistam dada pelo pintor ao JL/ jornal de letras, Artes e ideias, em Setembro de 87.
O meu objectivo, ao longo dos anos, primeiro em Lisboa, depois em Antuérpia e, finalmente em Paris, foi encontrar uma “escrita”, uma “caligrafia” pessoal que me permitisse não necessariamente “ imitar ” a natureza mas ”ser” Natureza. Sempre admirei e invejei a soberana liberdade dos compositores musicais, dos quais ninguém esperou que descrevessem o “ Rapto das Sabinas” ou a “Chegada de Maria a Paris”… Embora o pudesse ter feito se lhes desse para isso… Ao contrario da Musica, a Pintura está cheia de impurezas, de ambiguidades. Dá-se o nome genérico de Pintura a coisas que não têm nada que ver umas com as outras. Quanto ao meu objectivo, foi “apenas” a conquista de uma liberdade semelhante à que os músicos sempre tiveram. Creio que já era esse o objectivo de um Kupka, antes da Primeira Guerra Mundial. Não sei bem o que é a “Arte Moderna”, não sei bem o que é “abstracto” nem o que é ”figurativo”.
Costa Camelo pode ter desaparecido, contudo a sua pintura continuará entre nós… para todo o sempre.
O Albicastrense
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