Continuação:
Após a transformação da horta ajardinada foi demolido o muro de vedação de alvenaria do lado da rua Bartolomeu da Costa e, em sua substituição, construído um mesquinho gradeamento que destoa por complete da porta férrea do século XVIII.
O bosque contíguo à horta ajardinada tem uma área de 3.500 metros quadrados e três ruas longitudinais cruzadas por outras tantas transversais. No cruzamento das ruas centrais há uma rotunda com bancos de cantaria.
Em 1940 foi ali colocado um lago de forma elíptica deformada, tendo ao meio uma taça de cantaria cujas dimensões são despropositadas. Nos talhões intercalados pelos arruamentos havia numerosos loureiros, cedros e ciprestes. Em 1949, sendo presidente da Câmara Municipal o Dr. Augusto Duarte Beirão e vereador do pelouro dos jardins o industrial Abílio Neves Tavares, efectuou-se o repovoamento do bosque com grande numero de arvores e arbustos de varias espécies que substituíram muitos exemplares desaparecidos no decurso dos anos, sendo as plantações feitas sob a direcção do regente agrícola Manuel Ribeiro do Rosário. Fazia parte do conjunto de logradouros uma tapada com a superfície de 5.500 metros quadrados, povoada de oliveiras e sobreiros, que era utilizada para criação de coelhos e é actualmente uma propriedade privada. A comunicação do bosque com a coelheira fazia-se por uma porta praticada no muro de alvenaria que, pelo lado do norte, separava estes dois logradouros.
O jardim contíguo ao palácio era limitado do lado da rua da Corredoura por um muro alto de alvenaria com parapeitos e bancos de cantaria. No recinto situado entre este muro e o suporte de terras do socalco do jardim primitivo existiram varias dependências do palácio para arrecadações e alojamento de animais domésticos. Como essas edificações desapareceram por falta de conservação e sob a acção dos agentes atmosféricos supôs-se, no século XX, que o jardim não havia sido concluído no século XVIII e que o muro de vedação do lado da rua, com os seus bancos de pedra e os seus parapeitos, teria sido construído para servir de suporte das terras a colocar no recinto para o nivelar com o plano do jardim. Então, foram ali lançado entulhe para se conseguir realizar esse objectivo e ampliar o jardim até à rua. Porém, no ano de 1936, sendo presidente da Câmara Municipal O Tenente-Coronel de Cavalaria José Guedes da Silva e vereador do pelouro dos jardins o comerciante Joaquim Martins Bispo foi, por iniciativa deste dinâmico bairrista, demolido o alto muro de vedação e construída em seu lugar um gradeamento de ferro no gosto do século XVIII, com uma porta férrea também assim concedida. Procedeu-se então ao desaterro do recinto e, para dar acesso ao jardim situado num plano superior, foi construído uma escadaria monumental, no gosto das existentes, depois de ser reconstruído o murro de suporte do socalco.
Junto do muro de suporte do patim central da escadaria foi construído um lago de cantaria, abastecido de água por uma bica em forma de golfinho.
O bosque contíguo à horta ajardinada tem uma área de 3.500 metros quadrados e três ruas longitudinais cruzadas por outras tantas transversais. No cruzamento das ruas centrais há uma rotunda com bancos de cantaria.
Em 1940 foi ali colocado um lago de forma elíptica deformada, tendo ao meio uma taça de cantaria cujas dimensões são despropositadas. Nos talhões intercalados pelos arruamentos havia numerosos loureiros, cedros e ciprestes. Em 1949, sendo presidente da Câmara Municipal o Dr. Augusto Duarte Beirão e vereador do pelouro dos jardins o industrial Abílio Neves Tavares, efectuou-se o repovoamento do bosque com grande numero de arvores e arbustos de varias espécies que substituíram muitos exemplares desaparecidos no decurso dos anos, sendo as plantações feitas sob a direcção do regente agrícola Manuel Ribeiro do Rosário. Fazia parte do conjunto de logradouros uma tapada com a superfície de 5.500 metros quadrados, povoada de oliveiras e sobreiros, que era utilizada para criação de coelhos e é actualmente uma propriedade privada. A comunicação do bosque com a coelheira fazia-se por uma porta praticada no muro de alvenaria que, pelo lado do norte, separava estes dois logradouros.
O jardim contíguo ao palácio era limitado do lado da rua da Corredoura por um muro alto de alvenaria com parapeitos e bancos de cantaria. No recinto situado entre este muro e o suporte de terras do socalco do jardim primitivo existiram varias dependências do palácio para arrecadações e alojamento de animais domésticos. Como essas edificações desapareceram por falta de conservação e sob a acção dos agentes atmosféricos supôs-se, no século XX, que o jardim não havia sido concluído no século XVIII e que o muro de vedação do lado da rua, com os seus bancos de pedra e os seus parapeitos, teria sido construído para servir de suporte das terras a colocar no recinto para o nivelar com o plano do jardim. Então, foram ali lançado entulhe para se conseguir realizar esse objectivo e ampliar o jardim até à rua. Porém, no ano de 1936, sendo presidente da Câmara Municipal O Tenente-Coronel de Cavalaria José Guedes da Silva e vereador do pelouro dos jardins o comerciante Joaquim Martins Bispo foi, por iniciativa deste dinâmico bairrista, demolido o alto muro de vedação e construída em seu lugar um gradeamento de ferro no gosto do século XVIII, com uma porta férrea também assim concedida. Procedeu-se então ao desaterro do recinto e, para dar acesso ao jardim situado num plano superior, foi construído uma escadaria monumental, no gosto das existentes, depois de ser reconstruído o murro de suporte do socalco.
Junto do muro de suporte do patim central da escadaria foi construído um lago de cantaria, abastecido de água por uma bica em forma de golfinho.
(Continua.)
PS . O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. Manuel Tavares dos Santos
O Albicastrense
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