Retratos
À–lá-minuta
Após mais de 20 anos, as ruínas da antiga fábrica Prazol, (é caso para dizer… mais vale tarde que nunca), começaram a ser demolidas. Este espaço, abandonado á mais de 20 anos por tudo e todos, era nos dias de hoje um local de encontro de toxicodependentes que o frequentavam, para satisfazerem as suas dependências. A resolução deste velho problema, leva-me em primeiro lugar a dar os parabéns aos nossos responsáveis autárquicos pela decisão tomada, independentemente de ainda não se conhecer em pormenor, o projecto do Parque de Lazer que a autarquia diz querer ali construir.
Li recentemente que a nossa autarquia terá lançado, (ou irá lançar brevemente) um concurso de ideias sobre o espaço envolvente à zona da estação, e que este auto proclamado Parque de Lazer se irá enquadrar nesse concurso de ideias. Perante este propósito… o albicastrense quer desde já ajudar a nossa autarquia com uma pequena ideia, que bem podia ser implementada nos antigos terrenos da Empresa Metalúrgica da Beira. O espaço de terreno ocupado pela antiga Empresa Metalúrgica, é hoje um local muito cobiçado por algumas aves de rapina da nossa praça para ali construírem mais alguns “belos edifícios”, em vez de permitir que nesse lugar se possa empinar mais um conjunto de mamarrachos… não seria de questionar a possibilidade da autarquia adquirir também estas instalações, e instalar nesse local um núcleo museológico ligado ao sector; Metalúrgico e Têxtil?
Para muitos esta sugestão poderá parecer descabida ou até disparatada, porém, convêm elucidar os menos esclarecidos que as empresas; Metalúrgica e Auto Mecânica da Beira foram entre os anos trinta e oitenta do século vinte, os principais pólos de emprego da nossa cidade, e que durante esses tempos tão difíceis… era ali que os habitantes de Castelo Branco (e não só) iam buscar o sustento para alimentar as suas famílias. Nestas duas empresas trabalhavam nos anos sessenta mais de 700 trabalhadores, não existia em Castelo Branco ou arredores, uma família que não tivesse um ou mais familiares a trabalhar numa dessas duas empresas.
Também no sector têxtil a explicação é mais que lógica… a nossa cidade está localizada entre dois antigos pólos do sector têxtil do nosso distrito; Os Cebolais… (onde infelizmente os têxteis morreram de uma forma completamente estúpida) e a Covilhã, onde o funeral do que resta deste ramo tem velório mercado se tudo continuar como até aqui.
A questão não pode deixar de ser colocada; “Falou-se durante muito tempo na possibilidade do antigo edifício dos CTT ser cedido pela nossa autarquia para um futuro museu do brinquedo”. Possibilidade que segundo parece a autarquia albicastrense deixou cair, (dificilmente alguém conseguiria entender a cedência do edifício para esse fim) ”.
Ora se os nossos autarcas estavam na disposição de doar à nossa cidade um novo espaço cultural, então que se aposte em algo que tenha raízes na memória da nossa região e nos albicastrenses de hoje, (por enquanto).
Adquirir, recuperar, e instalar um território cultural, (Têxtil e Metalúrgico) nas antigas instalações da Empresa Metalúrgica da Beira, seria acima de tudo uma grande lição de história sobre a nossa região, e uma grande homenagem aos homens e mulheres do nosso passado recente.
Li recentemente que a nossa autarquia terá lançado, (ou irá lançar brevemente) um concurso de ideias sobre o espaço envolvente à zona da estação, e que este auto proclamado Parque de Lazer se irá enquadrar nesse concurso de ideias. Perante este propósito… o albicastrense quer desde já ajudar a nossa autarquia com uma pequena ideia, que bem podia ser implementada nos antigos terrenos da Empresa Metalúrgica da Beira. O espaço de terreno ocupado pela antiga Empresa Metalúrgica, é hoje um local muito cobiçado por algumas aves de rapina da nossa praça para ali construírem mais alguns “belos edifícios”, em vez de permitir que nesse lugar se possa empinar mais um conjunto de mamarrachos… não seria de questionar a possibilidade da autarquia adquirir também estas instalações, e instalar nesse local um núcleo museológico ligado ao sector; Metalúrgico e Têxtil?
Para muitos esta sugestão poderá parecer descabida ou até disparatada, porém, convêm elucidar os menos esclarecidos que as empresas; Metalúrgica e Auto Mecânica da Beira foram entre os anos trinta e oitenta do século vinte, os principais pólos de emprego da nossa cidade, e que durante esses tempos tão difíceis… era ali que os habitantes de Castelo Branco (e não só) iam buscar o sustento para alimentar as suas famílias. Nestas duas empresas trabalhavam nos anos sessenta mais de 700 trabalhadores, não existia em Castelo Branco ou arredores, uma família que não tivesse um ou mais familiares a trabalhar numa dessas duas empresas.
Também no sector têxtil a explicação é mais que lógica… a nossa cidade está localizada entre dois antigos pólos do sector têxtil do nosso distrito; Os Cebolais… (onde infelizmente os têxteis morreram de uma forma completamente estúpida) e a Covilhã, onde o funeral do que resta deste ramo tem velório mercado se tudo continuar como até aqui.
A questão não pode deixar de ser colocada; “Falou-se durante muito tempo na possibilidade do antigo edifício dos CTT ser cedido pela nossa autarquia para um futuro museu do brinquedo”. Possibilidade que segundo parece a autarquia albicastrense deixou cair, (dificilmente alguém conseguiria entender a cedência do edifício para esse fim) ”.
Ora se os nossos autarcas estavam na disposição de doar à nossa cidade um novo espaço cultural, então que se aposte em algo que tenha raízes na memória da nossa região e nos albicastrenses de hoje, (por enquanto).
Adquirir, recuperar, e instalar um território cultural, (Têxtil e Metalúrgico) nas antigas instalações da Empresa Metalúrgica da Beira, seria acima de tudo uma grande lição de história sobre a nossa região, e uma grande homenagem aos homens e mulheres do nosso passado recente.
O Albicastrense
Excelente ideia. Acrescentava mais se me permites - É mais do que urgente preservar esses patrimónios.A arqueologia industrial albicastense merece outra atenção e respeito..Onde está a memória corticeira da nossa cidade? Os restos da fábrica do Tavares são ao lado do dito cujo futuro jardim
ResponderEliminarPedro Salvado
Pedro bem-haja pela dica…
ResponderEliminarPosso dizer-te que na passada quarta-feira quando fui tirar algumas fotos para colocar neste poste, olhei para a fábrica do Tavares e resolvi ir lá tirar algumas fotos.
Para meu espanto constatei que numa das instalações em ruínas, ainda existe uma antiga maquina em ferro, (enorme… se quiseres posso mandar-te um fotografia) que mais parece parte de uma nave espacial.
Desconhecia por complete que ainda ali existissem estas autenticas preciosidades. Só é pena que ninguém se interesse e preocupe em proteger este tipo de relíquias.
Enfim temos aquilo que merecemos como dizia o outro.
Excelentes ideias meus Amigos, duvido é que o Poder as pondere no mínimo. já deve estar tudo decidido e cozinhado, se calhar até esturrado.
ResponderEliminarAbraço para ambos e desejo de Bom Ano
Joaquim Baptista
Batista.
ResponderEliminarClaro que a nossa autarquia tem outros planos para este sitio.
Porém, nada nos impede de sonhar… Como diz o poeta, enquanto o homem sonha o mundo pula e avança.
Um abraço para ti e para os teus deste teu amigo.