sexta-feira, maio 15, 2009

Opinião

Já aqui contei, que existem certos assuntos sobre os quais tenho alguma dificuldade em falar, porém, nos últimos tempos dei comigo a pensar, se esta dificuldade era apenas minha ou se a mesma se estendia à maioria dos Albicastrense. O motivo desta minha interrogação, prende-se com o pouco entusiasmo que verifico existir, nos habitantes da nossa cidade em relação a muitas das obras que já finalizaram e a outras que estão a decorrer
A cidade sofreu na última década, mudanças que a transformaram por completo. No entanto verifico que a grande maioria dos albicastrenses, não se manifestam publicamente sobre estas transformações.

Estarão eles desinteressados na participação e discussão dos problemas da sua cidade?
Ou pura e simplesmente... deixam nas mãos de quem elegeram, os destinos da sua cidade?
Como Albicastrense que sempre se preocupou e vai continuar a preocupar com a sua cidade, qualquer das duas situações descritas, me põem os poucos cabelos que ainda tenho em pé.
O desinteresse ou o pouco entusiasmo que diariamente vejo no rosto dos albicastrenses perante todas estas mudanças, leva-me a pensar, que os tempos de hoje são tempos em que a participação dos eleitores na vida das suas comunidades, é cada vez menos desejada por quem colocamos á frente dos nossos órgãos autárquicos.
A participação de qualquer cidadão no dia a dia da sua cidade vila ou aldeia, deveria ser sempre encarada pelo poder instituído como um acto de cidadania participativa de pleno direito, e nunca como uma imbecilidade de quem não percebe nada de nada e está sempre a meter o bico em assuntos que não domina. A sensação que a grande maioria dos políticos de hoje nos transmitem, é de que o importante não são os eleitores mas antes o seu voto, (põe o teu votinho na urna, que nós depois tratamos de tudo por ti e em teu nome). Porém não se pense que a falta de participação dos eleitores no dia a dia das suas terras, é da inteira responsabilidade de quem elegemos... é igualmente da responsabilidade de quem escolhe os seus representantes para os vários órgãos que o representam, que depois de os eleger se está borrifando para o trabalho realizado e métodos utilizados por eles.
Como mudar este estado de coisas?
Soluções milagrosas não conheço, no entanto... está nas nossas mãos mudar o reino daqueles que pensam ser donos da verdade e senhores da certeza absoluta. Não permitindo, que este ou aquele nos diga o que é melhor para nós, mas antes que cada um de nós defenda com unhas e dentes, aquilo que achar melhor para a sua terra.
O Albicastrense

8 comentários:

  1. Anónimo15:43

    por falar em alegria dos albicastrenses
    pode a autarquia inaugurar etc
    mas a unica coisa recente que o povo viu com agrado foi o relvado do passeio verde
    pode ser que alguem comece a ouvir o povo
    e não os amigos do betão

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  2. Anónimo15:12

    O faltava em castelo branco era uma ideia pra seguir um caminho e uma meta e não um conjuntos de ideias que não se ligam....Pk não se faz uma incubadora de empresas criativas ligada empresas de design, markting,restauração de edificios,turismo e artes são tudo areas abrangidas pelo Ipcb isto é o futuro cidades k aproveitam os recursos que têm e os maximizem

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  3. Anónimo19:27

    infelizmente só quando se fala delas
    por ora era ver o jardim botanico anexo ás antigas piscinas
    um autentico matagal
    quando entram ali umas maquinas de limpeza
    ou
    nas horas vagas as associações que por ali habitam que cuidem da mata

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  4. Carlos Vale00:34

    As perguntas que o Veríssimo faz são pertinentes. Propositadamente, esperei para ver quantos iam ser os comentários...Fiquei à espera dos que "dizem" que também têm opinião mas que se abespinham com a dos outros...Confesso,que não fiquei surpreendido por só terem aparecido dois comentários.
    Há muito que venho dizendo que estamos a perder capacidade de indignação. Ainda há dias,alguém fez um comentário,salvo erro o Viriato,que perguntava:"tantas escolas, alunos e professores e onde está a massa crítica?"
    Pelos vistos, se há, não se manifesta...Obviamente, que não é por acaso que tal acontece.
    É um processo que tem vindo a ser imposto pelas elites políticas, particularmente, pelas que há 33 anos têm exercido o poder.
    Não só o Poder Central,também, o Poder Local. Aliás,quando o Veríssimo coloca o tema,é a este poder que se refere.
    E,quantas vezes é que os municípes são consultados ou convidados a partipar?
    Sim, o Poder Central é demasiado impositivo e intolerante. Está-se nas tintas para a opinião dos cidadãos.Mas,o vírus anti-democratico, passou a pandemia e mina outros sectores. Sim, também, o Poder Local, que na imprensa internacional aparece como o mais corrupto dos poderes em Portugal. Perante os inúmeros casos conhecidos e a impunidade geral verificada é caso para pensar!
    Há quem fale num "Polvo" cujos tentáculos se perdem no horizonte. Também dizem que existe um "Bloco Central" de ambiciosos interesses que tudo domina e controla. Como é obvio,tudo isto,provoca uma erosão permanente na sociedade que leva à indiferença e à descrença. Há, ainda, quem se refira à "teoria do medo", que utiliza directa ou indirectamente,a insinuação, a chantagem, a ameaça e, se for necessário, a vingança. E até há quem a troco de umas "migalhas" abdique de exercer o seu direito de cidadania. Mas também há quem não se conforme nem desista e continue a pugnar por um Mundo diferente. E são cada vez mais.
    Carlos Vale

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  5. Carlos Vale01:08

    Nem de propósito.
    A 1ª página do "Público", divulgou que o Ministério do Ambiente destruiu numerosa documentação.
    Dos documentos destruidos fazem parte os que dizem respeito ao processo de Construção da Estação de Resíduos Sólidos da Cova da Beira, que será julgado em Outubro, por suspeitas de corrupção e de branqueamento de capitais e ao qual, segundo a imprensa, aparece ligado o nome de José Sócrates.
    Ao que parece a destruição dos documentos foi feita na base de leis europeias mas contrariando leis portuguesas.
    "Nós europeus" somos assim.
    Até dá geito. Não dá?
    Claro que tudo isto, nada tem a ver com o que estão a pensar!
    Carlos Vale

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  6. Carlos Vale.

    Mais uma vez Bem-haja pelo teu comentário.
    Carlos não fostes só ficar surpreendido!... também eu, esperava mais reacção a este tipo de postes, infelizmente parece que a grande maioria dos visitantes do blog, preferem comentar outro tipo de postes...
    Será que alguns têm receio de se comprometer?
    Ou este comportamento de alheamento é afinal a confirmação do que ali afirme?

    Um abraço

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  7. Vou focar apenas dois exemplos do que acho ser uma boa e má intervenção, reportando-me apenas às dos últimos 4 anos.
    Começo pela boa. Considero o projecto avançado por trás do Arquivo Distrital (casa dos Mota) uma excelente intervenção. Está bonita, poderá ser útil se dinamizada e a parte edificada se for bem aproveitada poderá liderar uma dinâmica (cultural, a meu ver) naquela zona. Depois, acho que dos parques de estacionamento que já foram construídos e falo dos subterrâneos, este é o que se me afigura mais útil. Se as condições para os moradores forem apelativas (falaram-me em cerca de 15 euros por mês) poderá ser um instrumento excelente para tornar as ruas mais bonitas, funcionais e possibilitando a intervenção, em caso de emergência (ambulâncias, bombeiros) com maior eficácia e facilidade.
    Um exemplo mau, se não mesmo péssimo, é o do Largo S. João. Para além do mar de pedra e de uma solução um pouco forçada, com os famosos tanques com árvores, há algo que me parece gravíssimo. Nunca o elemento central daquele largo poderia ser uma torre de elevador, com um relógio. Mas é. E isto é grave porque é exactamente neste largo que temos um dos elementos patrimoniais classificados (salvo erro desde 1907) como património municipal, o Cruzeiro. Ora o Cruzeiro, com esta intervenção, conseguiu ser escondido pelo desenho do largo. Acreditem que há pessoas que já me perguntaram se o Cruzeiro ainda está lá. Qualquer intervenção naquele espaço deveria dedicar um atenção primordial ao Cruzeiro. Pelos vistos, o centro gravitacional foi o parque de estacionamento.

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  8. Devo expressar-me aqui.

    Não sou albicastrense, mas vivo na cidade à já bastantes anos e orgulho-me de a considerar "a minha cidade".

    Houve mudanças na cidade que simplesmente adorei. A quinta das laranjeiras, onde foi criado um parque infantil, o forum que criou imensos empregos, as novas vias de trânsito que rodeiam a cidade e que permitem uma excelente circulação, o centro da cidade desenhado para pedestres...

    Mas nem tudo está excelente.

    O parque da cidade era para mim um santuário com todo o seu arvoredo. Agora parece um descampado. A zona das docas e o antigo passeio verde também poderia ter mais árvores, ou árvores que fornecessem boas sombras.

    A última coisa que me deixou bastante desiludido foi o miradouro. Não sei se já lá foram, ou se lá iam anteriormente. O miradouro estava num estado de abandono, mas era um espaço mágico, com as suas fontes, bancos e expesso arvoredo. Desafio os leitores a ir agora visitar este local. Não está assim tão mau, mas sinceramente acho que um simples jardineiro teria bastado para tornar o miradouro num lugar resplandecente.

    Por falar em miradouro, fui lá atraido pela reconstrução da muralha norte, um projecto que desconhecia. Parece ir no bom caminho.

    Acho que se precisam de árvores e sombras em Castelo Branco. E talvez a restauração de alguma da parte velha da cidade. :)

    Obrigado a quem leu até aqui e ao autor deste blog, que eu desconhecia, e que já muito me ensinou sobre a cidade nos poucos posts que li. :)

    Cumprimentos,
    Kenny.

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