O
jornal reconquista publicou este semana um trabalho, a que deu o nome
de: “Muralha
escondida vai ser aberta ao povo”.
Para quem não teve a oportunidade de ler o referido trabalho, ele aqui fica para o poderem fazer, e ao mesmo tempo poderem opinar, sobre as propostas do presidente da autarquia albicastrense para a zona histórica da cidade.
Para quem não teve a oportunidade de ler o referido trabalho, ele aqui fica para o poderem fazer, e ao mesmo tempo poderem opinar, sobre as propostas do presidente da autarquia albicastrense para a zona histórica da cidade.
Sendo
eu um acérrimo defensor da nossa zona histórica, não podia deixar
de postar neste blog o referido artigo, e argumentar o seguinte: As
obras agora anunciadas pelos responsáveis da autarquia
albicastrense, são efectivamente uma mais valia para a “pobre”
zona histórica de Castelo Branco, contudo, para quem por ali passa a
constatação imediata que tem, é que está perante uma zona onde a
vida prima pela ausência.
A
ausência dos sorrisos das crianças, a ausência das pessoas a
percorrer as velhas ruas, a ausência dos mais velhos conversando à
porta de casa, a ausência dos mais novos falando sobre tudo e sobre
nada, e por fim a ausência de jovens namorando.
Mais
que olhar para o que se fez nos últimos tempos, para o que se está
a fazer atualmente, ou ainda, para o que está programado fazer até
ao final do ano, interessa olhar para a nossa zona histórica como um
local onde a vida tem que ser a grande aposta da autarquia
albicastrense, se assim não for, a zona histórica da minha terra,
será sempre o local onde viveram os albicastrenses do passado, mas
onde os albicastrenses do presente primam pela ausência.
As obras agora anunciadas, são como disse anteriormente bastante importantes, todavia, a obra mais necessária para os próximos anos, chama-se vida!
As obras agora anunciadas, são como disse anteriormente bastante importantes, todavia, a obra mais necessária para os próximos anos, chama-se vida!
Das
obras agora anunciadas e que se diz estarem prontas até ao fim do
ano, gostava de destacar a que vai permitir a reabertura da antiga
rua do Saco. Para
quem desconhece o historial desta antiga rua, aqui fica um pouco da sua história.
ANTIGA
RUA DO SACO
A
designação toponímica desta artéria, deve-se muito provavelmente,
à sua configuração específica - abre em ângulo recto a partir da
fachada lateral da antiga biblioteca municipal, (antiga
Praça velha, e atualmente Praça Camões),
e não tem qualquer saída, formando um L invertido, por esta razão
assemelha-se a um saco, dai a sua dominação.
Este
arruamento pertence provavelmente ao século XVI, embora o registo
documental mais antigo remonte a um processo inquisitorial de 1628.
Esta artéria desviou o curso normal da sua história, como espaço
público, quando um vereador em exercício, António César de
Abrunhosa, requereu em 1890 a supressão do beco denominado rua do
Saco (…) no sitio em que uma das suas casas confina com o edifício
dos Paços do Concelho. Na origem deste pedido está a aquisição de
todos os prédios com servidão desse local, pelo conhecido
comerciante da praça albicastrense. A Câmara discutiu o assunto e
aceitou a perdição.
Em
1927 o espaço passou de vez para a posse da família Abrunhosa, com
a autorização dada pela autarquia para a instalação de um portão
na entrada da velha rua.
Resta
acrescentar que nesta rua apagada da memória dos albicastrenses,
terá nascido um dos mais ilustres Albicastrenses de sempre. Segundo
J. D. Porfírio Silva no seu livro.”Memorial
Cronológico e Descritivo Da Cidade de Castelo Branco”
editado em 1838, consta o seguinte sobre esta rua: “O
Cardeal da Mota, que nasceu na rua do Saco em umas casas próximas ao
celeiro da comenda, aos 4 de Agosto de 1685”.
Ps.
Pesquisa de dados: “O
programa Polis em Castelo Branco”
da autoria de; António Silveira, Leonel de Azevedo e Pedro Quintela
d' Oliveira.
O Albicastrense
Mas essas falhas que aponta para a zona histórica , são um mal nacional....Ouço toda a gente queixar-se disso . Os jovens não querem saber ,preferem casas novas ,nas chamadas zonas novas .Os mais velhos vão atrás ,apesar de haver alguns que resistem .Por vezes os poderes também não ajudam muito ....Enfim , qual será a receita de cura para este mal nacional ? Na Idanha , desde os anos 50 que tenho visto coisas do arco da velha : 1º uma capela do séc. XIV deitada abaixo e um jardim ,"o Jardim "! , com grades , coreto e árvores lindas totalmente alterado ;as pedras do castelo desmontadas para servirem de muro a uma estrada , um pelourinho que desaparece,o edifício da Câmara , do séc. XVII ,deitado também abaixo... depois ,mesmo já depois da "outra senhora "! , o jardim de novo alterado ...Este pobre , foram tantos os nomes dados ao local onde está , que até eu já nem sei em que rua ou o largo nasci....Enfim , ficava aqui a lamentar-me não sei por quanto tempo...
ResponderEliminarAb.
Quina
Recuperar a zona histórica é um imperativo que devia ser de todos os dias e não quando a mesma foi abandonada durantes anos e anos. A politica do deixar cair para depois se aparecer como herói da reconstrução deve acabar de uma vez por todas. A nossa zona histórica foi abandonada e está abandonada. Como bem diz a grande batalha é a de devolver vida a esta zona. Vida que a abandonou pelo abandono que as autoridades votaram o Castelo. Depois das obra virão as loas de quem o recuperou, mas pergunto quem o deixou cair????
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