(1846/1945)
O
primeiro jornal de que há memória na nossa cidade, foi; “A
Sentinela da Liberdade”,
terá vindo à luz no ano de 1846. Pensa-se
que tenha tido como primeiro director: João Sebastião Serrano, que
era na época director da tipografia do Governo Civil.
O
primeiro número terá saído a 19 de Dezembro de 1846. A sede do
jornal era no Governo Civil, onde por sua vez era impresso. Dizia;
“Pugnar
pela Junta do Porto e difundir o seu programa”.
Anunciava no seu primeiro número, que iria sair ás segundas e
sextas-feiras.
Nota:
Prometia
muito! Mas... ficou-se pelo número um, pois padeceu nesse mesmo
número. Curiosamente entre a saída do “ Sentinela
da Liberdade”
e o próximo que se segue; “A
Aurora” existe
um vazio de 26 anos.
(Continuação)
Em
1924 publicava-se às quintas-feiras a “Acção
Regionalista”. teve como seu director e editor; Manuel Pires
Bento. Segundo consta, este periódico foi um verdadeiro defensor
dos interesses regionais (que sempre
estiveram acima dos interesses de partidos políticos).
O
redactor principal era; António Trindade. Foram fundadores; Albano
Ramalho, António Trindade, Artur Silva, Francisco Marques Maia,
Jaime Lopes Dias, João Eloy Nunes Cardoso, João Lino, João Matilde
Xavier Lobo, João Mourato Grave, João Rodrigues Marques, José
Martins Cameira, José Sena Esteves, Manuel Paiva Pessoa e Manuel
Pires Bento. Com
uma equipe tão ilustre não admira que a sua voz fosse escudada e
as opiniões discutidas. Em 1927 anunciaram que se suspendiam
temporariamente, reaparecendo assim que as circunstancias
permitissem, dizendo que continuará a ser o que sempre foram. Foi
este jornal que mais lutou pela via férrea Castelo Branco –
Placência - Madrid.
Em 1928 era seu director e editor; João Madilde
Xavier Lobo, tendo como redactor principal; José Lopes Dias e como
secretario; João Mourato Grave. Terminou em 1931, mantendo sempre a
feição regionalista.
Nota:
Em 1931, (sete anos depois do seu aparecimento) esfumou-se da vista e
da memória dos albicastrenses.
Sem
periodicidade fixa, saiu em 1924 o primeiro número do jornal; “Centro
Artístico”. Era seu director e editor; Joaquim dos
Santos Chita. Como administrador; Joaquim da Anunciação Morcela.
Não se sabe quantos números saíram.
Nos
meios académicos apareceu em 1926 “A
Academia”. Era uma publicação quinzenal dirigida por;
Vicente Rodrigues G. Cadete. Administrado por; João Vieira Pereira.
Tinha como redactores; Alberto Trindade, Baltazar Alberto e José de
Matos Ratinho. Era impresso em Leiria.
Em
1926 aparece o jornal; “A União”
fundado por três professores de Liceu; José de Oliveira, Francisco
Lopes Subtil e António do Rosário. Era um jornal semanário
pertencente à União Liberal Republicana. Aparecem como fundadores;
António Gonçalves, António Guilhermino Lopes, António Francisco
Subtil, João António da Silveira, João Pires Marques e José de
Oliveira. Era impresso na Covilhã.
Nasceu
em 1927 o jornal; “A Era Nova”.
Tinha como lema a defesa e propaganda do nosso distrito. Aparece como
seu director; António Crucho Dias. Redactor e editor; Eurico Salles
Viana. Como administrador; José António da Conceição. Declara-se
integrado no pensamento que presidiu ao movimento de 28 de Maio e
tornou-se órgão das comissões administrativas da Junta Geral,
Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia do distrito de Castelo
Branco.
Nota:
Nas minhas pesquisas na biblioteca albicastrense, li alguns
exemplares deste jornal e confesso que gostei bastante do que li. O
seu fim deu origem ao aparecimento do jornal Beira Baixa.
A
12 de Abril de 1937 aparece a público um dos jornais que durante mais
tempo se publicou em Castelo Branco (1937/1975), “A
Beira Baixa”.
Tinha
como lema no seu primeiro número; “Pelo
estado novo e pela ordem e propaganda da província de Beira Baixa”.
No cabeçalho trazia como director e editor; António Rodrigues
Cardoso. Administrador e proprietário; José Portela Feijão. Tinha
redacção na rua; Alfredo Keill em Castelo Branco.
Nota:
Tal como disse anteriormente, este jornal sucedeu ao jornal Era Nova.
Pode dizer-se que seguiu a linha do seu antecessor e que só o 25 de
Abril de 1974, o derrubou.
A
13 de maio de 1945, surge o jornal; “Reconquista”. Jornal que irá tornar-se o verdadeiro dinossauro dos jornais
albicastrenses. Tem como seu primeiro director; o Padre Albano da
Costa Pinto e como redactor principal; Duque Viera. Era seu editor; o
comerciante Francisco Vilela, sendo composto e impresso na Tipografia
Semedo, em Castelo Branco.
Tinha
por princípio e como estatuto redactorial o seguinte texto: “O
bem comum é o nosso programa e o nosso fim, Interessa-nos tudo de
que possa resultar algum benefício para a colectividade, quer a
pequena colectividade local quer a grande colectividade nacional.
Como normas permanentes do nosso pensar e sentir, estão os
princípios eternos do cristianismo”.
Por este passaram grandes homens, entre eles destacava (como não podia
deixar de ser) o padre Anacleto Pires da Silva Martins, homem que
tive a honra de conhecer. Tem nos dias de hoje como director;
Agostinho Gonçalves Dias.
Nota:
Um jornal com história na história da nossa cidade, e acima de
tudo, um autentico dinossauro na imprense regional no nosso pais.
Falar na imprensa regional e não falar da reconquista, é quase um
pecado morta.
Os dados constantes nos postes; “Velhos jornais da minha terra”, foram recolhidos em antigos jornais, (e actuais) da nossa cidade, assim como em publicações que se encontram na biblioteca albicastrense.
Os dados constantes nos postes; “Velhos jornais da minha terra”, foram recolhidos em antigos jornais, (e actuais) da nossa cidade, assim como em publicações que se encontram na biblioteca albicastrense.
O
Albicastrense
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