ACHEGAS PARA UMA MONOGRAFIA REGIONAL
“CASTELO BRANCO E O SEU ALFOZ”
“CASTELO BRANCO E O SEU ALFOZ”
(J. RIBEIRO CARDOSO)
(Continuação)
Em
1245 fez-se no Porto uma escritura de composição entre o Mestre e freires da
Ordem do Templo e o Bispo da Garda, sobre direitos episcopais, e nela se
estipulou que os templários dariam aquele Prelado, em castelo Branco: (lugar adequado para fazer uma casa para
celeiro e habitação para ele, Prelado e sua comitiva).
“Et debent in
castelo blanco dare et concedere locum competentem Episcopo, in quo possit
fecére dominu ad conservandum panem, et res suas, etad pousandum cum suis”.
Os
templários deram ao Bispo, no largo que ai está crismado de Luís de Camões,
lugar adequado para ele fazer a sua casa de residência e o celeiro dos seus
haveres, como na realidade fez.
Só
quem for ceguinho de todo é que não dá logo tento que o Arco não foi feito para porta de muralha (1), e não descortina em uma das suas faces sinais certos de
residência principesca, identificada pelo chamadoiro do Arco, que desde séculos vem sendo conhecido por Arco do Bispo, que
outro não foi senão o da Composição de 1245.
Em
frente do celeiro do Bispo, ficava o celeiro da Ordem como faz certo a casa que
ainda ai está com a cruz da Ordem incrustada na parede.
O produto da cobrança do dizimo estava intacto no celeiro da Ordem, incrustado na parede. O produto da colaboração do dizimo estava intacto no celeiro da Ordem e era de lá que saia a quarta parte para o celeiro do bispo, nos termos da escritura de 1245.
O produto da cobrança do dizimo estava intacto no celeiro da Ordem, incrustado na parede. O produto da colaboração do dizimo estava intacto no celeiro da Ordem e era de lá que saia a quarta parte para o celeiro do bispo, nos termos da escritura de 1245.
Revertendo
ao caso das muralhas. Se em 1245 ou pouco depois, o Bispo da Guarda e os
Templários edificaram no largo hoje conhecido de Luís de Camões os seus
celeiros, é porque os julgavam a coberto de qualquer atrevido golpe de mão, ou
mais concretamente, o largo tinha o natural resguardo das muralhas da vila a
cobri-los da cobiça de gente de fora parte.
Temos
aqui à mão a crónica de Dom Dinis, da autoria de Rui de Pina, em edição recente
a reproduzir um códice inédito da Biblioteca Municipal do Porto.
Ora o
seu capitulo XXXII está assim rubricado: “Das obras e cousas mais notáveis que
El-Rei Dom Dinis fez em sua vida – Com este acrescentamento:
Este
Rei em seu tempo fez na Comarca da Beira e Riba Côa estes castelos a saber.
Avô, que agora é do Bispo de Coimbra, o Sabugal, Alfaiates, Castelo Rodrigo,
Vila Maior, Castelo Bom, Almeida, Castelo Melhor, Castelo Mendo, São Felizes de
Galegos, Fez mais Pinhel e o seu Castelo:
(Continua)
O Albicastrense
O Albicastrense
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