ACHEGAS PARA UMA MONOGRAFIA REGIONAL
“CASTELO BRANCO E O SEU ALFOZ”
(J. RIBEIRO CARDOSO)
(Continuação)
A propósito do duplo centenário acorrido em 1949 o governo do Estado
Novo iniciou lição de alta cultura com o reconhecimento dos velhos castelos,
pilares da Nacionalidade.
O
restauro do nosso ainda entrou na forja, mas faltou-lhe homem de fôlego para
assoprar a brasa capaz de dar calor á obra ainda mal começada.
O
restauro não se fez, nem ao menos se concluiu a velha torre, a que caiu do
cansaço, que aí ficou a gritar-nos qualificativos, que em alguns assentam à maravilha.
As
muralhas tinham primitivamente 7 portas, a saber:
1ª) Porta da Vila.
Dava entrada para a rua dos Ferreiros aos caminhos que convergiam ao Largo de São João.
Dava entrada para a rua dos Ferreiros aos caminhos que convergiam ao Largo de São João.
2ª) Porta de
Santiago.
Ao norte, na encosta do castelo.
Dava entrada pela calçada da Alegria aos caminhos que vinham de Cafede e São Vicente da Beira. O nome vinha-lhe de uma capela do Apóstolo que estava junto à ponte da Alcreza, no caminho que vem de Cafede para Castelo Branco.
Ao norte, na encosta do castelo.
Dava entrada pela calçada da Alegria aos caminhos que vinham de Cafede e São Vicente da Beira. O nome vinha-lhe de uma capela do Apóstolo que estava junto à ponte da Alcreza, no caminho que vem de Cafede para Castelo Branco.
3ª) Porta do
Esteval.
Não se identifica com exatidão, mas ficava na encosta do castelo, entre as portas de Santiago e da Traição. Ainda existente, em frente de São Gens.
Não se identifica com exatidão, mas ficava na encosta do castelo, entre as portas de Santiago e da Traição. Ainda existente, em frente de São Gens.
4ª) Porta da Traição.
Ainda existente, em frente de São Gens.
Ainda existente, em frente de São Gens.
5ª) Porta de Santarém.
A poente, em frente da igreja de Santa Maria. Dava entrada aos caminhos vindos de Sarzedas.
A poente, em frente da igreja de Santa Maria. Dava entrada aos caminhos vindos de Sarzedas.
6ª) Porta do
Ouro.
Não se conhece a razão do qualificativo. Estava perto da torre de Santa Maria e em frente da Capela de São Brás.
Não se conhece a razão do qualificativo. Estava perto da torre de Santa Maria e em frente da Capela de São Brás.
7ª) Porta do Espírito Santo.
Dava entrada para a rua de Santa Maria aos caminhos que vinham da Açafa e do norte Alentejano.
Dava entrada para a rua de Santa Maria aos caminhos que vinham da Açafa e do norte Alentejano.
A
necessidade premente de dar fuga para fora das muralhas a uma população em ritmo
acelerado de crescimento, obrigou à abertura de mais três portas, que ficaram
assim chamadas.
1ª) Porta do Postiguinho
de Valadares.
Dava saída à Rua dos Peleteiros para o largo da igreja de São Miguel.
Dava saída à Rua dos Peleteiros para o largo da igreja de São Miguel.
2ª) Porta do Relógio.
Dava saída à praça, hoje chamada de Camões, para a rua hoje chamada do Dr. Morão.
Dava saída à praça, hoje chamada de Camões, para a rua hoje chamada do Dr. Morão.
3ª) Porta do
Postigo.
Dava saída à Rua do Poço das Covas para a Devesa.
Dava saída à Rua do Poço das Covas para a Devesa.
Nenhuma
destas portas tem cronica merecedora de reparo, a não ser aquela da Traição por
onde furtivamente entrou Manuel da Fonseca Coutinho, alcaide de Idanha, com a
sua criadagem armada, e assassinou Dom Fernando de Meneses, alcaide de castelo
Branco.
(Continua)
O Albicastrense
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