(Continuação)
António
Joaquim comandou no posto de tenente uma companhia de caçadores, no combate de
Proença-a-Nova às tropas de Junot, em 1808 “Duas companhias de caçadores, uma
de Salvaterra do Extremo composta de 50 homens comandada pelo tenente António
Joaquim Henriques de Paiva e outra de Monsanto de 45 homens que tinha por
capitão Manuel Domingos Crespo, tenente o Lourenço Pires e alferes José Nicolau
Beja, são mandadas para Proença.
De
Coimbra é mandado o capitão de cavalaria Manuel de Castro Correia de Lacerda,
inteligente e intrépido, que em 14 de Agosto de 1808 tomou o comando das duas
companhias e do povo de Proença e seu termo, couraçado de patriotismo e armado
de chuços, quando as espingardas faltavam….”
“No
dia 17 concertam o piano de ataque e dá-se-lhe imediata execução. Em Rio Maior
de Moinhos fica uma emboscada comandada pelo P. Beja para cortar a retirada aos
franceses.
O
resto entra em Abrantes, aos gritos de viva a Pátria e morram os franceses,
rechaça a guarda que estava junto da igreja de S. Francisco e toma as saídas da
vila. Os franceses, refugiados no quartel, ripostam com intensa fuzilaria.
Então o P. Crespo faz subir ao telhado da igreja de S. Vicente alguns bons
atiradores donde varejam os que se atrevem aparecer às muralhas.
E
quando, perdida a esperança da vitória, os franceses procuram a salvação na
fuga, esta é-lhes cortada, tendo de render-se 117 soldados e deixando 52
mortos”.
Gaspar
Henriques de Paiva vem citado no processo da inquisição de Coimbra, no caso dos
paios e presuntos da sua quadra de estudante da Faculdade de Cânones, assunto
versado mais adiante com a nota biográfica do Dr. Manuel Joaquim, e de quem não
conhecemos outras notícias.
Os
avós paternos, Gaspar Rodrigues de Paiva, de Proença-a-Velha e Maria Nunes
Ribeiro, de Monforte de Beira, residiam em Penamacor.
(Continua)
Recolha de dados “Estudantes da Universidade de Coimbra
Naturais
de Castelo Branco”. Da autoria de, Francisco
Morais
e José Lopes Dias.
O Albicastrense
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