O Albicastrense
BEM – VINDOS A UM BLOGUE LIVRE DE OPINIÕES SOBRE CASTELO BRANCO, SEJAM ELAS BOAS OU MÁS. O BLOGUE É DE TODOS E PARA TODOS OS ALBICASTRENSES…
quinta-feira, junho 29, 2017
segunda-feira, junho 26, 2017
UM HOSTEL NA NOSSA ZONA HISTÓRICA
(A CASA DA D. OLÍVIA)
Muitas foram já as vezes que
aqui depositei tristezas sobre a nossa zona histórica, e muitas mais irão
suceder pelo andar da carruagem.
Contudo, por vezes acontece algo que me fortalece o coração e me dá uma réstia de esperança, levando-me a exclamar:
Contudo, por vezes acontece algo que me fortalece o coração e me dá uma réstia de esperança, levando-me a exclamar:
“Ainda subsiste gente
com esperança na recuperação da Zona Histórica da Terra Albicastrense”.
Vamos à história.
As imagens aqui postadas mostram
uma casa situada na rua de Santa Maria, casa onde em tempos morou uma colega
minha de trabalho (D. Olívia).
Ao passar na semana passada pela rua de
Santa Maria, parei à porta da casa que se encontra em obras e tentei saber algo
sobre o seu destino.
A casa está a ser recuperada
para ser um Hostel, segundo a mesma fonte, já foi adquirida outra casa perto
desta para o mesmo fim.
Eu sei que é pouco e que o
ideal era que fossem recuperadas cem casas de uma só vez, todavia também sei,
que estes hosteis podem ser a semente que pode germinar uma imensidão de
ideias para que de uma vez por todas, possa acordar uma zona histórica
adormecida de vida.
A quem investiu neste hostel, só posso desejar um grande êxito e
pedir-lhe para continuar a apostar na nossa zona histórica, pois o futuro da
terra albicastrense estará sempre ligado ao que os seus habitantes conseguirem
fazer pela sua zona histórica. O Albicastrense
quinta-feira, junho 22, 2017
EFEMÉRIDES MUNICIPAIS – CXIX
A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro
de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”.
Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção
do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo
trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e
muitas vezes).
(Continuação)
Segue-se a
sessão de 4 de Outubro.
Nesta aparece
Francisco António Peres de Loureiro e por ele foi apresentado o Alvará de
nomeação de Correio. Assistente desta dita cidade por virtude do qual o dito
Ministro deferido o juramento dos Santos Evangelhos sob cargo do qual promete
servir bem o dito emprego, e com fidelidade e segredo.
E logo pelo
dito Francisco António Peres de Loureiro foi dito que elle obrigava seus bens
prezentes e futuros ao pagamento da pensão anual de cento e sessenta mil reis
que lhe foi imposta, e bem assim a quantia de três contos, e duzentos mil reis
do seu Alvará de nomeação; Sendo tão bem prezente António José da Cunha,
negociante desta cidade hum e outro Pessoas bem conhecidas de todos e cada hum
dos Membros da Camara por elle foi dito que elle afiançava pelos seus bens do
dito Francisco António Peres de Loureiro tanto pelo que respeita ao pagamento
da dita pensão como a quantia de três contos e duzentos mil reis, e se obrigava
como seu fiador a inteire e completa satisfação de huma e outra.
O que tudo
sendo visto, e ouvido pelo dito Ministro Presidente da Câmara, e pelos
vereadores e Procuradores do Conselho abaixo assinados lhe aceitarão as
respetivas obrigações de cada hum havendo por legítimo e idóneo a fiança do
dito António José da Cunha, e o dito Francisco
António Peres por abonado com ella, e por seus bens para as referidas quantias
de pensão anual e caução. E para constar se mandou lavrar este Auto, etc.
Transcrevemos a acta, porque não deixa de ser interessante.
Transcrevemos a acta, porque não deixa de ser interessante.
Por aqui se
vê que o lugar de “correio assistente”
era de certo vulto e devia ser rendoso. Não só o nomeado tinha de pagar por ano
cento e sessenta mil reis, mas ainda tinha de prestar caução de três contos e
duzentos mil reis, ou sejam vinte vezes o valor da pensão anual. O rendimento
do emprego devia ser o do porte de correspondência.
(Continua)
PS.
Aos leitores dos postes “Efemérides Municipais”:
O
que acabaram de ler é uma transcrição fiel do que
foi publicado na época.
foi publicado na época.
O Albicastrense
terça-feira, junho 20, 2017
domingo, junho 18, 2017
ENCICLOPÉDIA ALBICASTRENSE - (XXIII)
D. FERNÃO TUDELA DE CASTILHO
(289 ANOS DEPOIS...)
Em 26 de Junho de 1628, nasceu em Castelo Branco D. Fernão Tutela de
Castilho, fidalgo da casa real e cavaleiro da ordem de Cristo, faleceu na
mesma urbe em Janeiro de 1692.
Foi Juiz de Fora das vilas de Arronches e Seia (nesta última durante três anos) e titular da Carta de Contador e
Distribuidor do Juízo Ordinário da vila de Castelo Branco.
Desempenhou o cargo de Procurador nas Cortes de 1674 por Castelo
Branco. D.
Pedro II incumbiu-o de
pacificar a Beira das discórdias que havia entre o povo e a Nobreza, bem como
diligências do domínio do Fisco.
O Albicastrense
sexta-feira, junho 16, 2017
LARGO DO EPÍRITO SANTO
UMA SITUAÇÃO BEM TRISTONHA

Situação que segundo a mesma pessoa, se arrasta e parece não ter fim à vista.
As
imagens aqui postadas mostram um prédio cujo telhado ameaça cair a qualquer
momento, como precaução, alguém colocou no pequeno pátio frente à casa, uma
grade para impedir que as pessoas passem
pela frente do dito cujo.

Ainda
segundo a mesma pessoa, um invisual que por ali passava diariamente, tem tido
dificuldades em percorrer o local derivado a esta situação.
Perante
este deixa andar, só posso rogar ao presidente da autarquia albicastrense, que tome medidas sobre este triste assunto, pois quem por ali passa diariamente não pode ser
prejudicado por alguém que parece estar-se borrifando para o estado do telhado.
O Albicastrense
quarta-feira, junho 14, 2017
MEMORIAS DO BLOGUE: (TOPONÍMIA ALBICASTRENSE - 1)
Zona Histórica de Castelo Branco
(Poste publicado neste blogue em 2007)
DEZ ANOS DEPOIS...
Na toponímia albicastrense, existem nomes que todos nós já ouvimos, mas cujo significado na maior parte das vezes desconhecemos. 
Na minhas pesquisas no antigo jornal “A Beira Baixa”, encontrei um artigo da autoria do Prof. J. Diogo Correia referente à toponímia albicastrense da década de 50, que não resisti a publicar neste blog:
Arreçário e não Arressário, como lá está escrito, é um termo arcaico em que entra a palavra árabe “arrç” seguida da terminação portuguesa
“ario”.
Significa: Elevação de terreno entre dois vales, lomba, cumeada. No caso presente, equivale a: Rua da Ladeira ou Costa, visto estar situada na costa do Castelo.
Há o mesmo topónimo nas vilas de Sintra e Castelo de Vide. Partidária de França Ega é o nome de uma antiquíssima povoação do concelho de Condeixa, conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques; a primitiva designação da cidade de Tefé do Estado do Amazonas, no Brasil, e ainda o sobrenome de uma das personagens de "Os Maias”, de Eça de Queirós.
Presume que nesta rua houvesse morado um fidalgo ou rico-homem com aquele nome ou apelido, talvez o possessor da terra conhecida em Malpica do Tejo por Navedega (nave, ou planura, de Ega).

Peliteiros, e não Peleteiros, como erroneamente se escreveu num dos cunhais desta rua e outra travessa que tem o mesmo nome.
Em tempos já distantes, certas ruas eram designadas pelos mesteres que nelas predominantemente se exerciam.
Assim aparecem as ruas: dos Ferreiros, dos Oleiros, dos Peliteiros, etc.
Mas objectarão, porventura alguns leitores menos cultos, se a palavra não se relaciona com pele…
Mas objectarão, porventura alguns leitores menos cultos, se a palavra não se relaciona com pele…

Nunca se me deparou a palavra peleteiro, nem nos autores modernos, nem nos textos antigos; mas sei que teve larga vida o termo peliteiro, o mesmo que peliceiro (o mesmo que curtidor de peles), outro vocábulo que também desapareceu do falar comum e que nos veio do baixo latim peliqueiros.
Em Trás-os-Montes, ainda hoje chamam aos negociantes de peles peliceiros e peliqueiros. Em todos os exemplos citados aparece sempre, como não podia deixar de ser, o i a seguir ao l, acrescida do sufixo “eiró”, designativo de profissão, como sapateiro, livreiro, pedreiro etc.
- J. Diogo Correia terminava este esclarecimento com um recado à autarquia albicastrense:
Se tanto me é permitido, daqui peço à ilustre edilidade albicastrense, que pondere as razoes acima alegadas a favor da legitimidade de paliteiro o qual em boa verdade, não é de todo despicienda.
Texto publicado como foi escrito no jornal “Beira Baixa”
em 1955. Autor, Prof J. Diogo Correia
O Albicastrense
quinta-feira, junho 08, 2017
IMAGEM DA TERRA ALBICASTRENSE
UMA BELÍSSIMA IMAGEM PINTADA
Como muitos dos visitantes deste blogue sabem, sou um eterno apaixonado pelas antigas imagens da terra albicastrense.

Das muitas imagens que tenho sobre a terra albicastrense, a que consta deste poste é sem qualquer dúvida uma das mais admiráveis (imagem captada pela Foto Beleza entre a década de 40 e 50 do século XX).
A imagem encanta-me de tal forma, que
não resisti à provocação de a pintar para ver a reação de quem visita este
blogue.
A pintura da imagem era feita no negativo, depois de pintar as partes que interessava no negativo, imprimia-se a fotografia.
O Albicastrense
sábado, junho 03, 2017
ALAMEDA DO CANSADO
Joaquim Baptista disse no poste sobre a Alameda do Cansado entre outras coisas, o seguinte:
“Será que as belíssimas árvores que ali constam às
dezenas de anos vão ser sacrificadas?
Parece-me que tudo indica que sim, no entanto ainda
tenho esperança de continuar a desfrutar da sombra delas sempre que visito o
meu Bairro.
Parece estar em vista mais um atentado ao ambiente
citadino. Deus queira que me engane. Ninguém reagirá a essa situação se vier a
ser verdadeira?”

Fui visitar a alameda e captar algumas imagens para
posteridade, pois, tendo as mesmas duvidas que o Baptista, o melhor é agarrar
as imagens antes que o camartelo arrase a alameda.
Que pode este albicastrense que viveu entre 1953 e 1982
bem perto desta alameda, verbalizar em defesa das fantásticas árvores que por lá
habitam?
Que existem na alameda 15 belas árvores, três delas, (que
penso serem nicreiros “Celtis australis”) distinguem-se das outras pelo seu porte, desenho, idade, interesse
histórico e paisagístico.
Não deveriam estas árvores ser consideradas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas como “Monumentais”, e classificá-las de Interesse Público?
Não deveriam estas árvores ser consideradas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas como “Monumentais”, e classificá-las de Interesse Público?

- Se estas árvores forem mandadas abaixo, os
albicastrenses bem podem penitenciar-se por nada terem feito para o evitar e pedir,
responsabilidades a quem tomou tal decisão.
Como disse antes, não conheço o plano de
requalificação em pormenor, mas por aquilo que veio a público e por aquilo que destapei,
as pobres árvores parecem ter o destino marcado.
Se ao derrube destas árvores (se tal vier a acontecer), juntarmos os ciprestes da Senhora de Mércoles, do Castelo, Miradouro, Passeio Verde e Antigo
Parque da Cidade, até parece que na terra albicastrense as árvores são empecilhos
que é preciso abater.
IMAGENS:
A árvore que as três imagens mostram, habita no rés te
chão da alameda. Tentei abraçar esta árvore, todavia só o consegui de mão dada
com outra pessoa que por ali passava. A árvore tem de diâmetro 2,75 cm.
O Albicastrense
O Albicastrense
quinta-feira, junho 01, 2017
COMENTÁRIOS - (XXVI)
JOAQUIM BAPTISTA Disse....
ALAMEDA DO CANSADO
Caro amigo.
O assunto que lhe vou mencionar diz respeito à noticia de hoje no RECONQUISTA reporta-se à Alameda do Cansado que em breve vai entrar em obras. Volto a falar-lhe sobre as árvores. Diz o Jornal e transcrevo ... "o eixo central será relvado e com novas plantações arbóreas que corrigirão os actuais desalinhamentos".
Mais adiante a noticia refere o mesmo.
Será que as belíssimas árvores que ali constam à dezenas de anos vão ser sacrificadas?
Parece-me que tudo indica que sim, no entanto ainda tenho esperança de continuar a desfrutar da sombra delas sempre que visito o meu Bairro. Parece estar em vista mais um atentado ao ambiente citadino. Deus queira que me engane. Ninguém reagirá a essa situação se vier a ser verdadeira?
Um abraço JJB
Parece-me que tudo indica que sim, no entanto ainda tenho esperança de continuar a desfrutar da sombra delas sempre que visito o meu Bairro. Parece estar em vista mais um atentado ao ambiente citadino. Deus queira que me engane. Ninguém reagirá a essa situação se vier a ser verdadeira?
Um abraço JJB
----------------------------------------------------------


As incertezas de Joaquim Baptista são com certeza as dúvidas de muitos albicastrenses, por isso, só posso mendigar para que deixem aqui as vossas opiniões.


Para quem não tenha lido o artigo publicado pelo jornal “reconquista”, ele aqui fica postada para o poderem fazer.
Eu vou pronunciar-me depois de ler as opiniões dos albicastrenses que visitarem este poste, ou será que mais uma vez todos vão ficar caladinhos!
O Albicastrense
TIRAS HUMORÍSTICAS - (CXVII)
A dupla “Bigodes
& Companhia” galhofa com as declarações de Paulo Moradias, sobre as ausências
do vereador Fernando Raposo, nas reuniões da câmara albicastrense.
O Albicastrense
Subscrever:
Mensagens (Atom)
JORNAL "A BEIRA BAIXA" 1937 / 1976
MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE 1º EDICAO: 12 DE ABRIL DE 1937 DIRECTOR E EDITOR: ANTÓNIO RODRIGUES CARDOSO ADMINISTRADOR E PROPRIETÁRIO:...
-
EU SÓ QUERIA ENTENDER.... Volto a um assunto que já aqui abordei várias vezes, estou a fazê-lo novamente porque ao passar hoje pe...
-
" PATRIMÓNIO DA TERRA ALBICASTRENSE " O texto sobre o bordado de Castelo Branco que vão ler a seguir é, da autoria de...
-
PROFESSOR DR. FARIA DE VASCONCELOS (1880-1939) O seu nome foi dado a uma das escolas da nossa cidade, porém, não tenho duvidas que este ...