Desloquei-me hoje ao novo espaço cultural albicastrense para ver “in loco” a nova menina dos olhos do nosso presidente, e dos albicastrenses (entre os quais eu próprio).
O local foi bem escolhido… O edifício construído poderá ser prático e até funcional, no entanto tal virtude não lhe retira o estatuto de um dos edifícios mais feios da nossa cidade.
Quanto á sua funcionalidade é ainda cedo para se fazer uma primeira avaliação, no entanto quero desde já dizer que fiquei impressionado com a grandeza do espaço, podendo dizer-se que o parto foi difícil, mas terá valido a pena.
Infelizmente existe quase sempre um senão, e ele já foi apontado em praticamente todos os meios de comunicação da nossa cidade, os acessos…
O presidente pede calma e diz estar a estudar a melhor solução para o local.
Aqui começam as minhas inquietações, mais granito!
Senhor presidente não engendre nenhuma solução granítica, pois já nos chegam as existentes, e os jardins são sempre uma grande solução.
Nesta blog sempre que foi necessário criticar os responsáveis autárquicos, essa critica foi feita, e assim continuará a ser.
Contudo hoje gostaria de deixar neste post uma mensagem de agradecimento aos autarcas (na sua totalidade) pelo bom trabalho ali feito.
O Albicastrense
Eu não gosto dos horários. Fecha ao fim de semana e até fecha para almoço.
ResponderEliminarQuanto ao edificio até gosto, apesar desta mania actual de colocar "ripas" nas janelas. Parece as prisões.
Eu gosto do edifício, acho-o muito bonito e está cheio de pormenores que surpreendem. Para já, concordo com o Nuno, sobre os horários. Por exemplo, o Cybercentro, mesmo ali ao lado, trabalha com um horário contínuo, salvo erro, até às 23h. Creio que seria uma boa perspectiva para a Biblioteca, mas não sei se têm pessoal suficiente para assegurar horários deste tipo.
ResponderEliminarO que aguardo é uma verdadeira visão para a Biblioteca, com um programa aliciante, que a torne uma casa viva, uma promotora da leitura e do gosto pela arte.
Pode ser que o Outono nos traga surpresas.
Para nuno e stalker.
ResponderEliminarQuanto a necessidade de que Castelo Branco tinha de uma nova biblioteca estamos todos de acordo, quanto aos horários o problema é complicado pois mexe com direitos laborais dos trabalhadores, e com o pouco pessoal que ali trabalha, porém penso ser possível ultrapassar esta dificuldade.
Gostaria no entanto de reforçar algo que o stalker disse e muito bem:
“O que aguardo é uma verdadeira visão para a Biblioteca, com um programa aliciante, que a torne uma casa viva, uma promotora da leitura e do gosto pela arte”.
Ao que eu acrescento o seguinte: Quem pensar que basta abrir uma porta e gritar aos quatro ventos: “venham minha gente a porta está aberta”, está verdadeiramente enganado, sobre o que deve ser uma verdadeira biblioteca.
O mais fácil está feito, agora há que dar vida aquela casa, pois se assim não for, daqui alguns tempo acontece o mesmo que acontecia no anterior, e da qual sou testemunha, (estava quase sempre as moscas).
Também aqui quero crer, que os quatro milhões de euros ali gastos, não tenham sido para o inglês ver, e poder dizer: “como são cultos estes Portugueses!”
O Albicastrense
em que sitio exactamente fica situada a biblioteca?Ja nao vou a castelo branco ha seculos...
ResponderEliminarNo largo da devesa, mais propriamente em parte do terreno onde antigamente existia o antigo Quartel de Cavaleira 8.
ResponderEliminarCHEIRA AO MEDO DO “ANTIGAMENTE”…
ResponderEliminarO actual governo, presidido por Sócrates, é violento. Não como outros que o foram antes. Quem não recorda, por exemplo, a violência cavaquista patente, pelo menos, em dois momentos inesquecíveis em que colocou na rua a polícia para reprimir manifestantes: uma vez, no tão célebre quanto triste episódio dos “secos” e “molhados” em que a polícia carregou sobre a polícia; outra vez foi a repressão na Ponte 25 de Abril contra quem contestava o aumento das portagens.
Era a violência física usada para que não restassem dúvidas sobre o poder de quem o detinha. Uma violência que, dada a visibilidade, chamava outros ao protesto nem que fosse para contestarem a própria violência. Contestar, na altura, custaria, quanto muito, o susto de ter de fugir à polícia, mas, para isso, bastava um pouco de argúcia e alguma preparação física.
Hoje é diferente. A polícia não actua da mesma forma. Mostra-se ao longe, identifica (de preferência sem dar muito nas vistas), anda à paisana e usa câmaras de filmar. Porém, embora a polícia se mostre menos, a violência existe talvez mais perversa, pois não deixa nódoas negras na pele. É a outra violência, a que sem deixar marcas exteriores ainda dói mais, aquela que semeia o medo e, dessa forma, contribui para que atinja os seus objectivos quem dela se serve.
Casos com o da DREN/Charrua, o da ex-delegada de saúde de Vieira do Minho, o do autor do blogue Portugal Profundo, as ameaças aos potenciais aderentes à Greve Geral ou o fortíssimo ataque que está a ser movido ao movimento sindical e aos seus dirigentes são sintomáticos do tipo de violência que procura instalar-se e que contribui para a generalização do sentimento de medo.
É o medo de falar, de dar a cara, de denunciar publicamente, de dizer as verdades, de protestar, até de comentar criticamente nem que seja à mesa do café. Sim, porque agora há, de novo, os bufos. E os bufos podem estar na mesa do lado, na secretária em frente, na esquina da rua… bufam para se prestigiarem diante do poder e, talvez assim, garantirem um bom futuro, apesar da sua mediocridade. E é neste caldo de cultura que vai crescendo o medo. O medo do processo disciplinar, do sinal vermelho no registo biográfico, do traço azul no texto, do esfumar da progressão na carreira, de perder o emprego e, assim, a casa, o carro, o futuro dos filhos…
Sócrates há dias, com o seu ar presunçoso, sorria junto de quem o contestava e, para as câmaras da televisão, informava o país de que era um “político democrático”, não fosse o país ter disso dúvidas. Mas será democrático o líder de um governo que fez regressar ao país a intolerância política, o delito de opinião, a violência que semeia o medo?!
Evitar que o medo se instale de vez é exigência que se coloca a todos os que acreditam nos valores democráticos. Nestas circunstâncias, lutar contra o medo não é só um direito que nos assiste, é um dever que se impõe a todos nós. É necessário que, sem medo, enxotemos os ditadorzecos que certas conjunturas promovem. Políticos que, ilegitimamente, abusam do poder que legitimamente conquistaram. São os salazarentos deste início de século XXI, sapato de verniz em vez de botas, que nem marcelentos merecem ser considerados.
Desconheço se um dia cairão de alguma cadeira, mas do poder tombarão sem glória, pois apenas os heróis são glorificados pelo povo. Quem ataca e fere os que menos têm e menos podem, jamais merecerá glória. Desses, o povo costuma dizer que “Deus nos livre deles!”, mas depois é o próprio povo que perde a paciência de esperar a intervenção divina e deles se livra. Estou convencido que será assim de novo…
Mário Nogueira
Professor, Coordenador do SPRC e Secretário-Geral da FENPROF
Obrigado,pos ter escrito este texto tão maravilhoso,estou plenamente de acordo,mas isto já só vai á bombada.
ResponderEliminarNão gosto do edifício da Biblioteca. Acho feio o exterior, chamem-me antiquado ou o que quiserem mas é a moda em C.B as trancas de madeira e a demasiada utilização de granito em detrimento das calçadas de calcário branco e azul típico de Castelo Branco, mas enfim.... são manias que os engenheiros têm... o pior é que a obra fica.
ResponderEliminarJá que estou numa de cortar na casaca: a nova Devesa, ainda ninguém que eu conheça me disse que gostava daquilo e até achava que como estava, estava bem, sim senhor na parte de baixo as docas até estão porreiras mas a parte de cima lá com aquele mamarracho branco, o declive acentuado e as cadeiras...enfim... é absurdo! Não sei como deixaram fazer aquilo (desconfio que seja o poderoso € a mandar) mas como é habitual ninguém quer saber dessas coisas e é o deixa andar do costume.
Sobre o parque da Cidade nem vale a pena falar, apenas relembro um verso de uma canção "Ó tempo, volta para trás". Embora a parte de trás esteja melhor agora, quer dizer tirando a fonte ao fundo, não gosto.
A biblioteca está feita como está, e como mais uma vez temos de deixar andar o barco, eu gostaria de ver alguns jardins mas não com a utilização de ferro como o jardim frente à Câmara Municipal que é das coisas mais abomináveis que já vi, penso que o jardim estava melhor como estava, e então aquela placa de ferro sobre Amato Lusitano.... enfim basta lá ir ver como aquilo está.
Foi um texto muito interessante o do Sr. Mário Nogueira e concordo em tudo com o que foi escrito, realmente vivemos num País em que reina o medo e onde as pessoas perderam a coragem, posso estar enganado, aliás, espero estar enganado. Esse texto devia ser distribuído às "massas".
Penso que ainda não estamos no tempo da bombada mas as consciências têm forçosamente que começar a ser despertas. O pior é que o povo vive numa era de desconfiança, de medo e do comodismo de alguns que até nem estão muito mal e não está unido. O pior é que a liberdade de expressão está a ir à vida e nós .... deixa andar.