A extrema confrontava com o conselho da Covilhã pelo Vale de Freixedo, ribeira de Alpreada e Mata das Porcos e com o concelho de S. Vicente pelo cabeço de Gosendo (hoje desconhecido) até ao rio Ocresa; inflectia depois sobre o monte de Carvalhal, onde por mandado do rei foram colocados marcos de pedra (que ainda existem) por D. Rodrigo Mendes e Mendo Anaia; daqui seguia até à foz do ribeiro da Povoa de Rio de Moinhos onde Mendo Anaia fez uma cruz na parede e dai até à fonte de Rabaças; passava pelo cabeço do Barbaido, várzea do Azinhal, ribeira de Almaceda e seguia o curso desta ribeira até ao rio Ocres; deste rio partia para Sarnadas de Rodam onde inflectia para o Ponsul pelos montes de Vilelas e Envendos, seguindo o curso do Ponsul até ao Tejo e, o deste rio até à foz do Sever; continuava pela margem esquerda do Tejo até à ribeira de Vide, seguindo o seu leite até Marvão; daqui inflectia para a ribeira de Ourela (hoje na Espanha) seguindo o seu curso até à foz, donde, atravessando novamente o Tejo e passando pelos montes Negrais e Marmelos de Malpica, se dirigia para a foz da ribeira de Escalos, para fechar o perímetro no vale de Freixedo, na ribeira de Alpreada.
Parece que os Templários receavam que lhes fosse contestada a posse da herdade, porquanto solicitaram à Santa Sé a confirmação da doação que lhes havia sido feita pelo rei D. Afonso II em 1214.
O Papa Inocêncio III confirmou essa doação em 1215 por uma Bula na qual aquele Pontífice se referia a uma vila existente na fronteira dos Sarracenos vulgarmente chamada Castel-Branco.
Viterbo, transcrevendo parte da Bula identifica esta vila com a de Cardosa; a verdade, porém, é que não se nos depara nesse documento um tal asserto.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos
O Albicastrense
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