segunda-feira, julho 06, 2009

CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE - (LV)

CASTELO BRANCO
NA
HISTÓRIA E NA ARTE
IGREJA DA MISERICÓRDIA VELHA – (8)
(Continuação).
Alegando também a Mesa que a Casa não devia gastar nas obras o que era destinado aos doentes, solicitava ao rei a continuação do subsídio do real de água e, por alvará de 13 de Dezembro de 1740, foi-lhe deferido a pretensão. Conseguiu assim, a Misericórdia, a almejada conclusão das obras de reedificação da igreja e de construção do hospital, que haviam arrastado durante mais de um século.
De ambos os lados da igreja foram construídas enfermarias, destinando-se as do lado do Norte aos doentes de sexo masculino e as do lado Sul aos do sexo feminino. Por breves pontifícios de 2 e 3 de Outubro de 1777, de Pio VI, obteve a Misericórdia dois altares privilegiados: o da Visitação e o de S. João de Deus. Em 1798 já o hospital estava muito arruinado, necessitando de substituição dos pavimentos e dos tectos de madeira. A Mesa reunida em 1 de Janeiro desse ano, deliberou mandar executar as obras necessárias, despendendo nelas a quantia de 300$000 reis que lhe havia sido legado em testamento em 1794, pelo benemérito Padre Manuel Mendes beato.
A Santa Casa da Misericórdia esteve instalada nas dependências da Igreja da Rainha da Rainha Santa Isabel até ao ano de 1835. Tendo-se tornado insuficiente as instalações do hospital e aproveitando a circunstancia de haverem sido extintas em 1834 as Ordens religiosas deliberou, a Mesa, em sessão de 5 de Setembro daquele ano, dirigir às cortes uma representação solicitando a troca do edifício da Misericórdia pelo do convento de Santo António dos Capuchos. Não conseguiu, porém, o deferimento da pretensão e, em sessão de 6 de Outubro do mesmo ano resolveu pedir as instalações do convento da Graça. Foi concedida, pelo Ministério da Fazenda, em portaria de 9 de Julho de 1835, a permuta dos edifícios e, em portaria de 18 de Setembro do mesmo ano foi autorizada a transferência da Misericórdia para o antigo convento da Graça. Foram mudados os sinos e algumas imagens de santos, entre as quais a da Padroeira da Misericórdia.
Na casa do lado do Norte da Igreja de Santa Isabel, que foi hospital do sexo masculino, foram instaladas duas escolas de ensino secundário: a Escola de Ensino Mútuo, criada por decreto de 15 de Novembro de 1834 e o Liceu Nacional, instituído por decreto de 17 de Novembro de 1836.

(Continua)

PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951
Autor. Manuel Tavares dos Santos.

O Albicastrense

3 comentários:

  1. Anónimo08:17

    e por falar em Arte Snr Verissimo já reparou que deve haver mesmo a ideia de com arte e manha alguem deve estar a preparar o desmantelamento da av nuno alvares. se quiser pode fazer umas fotos ou contagem de bancos partidos. desleixo propositado
    vai tempo que todos os anos eram repostas as madeiras velhas e pintados de verde. está ali á beira de fiscais e outros que tais.
    será passadismo?????????????????????
    robin dos bosques

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  2. Caro Robim dos Bosques.

    Confesso que passo por ali muitas vezes, porém não tenho reparado nesse pormenor.
    Prometo passar por ali e verificar o que me conta.
    Um abraço

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  3. José do Telhado19:07

    O Robin dos Bosques é capaz de ter razão.
    Os projectos para aqueles lados são capazes de trazer más noticias.
    O melhor é informar-se e preparar um abaixo-assinado. Porque a ser verdade é caso para levantamento popular.
    José do Telhado

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