Afonso disse...
Estive este fim-de-semana em Castelo Branco, cidade que apesar de acinzentada pelas pedras do chão, continua muito bela.
No entanto fiquei sem palavras ao chegar ao Castelo e ver o que fizeram à Porta. Alguém me explica o que é aquilo? Como é que vocês deixam destruir o vosso património daquela maneira?
UMA PONTE… PRÓ LARGO DO CASTELO
As palavras que o Afonso deixou na secção de comentários, levaram-me a tentar compreender melhor a obra que a nossa autarquia fez no arco que dá aceso ao largo do nosso castelo.
Para perceber melhor a pergunta do Afonso, fui até ao nosso castelo para poder dissecar a obra, (ainda não tinha visto o resultado final).
Fui até lá e constatei o seguinte: É verdade que actualmente temos a oportunidade de poder ver na totalidade o portado do arco, (tal como as fotografias documentam), porém, também é verdade que por baixo do arco germinou uma ponte de ferro, que na minha modesta opinião deveria e poderia ser bem diferente.
Para perceber melhor a pergunta do Afonso, fui até ao nosso castelo para poder dissecar a obra, (ainda não tinha visto o resultado final).
Fui até lá e constatei o seguinte: É verdade que actualmente temos a oportunidade de poder ver na totalidade o portado do arco, (tal como as fotografias documentam), porém, também é verdade que por baixo do arco germinou uma ponte de ferro, que na minha modesta opinião deveria e poderia ser bem diferente.
A questão a saber-se é… se os fins justificam os meios!
(Segundo Maquiavel, se o objetivo a ser alcançado fosse de suma importância, qualquer meio para alcançá-lo seria aceitável.)
Confesso que gosto de contemplar o portado do arco na sua totalidade.
Confesso igualmente que a ponte de ferro ali colocada agride a minha pobre sensibilidade visual.
Confesso igualmente que a ponte de ferro ali colocada agride a minha pobre sensibilidade visual.
Colocar o portado do arco à mostra na sua totalidade, não deixa de ser uma belíssima ideia! O pior… vem quando olhamos para tudo aquilo e verificamos, “não dar a bota com a perdigota”.
Segundo penso, a realização deste trabalho terá tido a aprovação das entidades responsáveis por este tipo de obras.
Pois… que me desculpem esses responsáveis, mas a sensação que tive quando atravessei aquela pequena ponte de ferro, deve ter sido parecida ao do homem que é colocado na prancha do navio dos piratas, para ser lançado aos tubarões, ou seja… que mal terá feito o infeliz desgraçado, para que o pirata perna-de-pau o metesse na prancha? Explicando melhor… que mal terão feito os albicastrenses para merecerem projectos de tão grande “talento” na sua cidade!? Para terminar regresso à pergunta do Afonso: “Como é que vocês deixam destruir o vosso património daquela maneira?”
Segundo penso, a realização deste trabalho terá tido a aprovação das entidades responsáveis por este tipo de obras.
Pois… que me desculpem esses responsáveis, mas a sensação que tive quando atravessei aquela pequena ponte de ferro, deve ter sido parecida ao do homem que é colocado na prancha do navio dos piratas, para ser lançado aos tubarões, ou seja… que mal terá feito o infeliz desgraçado, para que o pirata perna-de-pau o metesse na prancha? Explicando melhor… que mal terão feito os albicastrenses para merecerem projectos de tão grande “talento” na sua cidade!? Para terminar regresso à pergunta do Afonso: “Como é que vocês deixam destruir o vosso património daquela maneira?”
Amigo Afonso, apenas lhe posso dizer o seguinte: Os Albicastrenses estão tão extasiados com a nova cidade, que se esqueceram do velho burgo albicastrense.
Um abraço do albicastrense e bem-haja pela sua pergunta.
“Como é que vocês deixam destruir o vosso património daquela maneira?”
“Como é que vocês deixam destruir o vosso património daquela maneira?”
Responda quem souber e quiser.
O Albicastrense
O Albicastrense
Têm um Morão à frente da Câmara. Isto basta. Ou ainda têm dúvidas?
ResponderEliminarSempre atento
Aquilo ficou tudo péssimo e com um ar pimba rico.
ResponderEliminarPior está a muralha que está do lado do miradouro. Foi uma restauração assassina.
ResponderEliminarEspero honestamente que não encontrem a muralha (e torre) que se vê do centro da cidade, parte da antiga muralha que ia do castelo até à rua de Santa Maria (passando pelo restaurante "A Muralha". Pois para a restaurarem como fizeram com a muralha Norte, mais vale não tocarem em nada e deixar o trabalho para pessoas capazes.
Fiquei mesmo chocado quando vi a muralha norte... tão chocado que não liguei em absoluto à ponte, visto que a ponte é algo simples de retirar e não adultera tanto o património.
Agora deixo uma pergunta:
Segundo Duarte D'Armas o castelo tinha uma planta lisa, logo... como é que apareceram as escadas? Foram colocadas quando o IPAR reconstruiu o castelo? Será que não haverá partes do antigo Palácio dos Comendadores soterradas? Ou nem que seja parte da planta do castelo? (As fundações ou alicerces do palácio, torre de menagem hexagonal, etc) Enfim, é algo que me faz confusão. Gostava bastante de saber isso.
Enfim, acho que o nosso património deveria ser restaurado com cuidado e critério e não com base no número de baldes de cimento usados.
Enfim, Obrigado e parabéns pelas 100 mil visitas.
:)
Meu caro Robin, que dirias tu se Frei Tuck com toda a sua gulodice fosse papar o jantar a uma festa do sherif de Nottinghan?
ResponderEliminarClaro, não gostavas.
Mas olha que dizem que ele estava lá e que comeu e bebeu à fartazana e ainda trouxe debaixo da sotaina
comida suficiente para alimentar o calmeirão do João Pequeno.
E, ainda teve tempo de avisar que foi apenas uma partida que fez ao sherif, porque a vida não está para brincadeiras e jantares à borla não é todos os dias, embora o sherif ande abusar, porque quase todos os fins-de-semana é um ver se te avias, além disso foi para aliviar o orçamento e a dispensa da Floresta, e que logo que encheu o bandulho deu à sola, porque não queria ouvir o paleio roto do chico-esperto do sherif, nem da milady Bilola,que já está preparar o futuro...
Compreende-se, ou julgas que é só o Carregador de Pianos que faz fretes?
Sabes? Se fosse a ti mostrava-me uma cara meio-zangada ao Frei Tuck, mas com alguma tolerância. Afinal foi uma boa partida...
Já agora informo-te que havia mesmo bandeirinhas. E que alguma gente que lá foi, não tem mesmo vergonha nenhuma naquela fronha, fartam-se de dizer mal do sherif mas fizeram questão de se mostrar.
À cautela...e depois a vida está tão mázinha, um horror.
Há por aí cada cromo...
Já agora qual o gozo que dá fazer um discurso, sabendo que é para uma plateia de gente de idade arrebanhada nas aldeias e que apenas sabia que havia comida à borla. Sim ouviste bem, à borla. Até agora ainda não encontrei, nem um, que tivesse pago o jantar e a viagem.
O quê?
Perguntas de onde vem o dinheiro? Isso é o que pergunta toda a gente!
Mas com os impostos que o sherif cobra, não é dificil adivinhar!
José do Telhado
Quem teve culpa do restauro foi o ARQUITECTO JOSÉ AFONSO! AGORA NÃO HÀ NINGUEM SÉRIO QUE...
ResponderEliminarOutra treta do Morão. Aquilo Castelo está uma real bosta.
Quem escolheu a empresa?
Que cr´ditos é que a mesma tem)
è verdade que a mesma é de um antigo do IPPAR
QUEM PERMITIU O RESTAURO DEVIA SER AMARRADO AS PEDRAS...
ResponderEliminarQUE O MORÃO PERDE.
A EQUIPA DELE NÂO TEM CREDIBILIDADE CULTURAL NENHUMA QUANTO MAIS PATRIMONIAL.
TEM DE MUDAR DE GENTE E DE CONSELHEIROS
Quanto às muralhas ainda não tive oportunidade das ver após os "restauros"...
ResponderEliminarEm relação ao arco que dava acesso ao pátio do palácio e à cisterna, não me parece que esteja assim tão mal (o passadiço na torre virada para a cidade está bem pior). É uma estrutura fácil de tirar se for necessário. As escadas estão lá desde meados do século XIX, quando o lado nordeste da alcáçova foi aterrado.
Além disso, a estrutura colocada à vista é resultado de uma sondagem arqueológica, feita exactamente para isso e não uma intervenção em "open area" que iria de certo criar muitos problemas nas estruturas existentes na alcáçova.
Tirar 1m e tal de entulho do lado sudoeste da igreja e quase 4m do lado nordeste (incluíndo a escola), poria realmente muitos vestígios à vista, mas a que preço?
Não digo só o trabalho de escavação propriamente dito, digo de preservação, estudo e mesmo segurança contra vândalos (os que graffitaram e partiram candeeiros um pouco por toda a alcáçova por várias vezes).
A ideia é boa e defendida por vários há alguns anos, mas foi precisamente por não estarem garantidas todas essas condições, além da segurança dos próprios "escavadores" (humanos e não as máquinas), que o IPPC (anterior ao IPPAR e ao actual IGESPAR) mandou parar as escavações em 1984.
Carlos Boavida
Valiosa informação senhor Carlos Boavida. Obrigado pela pitada de sapiência injectada. :)
ResponderEliminarMas então há algo documentado e soterrado na alcáçova nordeste?
E depois ainda há a questão da muralha / torre do lado Sul, será que há planos para restaurar tal monumento? Alguém sabe que planos tem a autarquia para a "Velha Senhora"?
Cumprimentos cordiais,
Kenny.
António Veríssimo disse...
ResponderEliminarCarlos Boavida.
A que preço pergunta o Carlos?
Caro Carlos… a parte que mais me chateia em todas estas situações é de que aceitamos e concordamos sempre,(mas mesmo sempre), o mesmo argumento: “não há dinheiro para se investigar o nosso passado”.
No entanto os mesmos que nos dizem não haver dinheiro conseguem arranjar 6 milhões de euros!.. Para construir uma “COISA” com pista de gelo ao lado do cine teatro.
Eu diria antes… que muitos dos que nos governam se estão borrifando para o estudo do nosso passado, (pois isso dá poucos votos), e preferem obras de fachada, porque sabem que são essas obras que normalmente os elegem.
Um abraço d’ Albicastrense
Que planos têm a autarquia para a ”Velha Senhora”. Pergunta o Kenny?
ResponderEliminarDuvido que alguém consiga responder honestamente a essa pergunta, pois… parece-me que a nossa autarquia faz deste assunto um autêntico segredo de estado.
Vamos ter que esperar pela campanha eleitoral, para sabermos o que há muito deveríamos saber.
À espera da campanha?
ResponderEliminarO Veríssimo anda neste mundo?
Isso é que era bom. Ilusões.
Ele tem os planos todos guardados a sete chaves. Ele só vai falar do que quiser. É um manobrista nato.
As pessoas têm que abrir os olhos.
Não se esqueçam que o PS em sete vereadores tem seis, o outro é do Psd. Agora vão ser eleitos nove. Temos que nos unir para evitar estas maiorias que só prejudicam o diálogo e participação. Temos que que eleger outras pessoas que sejam capazes de contrariar esta política do quero, posso e mando.
Por mim vou votar CDU porque tem lá gente capaz.
Zé Enganado
Carlos Boavida
ResponderEliminarEstamos em 2009!
resumo a politica tem muito haver com os empreiteiros
ResponderEliminarsão eles que os ajudam quando abrir a caça aos votos
por isso á SANTOS e JORGE COELHOS e outros que tais
Robin dos Bosques
cuidado eles ainda voltam o Castelo ao contrario
ResponderEliminartou farto de avisar
os empreiteiros e os camareiros
não gostam de restaurar
para eles só existe esbanjar
de olho neles
e já agora onde está a fotocopia da factura e do cheque da comezana ?o
robin dos bosques
“Obrigado pela pitada de sapiência injectada. :)”
ResponderEliminarNão se trata de sapiência injectada. Já que estou a fazer uma tese de mestrado em arqueologia sobre o castelo, não me custa nada falar sobre o assunto, se dessa forma esclarecer alguma questão.
“Mas então há algo documentado e soterrado na alcáçova nordeste?”
Acredita mesmo que não poderá existir alguma coisa debaixo de 4 metros de entulho? É facto que não está documentada a existência de nenhuma estrutura sobre o aterro, mas também é facto, que no ano passado quando visitei as escavações, estava à vista uma estrutura que até então ninguém sabia que existia.
Níveis de entulho são sempre imprevisíveis e normalmente surpreendentes. Por exemplo, à entrada do castelo de Penamacor, num quadrado com 8 metros cúbicos (que perde algum volume por causa do muro da barbacã o atravessar), foram recolhidos quase 10 mil fragmentos de cerâmica além de outros materiais.
“A que preço pergunta o Carlos?”
Quando falo de custos não me refiro ao valor pecuniário (numa câmara que arranja dinheiro para tudo), mas sim ao valor patrimonial. Valerá mesmo a pena levar a cabo uma intervenção arqueológica no castelo, para colocar à vista os eventuais vestígios existentes, sem ter assegurada a sua correcta preservação e estudo?
Conhecem-se inúmeros casos por este país de locais que foram escavados, dos quais os resultados nunca foram publicados e que hoje se encontram totalmente ao abandono e cujos materiais se acumulam e enchem de pó num qualquer depósito camarário ou de museu, por mais que os responsáveis pelos trabalhos arqueológicos tenham feito contra tal resultado.
“Eu diria antes… que muitos dos que nos governam se estão borrifando para o estudo do nosso passado, (pois isso dá poucos votos), e preferem obras de fachada, porque sabem que são essas obras que normalmente os elegem.”
Infelizmente não podia estar mais de acordo...
“Estamos em 2009!”
E? Eu estava dar o exemplo de uma situação, não estava analisar o caso actual.
Carlos Boavida
Caro Carlos Boavida
ResponderEliminarO meu bem-haja pelo seu esclarecimento.
O Albicastrense
Será que quiseram recriar o fosso? Isto é uma solução sem pés nem cabeça. Caro Carlos Boavida, na minha modesta opinião a ponte na torre interior não fere tanto.
ResponderEliminarCaro Carlos Boavida,
ResponderEliminarEu ando a fazer como projecto de final de curso uma modelação 3D do castelo como o 'imagino' mal se concluiu o alargamento das muralhas proposto por D. Dinis.
A documentação sobre o castelo de Castelo Branco é bastante escassa, digo até que temos a nossa biblioteca e alguns livros publicados que são difíceis, se não mesmo impossíveis, de encontrar.
Portanto vou-me baseando nos desenhos de Simão Matos (bastante recente) e de Duarte D'Armas (de 1509), além dos poucos registos que tenho a sorte de ir encontrando.
Mas ando curioso com a organização interna do castelo. E parece-me certo que por baixo de tanto entulho algo haverá. :) Os castelos templários tinham uma estrutura que, por acaso (é mais porque os templários vendem), está bem documentada... Enfim, já estou a divagar.
Resumindo, supostamente o palácio dos Comendadores teria uma adega no seu subsolo. Esta construção quase de certeza que ainda lá deve estar, e acredito que o solo do rés-do-chão também pode estar.
Enfim, Boa sorte com a tese. :)
Cumprimentos.
Caro Joaquim Baptista, recriar que fosso?
ResponderEliminarMas realmente concordo que a ponte não é algo que considere "terrível".
Terrível é a muralha norte. : x
Cumprimentos!
Boavida, Boasvidas...
ResponderEliminaro que fere é o esbanjamento
ResponderEliminarporque é isso que individa o pais
que é dinheiro da CEE é treta
vai do nosso irs na contribuição autarquica e de mais imposto camafulados
basta
faça obras utilitárias e não esbanjamento eleitoral
agora é a moda dos banquetes da corte
e do porco por tudo o que é aldeia
quem paga será do bolso das suas magras pensões,vencimentos e outros
robim dos bosques
Caro António, continue com o bom trabalho. Um grande Abraço!
ResponderEliminarÉ assim mesmo Robim dos Bosques.
ResponderEliminarAcertou em cheio.
"Eu ando a fazer como projecto de final de curso uma modelação 3D do castelo como o 'imagino' mal se concluiu o alargamento das muralhas proposto por D. Dinis."
ResponderEliminarParece-me um projecto bastante interessante, são precisos mais assim.
Também ando a ver se consigo fazer algumas reconstituições hipotéticas de como seria aquele espaço, mas a tarefa não é realmente fácil...
Carlos Boavida
Sim, é um projecto interessantíssimo, pena haver pouca informação sobre o assunto. Temos o castelo quase todo "tapado", e é difícil encontrar informação sobre o mesmo. Outras cidades orgulham-se do seu castelo, nós parece que só o queremos esconder... enfim.
ResponderEliminarMas tenho tempo e já encontrei verdadeiras pérolas em alguns estudos e alguns manuscritos, por exemplo, num estudo de um historiador _brasileiro_ (!!!) sobre a Ordem Templária e posterior Ordem de Cristo, encontrei uma frase no mínimo curiosa: "Castro Marim era a alma, Tomar o coração e Castelo Branco a cabeça da Ordem." Não _exactamente_ por estas palavras. Descobri também que Castelo Branco era uma fortificação tida em conta no Séc. XIV e XV, e que contou com várias visitas importantes. E que a rivalidade entre C.Branco e a Covilhã era tão grande que chegou a haver uma matança "ao largo de Castelo Branco".
Basicamente andei a pescar pedaços de informação sobre a cidade e fiquei completamente maravilhado.
Veremos como corre, como dizes, a tarefa não é fácil. E quanto mais recuamos mais complicada se apresenta. Mas com trabalho e alguma adivinhação espero conseguir um resultado favorável. :)
Enfim, voltei a divagar!
Cumprimentos. :)